A pandemia do novo coronav�rus n�o para de acelerar, sobretudo na Am�rica Latina e tamb�m registra surtos graves como na Alemanha, onde as autoridades isolaram dois cant�es onde vivem mais de 600.000 pessoas devido ao surgimento de novos focos.
Os moradores de G�tersloh e Warendorf, no oeste do pa�s, ter�o novamente sua circula��o e atividades limitados por uma semana para tentar conter a propaga��o do v�rus, que afeta mais de 1.550 pessoas de um matadouro na regi�o, embora eles n�o sejam obrigados a permanecer em suas casas.
Segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais, a doen�a causou mais de 473.000 mortos em todo o mundo e provocou mais de 9,1 milh�es de casos, e segue "acelerando", advertiu a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).
Como prova do cen�rio preocupante, a organiza��o destacou que um milh�o de novos casos foram registrados no planeta em apenas oito dias, quando no in�cio da propaga��o foram necess�rios tr�s meses para atingir o primeiro milh�o de cont�gios.
Na Am�rica Latina, o v�rus continua avan�ando de forma muito r�pida e acumula 2,1 milh�es de infec��es, das quais mais da metade corresponde ao Brasil.
- Pandemia e terremoto -
No gigante sul-americano, o segundo pa�s mais afetado do mundo, um juiz determinou que o presidente Jair Bolsonaro, que minimizou a severidade da pandemia em v�rias ocasi�es, deve usar uma m�scara "em todos os locais p�blicos", sob pena de multa.
O Peru, o segundo pa�s da regi�o em n�mero de infec��es, com mais de 260.000 casos e mais de 8.400 mortes, est� com os hospitais sobrecarregados e a sua economia recuou 13% nos primeiros quatro meses do ano. No meio deste cen�rio, foram realizados os primeiros protestos trabalhistas nesta ter�a-feira ap�s 100 dias de confinamento.
Na Bol�via, que est� passando por uma escalada que superou 25.000 infec��es, a maioria dos hospitais que atendem pacientes com coronav�rus est� � beira do colapso, disseram autoridades e funcion�rios nesta ter�a.
A Argentina, pa�s que j� est� em confinamento obrigat�rio h� tr�s meses e no qual a pandemia causou 44.918 infec��es e 1.049 mortes, viu sua economia piorar, ap�s dois anos de recess�o.
Em Buenos Aires, onde 90% dos casos est�o concentrados, v�rias empresas leiloam m�veis e implementos, convencidos de que n�o poder�o mais reabrir.
Como se a pandemia da COVID-19 deles n�o fosse suficiente, um terremoto atingiu o M�xico nesta ter�a, deixando at� o momento quatro mortos e poucos danos.
O pa�s, com 127 milh�es de habitantes, registra 185.122 casos e 22.584 mortes por pandemia.
- Fauci: EUA far� mais testes -
Os Estados Unidos, pa�s mais afetado do mundo, com 2,3 milh�es de casos e 120.000 mortes.
O principal especialista em doen�as infecciosas do pa�s, Anthony Fauci, disse nesta ter�a em uma audi�ncia no Congresso que o presidente Donald Trump nunca pediu que ele parasse de fazer os testes de coronav�rus, depois de coment�rios do presidente a esse respeito.
"Nenhum de n�s foi instru�do a reduzir os testes", disse Fauci sobre os esfor�os para mitigar a pandemia, que registra surtos em cerca de 20 estados.
"De fato, faremos mais testes", acrescentou.
- Baixa peregrina��o a Meca -
O Hajj, um dos cinco pilares do Isl� e uma das concentra��es religiosas mais importantes do mundo, ser� realizado no final de junho em condi��es sem precedentes.
Apenas 1.000 fi�is da Ar�bia Saudita ter�o permiss�o para peregrinar, anunciaram as autoridades nesta ter�a, um n�mero insignificante comparado aos 2,5 milh�es de todo o mundo que viajaram em 2019.
Na �sia, a Coreia do Sul admitiu nesta ter�a-feira que luta desde meados de maio contra uma segunda onda de cont�gios, com entre 35 e 50 novos casos por dia, sobretudo na regi�o de Seul.
O temor de novos surtos tamb�m est� presente na Europa. O an�ncio da Alemanha sobre um novo confinamento ocorre um dia depois de Portugal refor�ar medidas restritivas na regi�o de Lisboa.
Outros pa�ses, no entanto, avan�am nas etapas de abertura. O Reino Unido anunciou nesta ter�a-feira que restaurantes, hot�is, sal�es de beleza, cinemas e museus reabrir�o as portas em 4 de julho.
A confirma��o de que o s�rvio Novak Djokovic, n� 1 no t�nis mundial, e outros tr�s jogadores testaram positivo para a COVID-19 ap�s um torneio em Belgrado se tornou uma amea�a � programa��o do esporte.
O colapso econ�mico provocado pelo coronav�rus est� afundando o com�rcio mundial, que registrar� um retrocesso "hist�rico" de 18,5% no segundo trimestre do ano.
Trata-se da queda "mais pronunciada de que temos conhecimento", disse o diretor-geral da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), o brasileiro Roberto Azev�do, antes de destacar, no entanto, que "poderia ter sido muito pior" e que as pol�ticas aplicadas pelos governos reduziram o tamanho da hecatombe.