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Estado de Minas INTERNACIONAL

Al�m do Brasil, outros pa�ses tamb�m reabrem economia no pico da epidemia


postado em 11/06/2020 12:15

O Brasil n�o � o �nico pa�s que decidiu retomar as atividades econ�micas sem ter atingido o pico da pandemia de coronav�rus. Outros tamb�m optaram pelo fim do isolamento r�gido no momento em que o v�rus mais avan�a. Presos entre as cat�strofes econ�mica e sanit�ria, a determina��o de governos de Am�rica Latina, �frica, de Estados americanos, al�m de R�ssia e �ndia, aumenta o risco de agravamento da crise.

Dois meses atr�s, quando havia 1 milh�o de casos confirmados de coronav�rus no mundo, a recomenda��o era quarentena, muitas vezes com um duro lockdown, e fechamento de estabelecimentos n�o essenciais. Nesta semana, o n�mero de casos ultrapassou 7 milh�es, com 136 mil novas infec��es detectadas s� no domingo, 7, recorde em um �nico dia desde o in�cio da pandemia. A ordem do dia? Reabertura.

Para as autoridades de sa�de, este � um momento perigoso. "N�o � hora de nenhum pa�s pisar no freio", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em entrevista no in�cio da semana. "A crise est� longe de terminar."

Embora as taxas de infec��o nas grandes cidades americanas e na Europa tenham diminu�do, o v�rus vem se espalhando pelo mundo. O pico global de infec��o pode demorar meses a chegar. Na aus�ncia de uma vacina ou tratamento, a �nica estrat�gia comprovada contra o v�rus ainda � limitar o contato humano.

Mas administrar as incertezas e a impaci�ncia de um lockdown n�o � t�o simples na maioria dos lugares. Em muitos pa�ses, os governos temem o impacto do v�rus na economia, que limita a vontade pol�tica de manter os estabelecimentos fechados ou de decretar uma nova quarentena.

Na ter�a-feira, 9, o principal especialista em doen�as infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, descreveu a covid-19 como seu "pior pesadelo". "Em quatro meses, devastou o mundo inteiro", disse. "E ainda n�o acabou."

Dos 136 mil novos casos relatados no domingo, 75% se concentraram em apenas 10 pa�ses, a maioria no continente americano e sul da �sia - entre eles �ndia, Brasil, M�xico e �frica do Sul. Carissa Etienne, diretora da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), disse que a crise "levou a Am�rica Latina ao limite".

O coronav�rus vem se espalhando rapidamente por pa�ses governados por l�deres acostumados a suprimir informa��es para moldar a narrativa pol�tica. Na R�ssia, o presidente Vladimir Putin suspendeu o lockdown nesta semana, mesmo com o n�mero de infec��es detectadas aumentando constantemente.

No M�xico, o governo de Andr�s Manuel L�pez Obrador n�o vem registrando centenas de mortes na Cidade do M�xico e demitiu os funcion�rios que denunciaram que a capital tem o triplo do n�mero de �bitos que � divulgado oficialmente.

Tudo indica que L�pez Obrador est� de m�os atadas. Como a maioria da popula��o depende do setor informal e n�o tem uma rede de seguran�a estatal, ele n�o consegue impor uma quarentena r�gida. Agora, no momento em que o pa�s registra recordes di�rios de mortos, o governo decidiu reabrir estabelecimentos de forma gradual.

A �ndia vive um drama parecido. "Haver� proibi��o total de sair de casa", disse o primeiro-ministro, Narendra Modi, no dia 24 de mar�o. "Todos os Estados, distritos, todas as ruas, todas as cidades estar�o em lockdown." Logo, o desejo de isolar 1,3 bilh�o de habitantes se mostrou ambicioso demais. A maioria da popula��o indiana � pobre, vive em �reas urbanas lotadas, com falta de saneamento e servi�os de sa�de ruins.

Agora, a �ndia enfrenta a onda de infec��es mais forte da �sia, com mais de 10 mil novos casos di�rios e 290 mil contaminados. Enquanto especialistas alertam para uma escassez iminente de leitos e de m�dicos, nesta semana, os indianos foram autorizados a jantar fora, fazer compras e orar em templos religiosos.

Na Am�rica Latina, os casos de covid-19 est�o aumentando tanto em pa�ses que adotaram medidas de isolamento precocemente, como Peru e Bol�via, quanto naqueles que ignoraram as recomenda��es de sa�de p�blica, como Brasil e Nicar�gua. Ontem, a �frica ultrapassou a marca de 200 mil infectados - um quarto deles na �frica do Sul. Mesmo assim, o governo sul-africano anunciou na ter�a-feira que as aulas ser�o retomadas na semana que vem.

O manual de resposta contra o v�rus usado por europeus e americanos parece n�o funcionar em todos os lugares. Sociedades com economias informais n�o podem impor lockdowns sem o risco de colapso social. Mas o fen�meno n�o se restringe aos pa�ses mais vulner�veis.

O New York Times informou que, enquanto o pa�s retoma as atividades econ�micas, o v�rus ainda est� se espalhando por 21 Estados americanos. A situa��o � pior em Oregon, Texas, Carolina do Norte, Calif�rnia, Arkansas, Mississippi, Utah e Arizona, que ontem pediu que os hospitais estaduais reativassem os protocolos de emerg�ncia.

UE diz que a China divulgou mentiras para dividir bloco

Nesta quarta-feira, 10, a Uni�o Europeia acusou a China de espalhar informa��es falsas durante a pandemia para dividir o bloco. "A pandemia mostrou que a desinforma��o n�o prejudica apenas a sa�de das pessoas, mas tamb�m a sa�de de nossas democracias", disse Vera Jourova, principal autoridade da UE sobre Estado de Direito.

Em pelo menos duas oportunidades, a China teria tentado causar disc�rdia. Em uma, enviou suprimentos � It�lia e disse que os parceiros europeus n�o ajudavam na crise. A outra foi quando a embaixada chinesa na Fran�a divulgou uma not�cia falsa que funcion�rios de asilos tinham abandonado seus postos e deixado os idosos para morrer. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)


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