O Brasil registrou, nesta ter�a-feira (1), uma queda recorde de 9,7% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre em rela��o ao anterior, devido � pandemia de coronav�rus, entrando assim em uma recess�o.
Os n�meros divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) s�o piores do que as proje��es de analistas consultados pelo jornal Valor Econ�mico, que previam uma contra��o de 9,2% no pa�s de 212 milh�es.
O Brasil � o segundo mais afetado do mundo pela covid-19, depois dos Estados Unidos.
No primeiro trimestre, a maior economia da Am�rica Latina caiu 2,5%. A taxa de -1,5% anunciada em maio foi revisada nesta ter�a-feira.
"O PIB j� est� no mesmo n�vel do final de 2009, no auge da crise financeira internacional", comentou o IBGE em comunicado.
O tombo �, no entanto, menor do que os 11,1% inicialmente previstos para maio, em particular gra�as � ajuda massiva concedida pelo governo, em particular subs�dios pagos aos mais pobres, mitigando assim o colapso da demanda.
Gra�as a esses aux�lios, o Brasil conseguiu amortecer o choque, quando comparados os n�meros do segundo trimestre com os de outros pa�ses latino-americanos, como M�xico (-17,1%) e Chile (-13,4%), ou de pa�ses desenvolvidos, como Reino Unido (-20,4%), Espanha (-18,5%) e Fran�a (-13,8%).
Os analistas esperam uma recupera��o no terceiro semestre (+5,4%), enquanto o Minist�rio da Economia estima que a contra��o em 2020 ser� de 4,7%.
Desde abril, o Estado brasileiro concede 600 reais por m�s, valor que �s vezes pode chegar a 1.200 reais, a 66,4 milh�es de brasileiros, quase um ter�o da popula��o.
As medidas, que tamb�m incluem redu��o de encargos, ou supress�o de impostos, custaram ao Estado mais de 500 bilh�es de reais, ou 7,3% do PIB previsto para 2020.
