Os EUA j� s�o respons�veis por 20% de todos os novos casos de coronav�rus no mundo, de acordo com levantamento do New York Times. As infec��es continuam a crescer em Estados do Sul e da Costa Oeste americana. No domingo, Oklahoma e Missouri relataram recorde de contamina��es. Ontem, a Fl�rida atingiu a marca de 100 mil casos de covid-19.
Alguns epidemiologistas, como Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doen�as Infecciosas dos EUA, que comanda a for�a-tarefa da Casa Branca, garantem que a pandemia est� longe do fim. "N�o d� para falar em segunda onda, porque ainda estamos na primeira", disse Fauci.
Outros especialistas, como Michael Osterholm, diretor do Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC), j� n�o falam mais na possibilidade de segunda onda de infec��es e acreditam que a popula��o ter� de conviver com o v�rus por um longo per�odo. "N�o acho que o v�rus vai desacelerar. N�o teremos uma, duas ou tr�s ondas. O que veremos � um longo e complicado inc�ndio florestal de casos", disse Osterholm no domingo, ao programa Meet the Press, da NBC.
Mas a preocupa��o das autoridades sanit�rias n�o parece ser a mesma do governo americano. Na semana passada, o presidente Donald Trump afirmou que a pandemia estava "desaparecendo". No s�bado, em discurso em Tulsa, no Estado de Oklahoma, ele voltou a minimizar a gravidade da crise e fez piadas sobre o coronav�rus, chamando-o de "kung-flu" (flu significa gripe, em ingl�s) - uma refer�ncia � China, onde teve in�cio o surto de covid-19.
O presidente disse ainda que havia pedido que a testagem para o coronav�rus fosse reduzida nos EUA. "Se voc� faz muitos testes, vai encontrar mais pessoas e mais casos. Ent�o, eu disse ao meu pessoal: Diminuam os testes, por favor", afirmou Trump. Mais tarde, Kayleigh McEnany, porta-voz da Casa Branca, disse que o coment�rio foi uma "brincadeira".
Nesta segunda, 22, Trump voltou a tocar no assunto - e n�o parecia estar brincando. "Estamos fazendo um trabalho muito bom. A raz�o pela qual temos mais casos � porque fazemos mais testes", disse em entrevista ao rep�rter Joe St. George, da rede Scripps.
O argumento � o mesmo usado por Ron DeSantis, governador republicano da Fl�rida, um dos maiores aliados de Trump. Diante do aumento de casos no Estado, DeSantis culpou a quantidade de testes. Um dos �ltimos a decretar quarentena e um dos primeiros a retomar as atividades econ�micas, DeSantis j� responsabilizou tamb�m os trabalhadores rurais, a maioria imigrantes, por espalharem o v�rus.
Ontem, por�m, Michael Ryan, diretor executivo do programa de emerg�ncias da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), disse que o aumento dos testes n�o est� impulsionando o aumento de casos. "As hospitaliza��es tamb�m est�o aumentando, as mortes est�o crescendo e elas n�o t�m rela��o com os testes."
Nova York libera sal�es e refei��es ao ar livre
Duas semanas ap�s dar in�cio a uma diminui��o das restri��es de mobilidade por causa da pandemia do novo coronav�rus, a cidade de Nova York reabriu ontem servi�os n�o essenciais, como restaurantes, que poder�o oferecer refei��es do lado de fora, cabeleireiros, sal�es de beleza e imobili�rias.
Na cidade onde 22 mil pessoas morreram de covid-19, pelo menos 300 mil trabalhadores dever�o voltar a circular por Manhattan, de acordo com as autoridades locais. O prefeito Bill de Blasio afirmou ontem que se trata de "um passo gigante". "� aqui que est� a maior parte da nossa economia", disse.
Ainda assim, com os estabelecimentos limitando sua capacidade m�xima para garantir o distanciamento social, a quantidade de pessoas que retornavam ao trabalho parecia ser uma fra��o daquela que em outro momento se acotovelava em metr�s lotados e em elevadores.
"� bom voltar ao normal, mesmo que n�o seja 100% normal", disse Kiki Boyzuick, de 45 anos, que trabalha em um escrit�rio de recursos humanos no centro de Manhattan, o mais famoso distrito da cidade.
Ontem pela manh�, em um hor�rio em que Midtown, onde fica o maior conglomerado de arranha-c�us do munic�pio, ficava lotado de trabalhadores, as cal�adas permaneciam vazias e os vag�es do metr� ainda pareciam relativamente ociosos.
O prefeito disse que, embora algumas empresas relutem em reabrir seus escrit�rios no ver�o, ele as incentivar� a trazer trabalhadores de volta ao servi�o presencial no outono. "Quanto mais as pessoas veem que est� funcionando, mais elas querem voltar", disse.
Hoje, Nova York registra menos de 100 novos casos de covid-19 por dia - no come�o de abril, o n�mero de infectados aumentava em mais de 6 mil notifica��es di�rias.
Apesar da autoriza��o de reabertura, a retomada da economia est� em fase embrion�ria e s�o vis�veis os sinais deixados pela pandemia nas ruas da cidade, com muitos im�veis trazendo faixas de loca��o. "Muitos dos nossos clientes que compram flores semanalmente foram embora", contou Sam Karalis, dona de uma floricultura no bairro elegante Upper East Side. "Eles t�m casa nos Hamptons ou ao norte. Por que voltariam?", questionou. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)
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INTERNACIONAL
EUA respondem por 20% dos novos casos de coronav�rus em todo o mundo
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