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Estado de Minas

Milhares de manifestantes voltam a protestar em Minsk, capital de Belarus


30/08/2020 12:43

Dezenas de milhares de manifestantes sa�ram �s ruas neste domingo em Minsk, a capital de Belarus, para protestar pelo terceiro fim de semana consecutivo contra a reelei��o do presidente Alexander Lukashensko, apesar da grande presen�a de for�as de seguran�a, que efetuaram dezenas de deten��es.

O presidente, de 66 anos, que est� no poder desde 1994, enfrenta protestos di�rios desde as controversas elei��es de 9 de agosto. A apura��o oficial afirma que ele recebeu 80% dos votos, enquanto os cr�ticos denunciam fraudes.

Em 16 e 23 de agosto, a oposi��o reuniu quase 100.000 pessoas nas ruas de Minsk, apesar das press�es e amea�as das autoridades. Estas foram as duas maiores manifesta��es da hist�ria do pa�s.

Apesar da grande presen�a das for�as de seguran�a, que impediram que muitos opositores se aproximassem do local da manifesta��o, o centro da capital bielorrussa estava lotado, em particular da Pra�a de Outubro at� a Pra�a da Independ�ncia.

Os manifestantes exibiam bandeiras vermelhas e brancas, as cores da oposi��o, e gritavam frases como "V� embora" para Lukashenko.

Dezenas de manifestantes foram detidos por policiais, que receberam o apoio de militares encapuzados e armados.

No s�bado, as autoridades bielorrussas, sem apresentar explica��es, retiraram as credenciais de v�rios jornalistas de meios de comunica��o estrangeiros, incluindo AFP, AP, BBC e Radio Liberty. A decis�o foi criticada por v�rios pa�ses.

Para a principal l�der da oposi��o, Svetlana Tikhanovskaia, exilada na Litu�nia, este � um "novo sinal de que o regime est� em ru�na moral e tenta se aferrar ao poder apenas pelo medo e pela intimida��o".

Desde o in�cio do movimento de protestos, os jornalistas bielorrussos e estrangeiros s�o alvo de press�es e de breves deten��es. As autoridades bloquearam o acesso aos meios de comunica��o independentes e de oposi��o, enquanto a Internet sofre cortes intermitentes.

Os resultados das elei��es foram rejeitados pela Uni�o Europeia, que est� preparando um pacote de san��es contra funcion�rios de alto escal�o do governo de Belarus. A UE pediu a Lukashenko um di�logo com a oposi��o.

O presidente se recusa a fazer qualquer concess�o e denuncia um compl� ocidental para derrubar seu governo.

At� o momento, ele conta com um apoio prudente de seu aliado mais pr�ximo, o presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou estar disposto a intervir no territ�rio vizinho, caso os protestos se tornem mais graves. Ao mesmo tempo, Putin pede o di�logo do regime com a oposi��o.

Os dois conversaram por telefone neste domingo. Putin felicitou Lukashenko por seu anivers�rio de 66 anos e prometeu o refor�o da alian�a R�ssia-Belarus, segundo um comunicado do Kremlin.

Os europeus desejam que Putin pressione o colega bielorrusso para iniciar um di�logo com o "Conselho de Coordena��o", criado pela oposi��o para estimular uma transi��o pac�fica do poder no pa�s.

Lukashenko se negou e denunciou uma tentativa de "tomar o poder". O "conselho" da oposi��o � alvo de um processo por "atentado � seguran�a nacional", e dois membros receberam breves penas de pris�o.

V�rios membros foram convocados pelos investigadores, incluindo a pr�mio Nobel de Literatura Svetlana Alexievich.

Minsk e outras cidades registram protestos di�rios desde 9 de agosto, apesar das declara��es de Lukashenko e da repress�o.

Mais de 300 atletas bielorrussos pediram neste domingo publicamente a organiza��o de novas elei��es.

As primeiras manifesta��es em Belarus ap�s as elei��es foram violentamente reprimidas e deixaram tr�s mortos e dezenas de feridos, al�m de mais de 7.000 pessoas detidas. A maioria foi liberada.


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