
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (29) o fim do relacionamento entre seu pa�s e a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que ele acusa de ser muito indulgente com Pequim na crise dos coronav�rus, enquanto a cidade mais afetada do mundo pela pandemia, Nova York, anunciou que est� se preparando para iniciar seu desconfinamento.
Enquanto isso, a Europa acelera as etapas para voltar � normalidade, a Am�rica Latina segue no meio de um forte impacto e a �sia tocou o alarme na sexta-feira quando foi diagnosticado um novo foco na Coreia do Sul, que anunciou imediatamente novas medidas restritivas.
Tudo isso cinco meses ap�s o surgimento do novo coronav�rus em Wuhan, na China, doen�a que matou mais de 362.000 pessoas e infectou mais de 5,86 milh�es em todo o mundo, segundo dados oficiais, provavelmente muito abaixo da realidade.
FIM DAS RELA��ES
"Como eles n�o fizeram as reformas necess�rias e muito necess�rias, encerraremos nosso relacionamento com a Organiza��o Mundial da Sa�de e redirecionaremos esses fundos para outras necessidades globais urgentes de sa�de p�blica", declarou o presidente Trump � imprensa.
A OMS est� em uma posi��o dif�cil, e seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teve que aceitar uma "avalia��o independente" que n�o fez o suficiente para manter seu principal colaborador, Washington, dentro da organiza��o.
Os Estados Unidos s�o o pa�s que perdeu mais vidas na expans�o da pandemia: 102.201 falecimentos.
� tamb�m o pa�s com mais infec��es detectadas, 1.731.035 registradas at� esta sexta-feira. Seu foco principal foi Nova York, que ap�s mais de dois meses de confinamento pode come�ar na semana de 8 de junho a retomar o caminho da vida normal, relatou o governador do estado, Andrew Cuomo.
A cidade, que teve mais de 21.000 �bitos, est� perto de cumprir sete regras que reduzir�o lentamente o confinamento de mais de dois meses, segundo Cuomo.
"Vamos nos concentrar nos pontos cr�ticos", escreveu no Twitter o governador.
Enquanto isso, na R�ssia, o desejo de encontrar um rem�dio para a COVID-19 levou Alexander Guintsburg, que chefia o instituto de pesquisa de Moscou Gamaleya, a injetar uma vacina de vetor viral para acelerar o processo cient�fico ao m�ximo, declarou, com a esperan�a de terminar os testes cl�nicos do seu projeto de vacina ainda no meio deste ano.
Moscou registrou nas �ltimas 24h, 232 v�timas fatais, elevando o total para 4.374 falecidos e 387.623 casos, o terceiro pa�s do mundo com mais infec��es.
O segundo pa�s nessa sinistra lista, o Brasil, registrou 1.156 mortes nas �ltimas 24h. O M�xico est� logo atr�s, com 447 mortes.
O Brasil viu sua economia despencar 1,5% no primeiro trimestre do ano, e o v�rus est� avan�ando rapidamente no nordeste do pa�s, passando das capitais para o interior.
"Em 26 anos, nunca vi tantas pessoas vivendo com medo, passando fome, porque tudo parou. Mas a fome n�o para", disse � AFP Alcione Albanesi, fundadora da ONG Amigos do Bem.
MUITOS ANOS
J� o M�xico, que tem quase todo o seu territ�rio em alerta m�ximo, se prepara para um per�odo incerto de "nova normalidade", no qual a retomada da atividade econ�mica deve ser "gradual e cuidadosa", explicou o subsecret�rio de Sa�de, Hugo L�pez-Gatell.
Esse "novo normal" significa que algumas medidas sanit�rias podem permanecer "muitos anos" em vigor, alertou.
Pa�ses como Chile e Peru - que receber�o uma linha de cr�dito de 11 bilh�es de d�lares do FMI para combater a crise - registraram novos recordes nacionais na quinta-feira � noite, com o primeiro no n�mero de mortes (49) e no segundo em contamina��es (5.874).
Os pa�ses latino-americanos est�o em plena crise e, enquanto isso, a Europa e a �sia est�o relaxando as medidas de confinamento, que causou terr�veis danos � economia.
Na Fran�a, a montadora Renault anunciou o corte de cerca de 15.000 empregos em todo o mundo. Seu parceiro japon�s Nissan j� anunciou na quinta-feira que fechar� sua f�brica em Barcelona (Espanha) e reduzir� 20% de suas capacidades at� 2023.
O PIB da It�lia e da Fran�a caiu 5,3% no primeiro trimestre, como resultado da pandemia, segundo dados publicados nesta sexta.
As fronteiras externas da Uni�o Europeia permanecem fechadas e as fronteiras internas ser�o reabertas gradualmente.
A Gr�cia anunciou que aceitar� voos de 29 pa�ses a partir de 15 de junho. A �ustria reabre seus hot�is e infraestrutura tur�stica e a Turquia reabre parcialmente suas mesquitas.
No Reino Unido, as escolas e as lojas poder�o abrir a partir de segunda-feira. Em vez disso, o museu parisiense do Louvre esperar� at� 6 de julho.
O futebol retornar� aos campos espanh�is em 11 e 17 de junho na Inglaterra e 20 de junho na It�lia.
NOVAS RESTRI��ES NA COREIA
A situa��o na �sia, primeiro continente afetado e que parecia ter deixado o v�rus para tr�s, volta a preocupar, com o surgimento de novos casos.
At� ent�o vista como um exemplo de controle da doen�a, a Coreia do Sul restabeleceu as restri��es ap�s recuperar a normalidade.
Em fevereiro, era o segundo pa�s mais afetado do mundo, atr�s da China, antes de conter a epidemia.
Depois que os casos dispararam na quinta-feira, por�m, parques e museus ser�o fechados por duas semanas, e o n�mero de estudantes na regi�o metropolitana de Seul cair�.
J� nesta sexta, os novos casos voltaram a cair, para 58 em compara��o com os 79 do dia anterior, o maior aumento em quase dois meses.
Enquanto isso, o Sri Lanka reativar� as medidas de confinamento, ap�s registrar seu maior aumento di�rio - a maioria de cingaleses provenientes do Kuwait e de marinheiros de uma base perto de Colombo.
No Ir�, o n�mero de casos detectados em 24 horas aumentou, o maior em quase dois meses, com 2.819.
O n�mero total de contamina��es � agora 146.668. Por sua vez, a �ndia anunciou seu pior crescimento em duas d�cadas no primeiro trimestre do ano.
