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Estado de Minas

Mu�ulmanos da B�snia recordam as v�timas 25 anos ap�s o massacre de Srebrenica


postado em 11/07/2020 11:37

Os mu�ulmanos da B�snia recordaram neste s�bado o genoc�dio de Srebrenica, que completa 25 anos, o maior massacre em territ�rio europeu desde a Segunda Guerra Mundial, em uma cerim�nia reduzida devido � pandemia de coronav�rus.

"Tenho uma filha de dois anos, como eu tinha na �poca. � dif�cil quando voc� v� algu�m chamando o pai e voc� n�o tem o seu", afirmou, chorando, Sehad Hasanovic, 27 anos.

Seu pai, Semso, "fugiu para a floresta e nunca retornou. S� encontramos alguns ossos", conta. Assim como o irm�o Sefik e sei pai Sevko, Semso foi assassinado quando as tropas s�rvias da B�snia, comandadas por Ratko Mladic, entraram no territ�rio de Srebrenica e executaram sistematicamente os homens e adolescentes mu�ulmanos.

Apesar das medidas de combate � pandemia, 3.000 parentes de v�timas compareceram ao evento

"Os maridos das minhas quatro irm�s foram assassinados. Meu irm�o tamb�m foi morto, assim como seu filho. Minha sogra tamb�m perdeu outro filho e o marido", recorda Ifeta Hasanovic, 48 anos, cujo marido Hasib foi uma das nove v�timas cujos restos mortais foram identificados em julho do ano passado.

Neste s�bado, os nove foram enterrados no cemit�rio do Monumento do Genoc�dio, em Potocari, cidade pr�xima de Srebrenica onde ficava durante a guerra �tnica da B�snia (1992-95) a base da For�a de Prote��o da ONU (UNPROFOR).

Em 11 de julho de 1995, cinco meses antes do fim da guerra, as for�as s�rvias da B�snia assumiram o controle de Srebrenica, uma "zona segura" declarada pelas Na��es Unidas, protegida por 400 capacetes azuis holandeses, e em poucos dias massacraram mais de 8.000 homens e adolescentes b�snios (mu�ulmanos).

Na �poca o l�der pol�tico s�rvio-b�snio era Radovan Karadzic (falecido em 2006) e o comandante militar Ratko Mladic. A justi�a internacional condenou ambos � pris�o perp�tua, sobretudo pelo massacre de Srebrenica e o cerco a Sarajevo.

At� hoje foram encontradas e identificadas quase 6.900 v�timas do massacre em mais de 80 valas comuns. Muitos foram enterrados no cemit�rio do Monumento do Genoc�dio.

- A luta contra a "nega��o"-

A matan�a de Srebrenica � o �nico epis�dio da guerra b�snia (100.000 mortos) classificado como genoc�dio pela justi�a internacional. Mas os l�deres pol�ticos s�rvio-b�snios minimizam o evento.

O membro s�rvio da presid�ncia colegiada da B�snia, Milorad Dodik, rejeita o termo "genoc�dio" e fala de "mito".

"Insistiremos sem descanso na verdade, justi�a e necessidade de julgar todos aqueles que cometeram este crime", afirmou na v�spera o integrante b�snio (mu�ulmano) da presid�ncia, Sefik Dzaferovic.

"Lutaremos contra aqueles que negam o genoc�dio e glorificam seus autores", completou.

O prefeito s�rvio de Srebrenica, Mladen Grijicic, afirmou que "todos os dias h� novas provas que negam a apresenta��o atual de tudo o que aconteceu".

"A comunidade internacional n�o defendeu Srebrenica h� 25 anos, mas tem a possibilidade de defender a verdade", declarou Bakir Izetbegovic, l�der do principal partido b�snio (mu�ulmano), o SDA, e filho do l�der dos b�snios no momento do conflito, Alija Izetbegovic.

"Apesar de tudo que aconteceu, a vida renasce em Srebrenica (...) O passado dif�cil pode ser a oportunidade para nos conhecermos melhor melhor e construir um futuro melhor, se aceitarmos a verdade como linha diretiva", disse o grande mufti b�snio, Husein Kavazovic.

Diante da impossibilidade de um evento com muitas pessoas em apenas um dia, os organizadores convidaram a popula��o a visitar o centro memorial ao longo de julho.

V�rias exposi��es foram organizadas, incluindo os quadros do artista b�snio Safet Zec dedicados ao massacre.

Outra obra, com o nome "Por qu� n�o est�o aqui?", da artista americana de origem b�snia Aida Sehovic, consiste em mais de 8.000 x�caras de caf� (uma para cada v�tima do massacre) colocadas no gramado do centro memorial.


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