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Estado de Minas

Quatro policiais envolvidos na morte de George Floyd responder�o a acusa��es penais


postado em 04/06/2020 00:07

O promotor que investiga a morte de George Floyd endureceu as acusa��es contra o policial que o asfixiou e decidiu tamb�m processar os outros tr�s agentes presentes no incidente, que gerou uma onda de protestos que continuava estremecendo os Estados Unidos nesta quarta-feira (3).

Era uma das demandas das manifesta��es multitudin�rias contra o racismo e a viol�ncia policial, que se mant�m com for�a em v�rias cidades, desafiando toques de recolher, em meio � pandemia do novo coronav�rus e a cinco meses das elei��es nas quais o presidente Donald Trump tentar� a reelei��o.

Seu ex-secret�rio de Defesa, Jim Mattis, o criticou por tentar "dividir" o pa�s em um momento em que o presidente elevou o tom em rela��o aos protestos, alguns dos quais terminaram em dist�rbios.

Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu asfixiado pelo policial Derek Chauvin, que pressionou o joelho contra seu pesco�o durante nove minutos.

"N�o consigo respirar", repetia a v�tima, uma frase adotada pelos manifestantes como palavra de ordem.

Segundo os documentos judiciais, o agente Derek Chauvin, que na semana passada foi acusado de homic�dio culposo, ser� processado tamb�m por homic�dio sem premedita��o, uma acusa��o que se soma �s existentes e � punida com penas mais severas.

Al�m disso, o promotor acusar� os outros tr�s policiais que estavam no local - Tou Thao, de 34 anos; J. Alexander Kueng, de 26; e Thomas Lane, de 37 -, que responder�o a acusa��es por ajudar e instigar um homic�dio sem premedita��o.

A fam�lia de Floyd, que havia pedido penas mais duras e que responsabilizou todos os policiais presentes no momento de sua morte, comemorou a decis�o em um comunicado divulgado por seu advogado, Ben Crump: "Este � um passo importante rumo � justi�a", reagiram em um comunicado, no qual tamb�m pediram aos americanos a continuar "erguendo as vozes pela mudan�a de forma pac�fica".

As manifesta��es prosseguiram em v�rias cidades, de Nova York a Los Angeles, de Chicago a Seattle.

"� um bom come�o", disse Brian Clark em um protesto em Manhattan sobre as acusa��es anunciadas, mas acrescentou que continuar� exercendo seu "direito de protestar at� que cada pessoa negra obtenha justi�a".

Elijah B., que o acompanhava, considerou que "n�o � suficiente". "Isto poderia ter acontecido h� uma semana, foi s� depois que a gente come�ou a marchar e destruir coisas que come�aram a prestar aten��o".

Em Las Vegas, tr�s ativistas de extrema direita foram detidos por uma unidade da pol�cia e acusados de incitar a viol�ncia durante protestos pac�ficos pela morte de Floyd.

Segundo o procurador federal Nicholas Trutanich, os homens pertenciam ao movimento Bogaloo, que promove "uma guerra civil pr�xima e/ou o colapso da sociedade" e foram detidos com um coquetel molotov.

- "Problema sist�mico" -

O governador de Minnesota, Tim Walz, disse ap�s o endurecimento das acusa��es e das novas deten��es, que era preciso "voltar � quest�o que nos ocupa... O racismo sist�mico e a falta de responsabilidade" que levou � morte de Floyd.

"Esta � provavelmente nossa �ltima oportunidade, como estado e como na��o, de reparar este problema sist�mico", indicou.

Embora Trump tenha condenado a morte de Floyd, Trump tamb�m adotou uma postura cr�tica � "gente ruim" que diz haver nestas manifesta��es que ganharam uma propor��o que n�o era vista desde a d�cada de 1960, durante os protestos pelos direitos civis.

"Precisamos de lei e ordem", repetiu nesta quarta-feira. "� preciso ter uma for�a dominante".

"Ao longo da minha vida, Donald Trump � o primeiro presidente que n�o tenta unir os americanos, que nem sequer pretende tent�-lo", lamentou o ex-secret�rio da Defesa Jim Mattis.

"Ao contr�rio, est� tentando nos dividir", disse o general reformado, que antes havia dito que seria inapropriado criticar um presidente em exerc�cio, em um comunicado no site The Atlantic.

Trump chegou a considerar a possibilidade de invocar a Lei de Insurrei��o para mobilizar tropas em servi�o para sufocar os dist�rbios.

Mas o sucessor de Mattis, Mark Esper, disse que esta op��o s� devia ser utilizada como "um �ltimo recurso e s� nas situa��es mais urgentes e graves", tamb�m afastando-se do presidente.

"O presidente quer proteger as ruas dos Estados Unidos", argumentou a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, assegurando que a lei era uma "ferramenta dispon�vel".

"N�o podemos ter igrejas em chamas. N�o podemos ter oficiais de pol�cia em quem se atira. N�o podemos ter neg�cios que sejam saqueados e destru�dos", acrescentou.

A Guarda Nacional, que responde aos governadores, tem agido no controle de dist�rbios em v�rias cidades.

- "Somos melhores do que isso" -

Trump tamb�m disse ser falsa a vers�o da imprensa de que ele teria sido levado a um b�nquer da Casa Branca, enquanto era celebrado um protesto perto da resid�ncia presidencial.

Ele disse que visitou uma �rea segura, mas para uma inspe��o por um "breve per�odo de tempo".

A not�cia sobre o ref�gio de Trump provocou uma onda de piadas, que se acredita que tenha contribu�do para a decis�o de visitar uma igreja pr�xima perto da Presid�ncia, que foi parcialmente danificada nas manifesta��es.

Para abrir seu caminho at� o templo, onde posou para a muito criticada foto segurando uma b�blia, a pol�cia dispersou com viol�ncia uma manifesta��o pac�fica que ocorria no local.

Os toques de recolher foram mantidos nesta quarta em cidades como Nova York, Los Angeles e Washington, embora tenham abrandado um pouco.

Em Minneapolis, epicentro dos protestos, a situa��o volta � calma progressivamente depois dos dist�rbios do fim de semana.

O ex-presidente Barack Obama aplaudiu, por sua vez, a "mudan�a de mentalidade" que v� nos americanos, enquanto o tamb�m ex-presidente Jimmy Carter fez um apelo � "gente com poder, privil�gios e consci�ncia moral" para p�r fim � discrimina��o racial.

"Somos melhores do que isso", disse Carter, de 95 anos.


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