A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) advertiu nesta segunda-feira (22) que a pandemia continua "acelerando" no mundo, com mais de nove milh�es de casos confirmados, enquanto o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) indicou que a recupera��o econ�mica coexistir� com a COVID-19.
A advert�ncia da OMS chegou horas depois de o Brasil superar as 50.000 mortes pelo novo coronav�rus, ao mesmo tempo em que as cifras continuam aumentando na Am�rica Latina, atual epicentro da crise sanit�ria. E os pa�ses europeus continuam relaxando suas restri��es diante da redu��o no ritmo de cont�gios e mortes.
A pandemia de COVID-19 "continua acelerando", com "um milh�o de casos registrados em apenas oito dias", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma confer�ncia virtual organizada por Dubai.
"Sabemos que a pandemia � muito mais que uma crise de sa�de, � uma crise econ�mica, social e, em muitos pa�ses, pol�tica. Seus efeitos ser�o sentidos durante d�cadas", completou.
O diretor-geral da OMS pediu, ainda, aos laborat�rios farmac�uticos que se aumente a produ��o de dexametasona e se "distribua rapidamente no mundo inteiro" este poderoso esteroide que se mostrou eficaz no tratamento de doentes graves de COVID-19.
O novo coronav�rus provocou mais de 470.000 mortes e 9 milh�es de cont�gios no mundo, desde que o v�rus foi detectado na China no fim do ano passado, segundo um balan�o da AFP com base em fontes oficiais.
No aspecto econ�mico, o FMI, que tinha previsto em abril que a reativa��o econ�mica ocorreria depois da pandemia, mudou o enfoque.
"A reativa��o que prevemos agora coexistir� com a pandemia", disse � CNN a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, que se disse preocupada com algumas regi�es do sul da �sia e a incerteza sobre a evolu��o do v�rus na �frica.
Nesta segunda, a �frica do Sul superou os 100.000 casos, com quase 2.000 �bitos, segundo cifras oficiais.
O FMI revelar� na quarta-feira as previs�es sobre a economia global que, segundo reiterou Georgieva, ser�o piores que as de abril, quando foi estimada uma queda de 3% do PIB mundial.
- Novo recorde di�rio na Argentina -
No Brasil, que tem metade dos dois milh�es de casos da Am�rica Latina, o presidente Jair Bolsonaro, que chegou a qualificar a doen�a como uma "gripezinha", n�o fez coment�rios sobre os mais de 50.000 mortos alcan�ados no domingo.
Segundo os n�meros mais recentes, o Brasil tem at� a noite desta segunda 1.106.470 casos e 51.271 mortos. Nas �ltimas 24 horas, o pa�s registrou 21.432 novos casos e 654 novos �bitos.
No Peru, o segundo pa�s latino-americano em n�mero de casos (257.447) e o terceiro em n�mero de mortos (8.223), os shopping centers reabriram nesta segunda com metade da capacidade, ap�s 99 dias de confinamento.
As autoridades, que buscam reativar a economia, descartaram, no entanto, a reabertura de Machu Picch em julho.
A Argentina, enquanto isso, alcan�ou nesta segunda um recorde di�rio de cont�gios e falecimentos por COVID-19, com 2.146 novos casos e 32 mortes. No total, o pa�s soma quase 45.000 infectados e mais de 1.000 �bitos, 90% dos quais concentrados na capital e sua periferia, com 14 milh�es de habitantes).
No M�xico, onde as autoridades sanit�rias previam tempos atr�s um m�ximo de 8.000 mortes, agora preveem at� 35.000.
Adiada a reativa��o de algumas atividades, especialistas advertem para a situa��o do pa�s: "estamos no ponto mais alto do plat�, quando o ideal seria chegar ao topo e come�ar a baixar, n�o ficar a�, para pensar em reativar gradualmente a economia", disse Malaqu�as L�pez Cervantes, epidemiologista da Universidade Aut�noma do M�xico.
Nesta segunda, o M�xico somava 185.122 cont�gios e 22.584 falecimentos.
No Uruguai, pa�s de 3,4 milh�es de habitantes, que chegou a ter apenas 12 casos ativos de COVID-19 na quinta-feira, registrou uma nova onda, com 37 contagiados em um departamento fronteiri�o com o Brasil. O total alcan�ou 882 casos e 25 mortos.
O presidente Luis Lacalle Pou exortou o refor�o das medidas preventivas: "Vou falar a todo o pa�s: relaxamos um pouco", disse.
- Europa, em outra sintonia -
Alguns pa�ses da Europa, o continente mais castigado pela pandemia, com mais de 193.000 mortes e 2,5 milh�es de casos, continuavam a relaxar as medidas de precau��o diante da diminui��o de casos.
No entanto, novos casos obrigaram alguns a revert�-las, como Portugal, que refor�ou o confinamento na regi�o de Lisboa.
A Fran�a, ao contr�rio, iniciou uma nova etapa nesta segunda, com a reabertura de v�rios estabelecimentos de lazer, os esportes coletivos e a volta generalizada das crian�as � escola.
A vizinha Espanha, que adotou um dos confinamentos mais severos do mundo, suspendeu no domingo o estado de alerta e abriu as fronteiras com os demais Estados membros da UE, com exce��o de Portugal.
As autoridades pedem prud�ncia diante do temor de uma segunda onda da doen�a, como na China, onde depois de dois meses sem novos casos, foram detectados mais de 220 cont�gios em Pequim.
Neste sentido, o diretor da OMS pediu aos governos que se preparem para futuros surtos que podem acontecer "em qualquer pa�s a qualquer momento e matar milh�es de pessoas porque n�o estamos preparados".
No mundo dos esportes, que ap�s v�rios meses de paralisa��o come�a a retomar as atividades, mais casos positivos de COVID-19 foram anunciados nas �ltimas horas.
O Estrela Vermelha de Belgrado anunciou que cinco jogadores foram diagnosticados com o novo coronav�rus e o uruguaio Jonathan Rodr�guez, atacante do Cruz Azul, da primeira divis�o do futebol mexicano, tamb�m contraiu a doen�a.
