(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Elei��o presidencial em Belarus entre autorit�rio Lukashenko e opositora surpresa


09/08/2020 08:31

Os bielorrussos votam, neste domingo (9), em uma elei��o presidencial que op�e o autorit�rio Alexander Lukashenko a uma jovem candidata inesperada que mobilizou multid�es, apesar da repress�o, com o presidente prometendo n�o "perder o controle" da situa��o.

A vota��o deste domingo, que termina �s 20h00 (14h00 de Bras�lia), foi precedida por um voto antecipado, denunciado pela oposi��o como favor�vel � fraude. �s 12h00, as autoridades anunciaram uma participa��o de 50,3%.

"Ningu�m vai permitir a perda de controle", prometeu o presidente Lukashenko depois de depositar sua c�dula na urna, afirmando que "n�o havia raz�o" para o pa�s "mergulhar no caos".

O governo bielorrusso redobrou seus esfor�os para conter a ascens�o de Svetlana Tikhanovskaya, prendendo manifestantes e a chefe de sua sede de campanha no s�bado, detendo brevemente uma aliada da opositora no mesmo dia e denunciando uma conspira��o fomentada pela oposi��o e mercen�rios russos.

Mas Svetlana Tikhanovska�a, uma professora de ingl�s de 37 anos, resistiu apesar do "medo" di�rio, disse ela � AFP na sexta-feira. De acordo com a imprensa russa e local, ela deixou seu apartamento no s�bado por raz�es de seguran�a.

Neste domingo, partid�rios da opositora votavam com pulseiras brancas, em sinal de reconhecimento a pedido de Tikhanovska�a, que os convidou a enviar fotos das suas c�dulas para organizar uma contagem independente.

Em Minsk, as medidas de seguran�a foram refor�adas, controles policiais foram implementados e o tr�fego restrito, enquanto ve�culos blindados e de militares eram vistos circulando.

- Militares armados, internet perturbada -

O acesso � internet tamb�m foi fortemente limitado, impossibilitando a utiliza��o de determinadas redes sociais, servi�os de mensagens e sites de consulta de informa��o pr�ximos da oposi��o, mas tamb�m o site da comiss�o eleitoral.

Artiom, um programador de 33 anos, disse � AFP ter observado fraudes: "no meu col�gio eleitoral h� uma participa��o de quase 100% (...) N�o sei como � poss�vel".

"Acho que as pessoas est�o cansadas desse marasmo. Dessa ladainha sem fim de piadas na TV, de propaganda", reclama Alexandre, um oper�rio de 47 anos.

"Vamos acordar em um novo pa�s!", lan�ou Tikhonovskaya a seus apoiadores no s�bado.

Ela afirma n�o ter ilus�es quanto ao resultado, denunciando "fraudes vergonhosas", principalmente porque o n�mero de observadores independentes foi reduzido ao m�nimo.

V�rios pa�ses europeus pediram uma vota��o "livre e justa".

Os resultados ser�o anunciados durante a noite ou segunda-feira.

Protestos contra o governo n�o est�o descartados, se a oposi��o considerar a vota��o fraudulenta. Lukashenko deixou claro que n�o hesitaria em dispers�-los.

Questionado pela AFP em Minsk, Vadim, um engenheiro de 37 anos, prev� que "tudo ir� mal, haver� um aperto de parafusos, um colapso econ�mico, san��es, um n�o reconhecimento das elei��es por organiza��es internacionais".

O procurador-geral Alexandre Koniuk, por sua vez, pediu aos eleitores que sejam "razo�veis" e n�o participem de manifesta��es n�o autorizadas.

Antes do surgimento surpresa de Tikhanovska�a, Lukashenko, de 65 anos, eliminou seus principais concorrentes: dois deles est�o presos, um terceiro est� no ex�lio.

- Tr�s mulheres -

Tr�s outros candidatos est�o concorrendo, mas nenhum conseguiu mobilizar o eleitorado.

Svetlana Tikhanovskaya substituiu seu marido, Sergei Tikhanovsky, um blogueiro preso em maio quando fazia campanha.

Descrita como "coitadinha" por Lukashenko, ela conseguiu reunir multid�es, enquanto Belarus nunca teve uma oposi��o unida e estruturada.

Para isso, Tikhanovska�a juntou for�as com Veronika Tsepkalo, esposa de um opositor exilado, e Maria Kolesnikova, diretora de campanha de Viktor Babaryko, um ex-banqueiro preso quando queria se candidatar.

Se vencer, ela prometeu permanecer no poder apenas o tempo suficiente para libertar os "presos pol�ticos", organizar uma reforma constitucional e novas elei��es.

Belarus n�o realiza uma vota��o considerada livre desde 1995. Em v�rias ocasi�es, manifesta��es foram reprimidas � for�a e com pesadas penas de pris�o.

Para esta elei��o presidencial, Minsk n�o convidou observadores da OSCE, pela primeira vez desde 2001.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)