O presidente da Argentina, Alberto Fern�ndez, anunciou nesta sexta-feira (23) a prorroga��o por 14 dias das medidas de restri��o iniciadas em mar�o para conter a pandemia da covid-19, que j� ultrapassou um milh�o de casos no pa�s e matou quase 28 mil pessoas.
"Estamos longe de ter resolvido essa quest�o", admitiu o presidente argentino em cerim�nia na prov�ncia de Misiones (nordeste).
A Argentina, com 44 milh�es de habitantes, registra 1.053.637 casos, com 851.854 recuperados e 27.957 �bitos.
"Sentimos que estamos nos estabilizando em um patamar de 15.000 casos di�rios", explicou Fern�ndez.
A partir da pr�xima segunda-feira e pelas pr�ximas duas semanas, a mobilidade da popula��o, a utiliza��o de transportes p�blicos, a realiza��o de espet�culos e de confraterniza��es em espa�os fechados continuar�o restringidas, entre outras limita��es.
A quarentena, implementada pela primeira vez em 20 de mar�o, foi gradativamente amenizada, permitindo o retorno das atividades industriais, comerciais e recreativas ao ar livre.
"Tamb�m n�o � uma quarentena, o que temos hoje � um mecanismo de isolamento para uns e distanciamento para outros e aos poucos vamos abrindo atividades, porque a economia tamb�m precisa, mas temos que ter muito cuidado", disse o presidente.
Fern�ndez explicou que oito prov�ncias concentram 55% das infec��es: C�rdoba, Santa F�, Tucum�n, Mendoza, Neuqu�n, R�o Negro, Chubut e San Luis.
A �rea Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), que foi o principal foco nos primeiros meses, registra "oito semanas consecutivas de queda de infec��es", revelou.
"Vamos continuar exatamente nas mesmas condi��es em que estamos hoje. Ainda n�o podemos ficar tranquilos", continuou.
Fern�ndez admitiu que em algumas cidades a capacidade das unidades de terapia intensiva (UTI) est� no limite, enquanto em todo o pa�s a ocupa��o das UTIs chega a 64,6%.
"Em muitas dessas prov�ncias, notamos estresse no atendimento m�dico, hospitais que lotam, m�dicos que se cansam", listou.
Em Neuqu�n ou Mendoza "o n�vel de satura��o [hospitalar] est� sempre em um ponto limite", alertou.
O presidente pediu � popula��o que continue extremamente cautelosa.
"Temos que estar vigilantes, porque o risco ainda est� latente", concluiu, citando o surto de infec��es que a Europa enfrenta no momento.