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Estado de Minas

Presidente do L�bano rejeita investiga��o internacional de explos�es em Beirute


07/08/2020 19:19

O presidente do L�bano, Michel Aoun, rejeitou nesta sexta-feira (7) uma investiga��o internacional sobre a gigantesca explos�o no porto de Beirute e disse que poderia ter sido provocada por "neglig�ncia" ou por um "m�ssil", enquanto continua a busca por sobreviventes entre os escombros.

"� poss�vel que isto tenha sido causado por neglig�ncia ou por uma a��o externa, com um m�ssil ou uma bomba", declarou Aoun nesta sexta � imprensa. Ele foi o primeiro dirigente liban�s a mencionar uma causa externa.

At� agora, as autoridades t�m afirmado que a explos�o foi provocada por um enorme inc�ndio em um armaz�m que continha 2.700 toneladas de nitrato de am�nio, uma subst�ncia qu�mica perigosa que estava guardada h� seis anos "sem medidas de precau��o", como admitiu o primeiro-ministro.

Aoun disse que tinha sido informado da presen�a deste produto em 20 de julho e que pediu que o Conselho Superior de Defesa fizesse o necess�rio.

O movimento xiita liban�s Hezbollah negou "categoricamente" nesta sexta ter um "armaz�m de armas" no porto da cidade, ap�s acusa��es que t�m circulado nos meios de comunica��o e na opini�o p�blica libanesa.

"Nem armaz�m de armas, nem armaz�m de m�sseis (...) Nenhuma bomba, nenhum proj�til, nem nitrato" de am�nio, insistiu o l�der do grupo, Hassan Nasrallah.

Nesta sexta, Aoun rejeitou, no entanto, os pedidos de abertura de uma investiga��o internacional, pois equivaleria a "diluir a verdade".

O presidente franc�s, Emmannuel Macron, pediu uma investiga��o internacional "transparente" durante visita na v�spera a Beirute, ao mesmo tempo em que solicitou aos l�deres libaneses para "mudar o sistema".

Aoun admitiu, ainda, nesta sexta-feira que era necess�rio revisar um regime pol�tico "paralisado".

- Assist�ncia imediata -

A explos�o brutal, a mais devastadora ocorrida no L�bano, alimentou a ira da popula��o, que em outubro de 2019 iniciou um grande movimento de protesto contra os pol�ticos, acusados de corrup��o e incompet�ncia.

Dezenas de pessoas protestaram na noite de quinta-feira e nas redes sociais circulavam convoca��es para uma manifesta��o contra o governo no s�bado.

Segundo o �ltimo balan�o, a explos�o deixou ao menos 154 mortos, mais de 5.000 feridos, dezenas de desaparecidos e centenas de milhares de desabrigados nos bairros vizinhos.

A organiza��o internacional de coopera��o policial Interpol anunciou nesta sexta o envio de uma equipe especializada na identifica��o de v�timas.

O presidente franc�s informou sobre a organiza��o em breve de uma confer�ncia de ajuda humanit�ria de emerg�ncia para o L�bano, pa�s em plena crise econ�mica h� meses. A Comiss�o Europeia participar� e a Uni�o Europeia j� desbloqueou 33 milh�es de euros (38 milh�es de d�lares).

O presidente franc�s, Donald Trump, e seu colega franc�s acordaram nesta sexta "trabalhar com seus parceiros internacionais para proporcionar assist�ncia imediata aos libaneses", informou o porta-voz da Casa Branca, acrescentando que os dois tinham "expressado sua profunda tristeza" ap�s a trag�dia.

V�rios pa�ses j� enviaram material m�dico e sanit�rio, bem como hospitais de campanha.

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) manifestou sua preocupa��o com a satura��o dos hospitais em plena pandemia do novo coronav�rus, com a escassez de medicamentos e equipamentos m�dicos, e pediu 15 milh�es de d�lares.

A Ag�ncia de Ajuda Internacional dos Estados Unidos (USAID) anunciou nesta sexta o envio imediato de 15 milh�es de d�lares em comida e medicamentos, o equivalente a tr�s meses de alimentos para 50.000 pessoas e a tr�s meses de rem�dios para 60.000 pessoas.

- "Preparem a forca" -

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, prev� ir no s�bado a Beirute para demonstrar a "solidariedade" dos europeus, "comovidos e entristecidos" com a cat�strofe.

Em uma capital com ares apocal�pticos e diante da neglig�ncia do governo, centenas de libaneses se mobilizaram em uma enorme onda de solidariedade, para prosseguir com as opera��es de retirada de escombros ou ajudar os que ficaram sem teto.

Dois ministros que tentaram entrar nos bairros devastados foram vaiados pelos moradores.

"Demiss�o" e "Preparem a forca", gritaram alguns, obrigando o ministro da Educa��o, Tarek Majzoub, a ir embora com a vassoura na m�o.

Autoridades portu�rias, servi�os de alf�ndega e alguns servi�os de seguran�a sabiam que havia produtos qu�micos perigosos armazenados, mas responsabilizaram uns aos outros.

Al�m do nitrato de am�nio, o promotor militar falou da presen�a de "materiais altamente inflam�veis de combust�o lenta", segundo um comunicado.

Dezenas de pessoas est�o sendo interrogadas, informou nesta sexta uma fonte judicial � AFP, assegurando que "altos funcion�rios" poderiam ser detidos.

Cerca de vinte funcion�rios do porto e da alf�ndega foram interpelados, segundo fontes judiciais e de seguran�a. Entre eles, o diretor-geral da alf�ndega, Badri Daher, e o presidente do conselho de administra��o do porto, Hassan Koraytem.


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