Nos EUA, policiais tamb�m marcharam e se ajoelharam com manifestantes

As imagens de conflitos entre manifestantes e policiais se acumularam no fim de semana nos Estados Unidos � medida que as autoridades intensificavam seus esfor�os para reprimir revoltas com balas de borracha, spray de pimenta e g�s lacrimog�neo em violentos atos que assolavam cidades em todo o pa�s. Mas alguns policiais tiveram a��es bem diferentes e proporcionaram imagens contrastantes que contavam outra hist�ria sobre o momento nacional turbulento ap�s a morte de George Floyd, um negro de 46 anos, por um policial branco em Minneapolis, no Estado de Minnesota.

De Nova York a Des Moines, os policiais - �s vezes de uniformes - ajoelharam-se ao lado dos manifestantes e marcharam em solidariedade com eles. O ato tornou-se sin�nimo de protestos pac�ficos nos �ltimos anos depois que o jogador de futebol Colin Kaepernick se ajoelhou como parte dos protestos contra a brutalidade policial contra cidad�os negros desarmados.

Um v�deo que viralizou no Facebook mostra duas pessoas de uniforme se juntando a uma multid�o ajoelhada no Queens. "Obrigado!", gritaram as pessoas na multid�o. Os oficiais ainda permaneceram no local quando um c�rculo de pessoas come�ou a cantar nomes de americanos negros mortos em casos recentes infames.

Tamb�m houve aplausos na capital de Iowa quando os policiais de Des Moines se ajoelharam atr�s de uma barricada policial. Dois fizeram uma ora��o pela seguran�a dos que estavam reunidos.

Policiais tamb�m foram filmados do lado de fora do tribunal em Spokane, no leste de Washington, ajoelhados a pedido dos manifestantes. Autoridades de seguran�a em Washington, Miami e Santa Cruz, na Calif�rnia, tamb�m tiveram atitudes semelhantes.

Mas o gesto nem sempre difundiu a tens�o ou respondeu �s demandas subjacentes dos manifestantes pelo fim da brutalidade policial. Aleeia Abraham, que filmou v�deos de policiais ajoelhados no Queens, disse � CNN que a a��o foi insuficiente. "Isso � �timo, � um bom sinal, mas o que realmente estamos procurando � a��o", disse ela. "Ficarei ainda mais impressionada quando n�o formos pisadas e abatidas. Esse � o momento que estou procurando".

Chris Freeman, de 31 anos, na Filad�lfia, disse que manifestantes exigiram que os policiais pronunciassem as palavras "vidas negras importam", concentrando-se principalmente nos policiais negros.

Em Michigan, o xerife do condado de Genesee, Chris Swanson, marchou com manifestantes. O mesmo fez o chefe de pol�cia de Norfolk. Em Atlanta, o chefe de pol�cia recebeu elogios por ter invadido uma multid�o de manifestantes, estendendo as m�os e perguntando sobre as preocupa��es deles. "As pessoas est�o chateadas, com raiva, com medo e eu entendo", disse a chefe de pol�cia Erika Shields. "Eles querem ser ouvidos."

Mas aderir �s demandas dos manifestantes trouxe repreens�o em alguns lugares. No centro da cidade de Washington, um oficial negro que se ajoelhou foi arrancado da multid�o por seu supervisor e voltou para a fila.

De qualquer forma, as cenas ofereceram um contraste com imagens de policiais ignorando os apelos dos manifestantes em outros casos e, �s vezes, recorrendo ao uso da for�a.