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Estado de Minas

Dist�rbios nos EUA colocam a lideran�a de Trump em prova


postado em 01/06/2020 18:07

Alternando ret�rica dura com empatia, e de olho em sua base eleitoral, Donald Trump n�o tem certeza sobre qual tom aplicar aos protestos violentos contra o racismo que abalam os Estados Unidos.

Depois de uma sexta noite de tumultos com cenas de caos, nos arredores da Casa Branca, inclusive, Trump deixou claro em um tu�te nesta segunda-feira, que est� voltado para "3 de novembro", data da elei��o presidencial.

Por v�rios dias, o presidente enviou mensagens contradit�rias, quando a indigna��o tomou conta de dezenas de cidades ap�s a morte, sob cust�dia, de George Floyd, um negro de 46 anos que se tornou o mais novo s�mbolo de brutalidade policial sobre os afro-americanos.

Ap�s o retorno de Trump da Fl�rida � Casa Branca na noite de s�bado, Washington aguarda um pronunciamento, talvez uma mensagem de uni�o a um pa�s atingido por mais de 100.000 mortes e 40 milh�es de empregos perdidos pelo coronav�rus que agora atravessa a maior onda de protestos civis em d�cadas.

Mas o presidente republicano ficou longe dos holofotes durante todo o domingo, exceto por uma s�rie de tu�tes para censurar a m�dia e os democratas por uma suposta falta de determina��o em rela��o aos manifestantes.

A imagem da Casa Branca com as luzes exteriores apagadas no domingo � noite, a poucos quarteir�es de dist�ncia de manifestantes que incendiaram barricadas e quebraram janelas, reflete a desconex�o entre o presidente e seus cidad�os.

E nesta segunda-feira n�o havia indica��o de uma apari��o de Trump, que n�o tinha eventos p�blicos agendados.

"Um discurso nacional do Sal�o Oval n�o impedir� o Antifa", disse a porta-voz do presidente nesta segunda-feira, referindo-se � rede de ativistas de extrema esquerda que Trump acusa de liderar a viol�ncia nos �ltimos dias.

Al�m da mensagem sobre as elei��es, os outros tu�tes do presidente pareciam menos voltados a restaurar a calma do que a apoiar suas bases.

Um deles citou um apresentador da Fox News por negar que os grupos supremacistas brancos tivessem desempenhado um papel importante para motivar a agita��o.

Outro desqualificou seu rival democrata nas pr�ximas elei��es presidenciais, Joe Biden, quando afirmou que estava cercado pela "Esquerda Radical" que est� "trabalhando para tirar os anarquistas da cadeia, e provavelmente outras coisas".

- � sombra de Charlottesville -

Em conversas com os governadores estaduais nesta segunda-feira, com trechos divulgados pela m�dia, Trump pediu que eles fossem muito mais r�gidos com os protestos.

"Se eles n�o dominam, est�o perdendo tempo", disse o presidente de acordo com a m�dia. "Eles v�o passar por cima deles. Eles v�o parecer um bando de idiotas."

O governador de Illinois, J.B. Pritzker, confrontou Trump, a quem acusou de "piorar" a situa��o, informou a ABC. "

A ret�rica que ele usou me preocupou bastante", disse Pritzker, citado pela rede.

No domingo, a prefeita democrata de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, denunciou o que considerou como uma perigosa falta de lideran�a presidencial.

"Fala e piora as coisas", disse ela. "� como Charlottesville", acrescentou, referindo-se � resposta de Trump � viol�ncia supremacista branca durante uma manifesta��o de 2017 na cidade da Virg�nia.

"H� pessoas muito boas de ambos os lados", disse o presidente na �poca, referindo-se a neonazistas e manifestantes. Embora os coment�rios de Trump na �poca tenham sido condenados por seus correligion�rios, o Partido Republicano n�o comentou a morte de Floyd, que morreu algemado e deitado de bru�os na rua enquanto um policial apertava seu pesco�o com joelho.

A exce��o foi Tim Scott, o �nico senador republicano negro que criticou Trump pelo que considerou "tu�tes n�o construtivos, sem d�vida".

Os �ltimos coment�rios p�blicos do presidente sobre a agita��o, s�bado no Kennedy Space Center da Fl�rida, revelaram motiva��es conflitantes para resolver o problema, passando da empatia para um tom repressivo.

Ele disse que a morte de Floyd em Minneapolis foi uma "grave trag�dia" que encheu "todo o pa�s de horror, raiva e dor".

"Entendo a dor que as pessoas sentem", acrescentou.

Mas em seguida, criticou o papel dos "anarquistas" na organiza��o dos protestos, deixando de lado a brutalidade policial e a indigna��o da minoria negra, que transformou as �ltimas palavras de Floyd no slogan dos protestos: "N�o consigo respirar".

J� o antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama, falou em uma coluna de opini�o contra a viol�ncia "que coloca pessoas inocentes em risco", mas tamb�m pediu para n�o atribuir a um movimento de milh�es de pessoas o excessos de "uma pequena minoria".

"A grande maioria dos participantes tem sido pac�fica, corajosa, respons�vel e inspiradora" e "eles merecem nosso respeito e apoio, n�o nossa condena��o", acrescentou.


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