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Estado de Minas

Bol�via conclui apura��o lenta que sela vit�ria de Arce


23/10/2020 19:26

A Bol�via concluiu nesta sexta-feira a apura��o dos votos da elei��o do �ltimo domingo, na qual o esquerdista Luis Arce obteve uma vit�ria surpreendente no primeiro turno, conquistando o dobro dos votos de seu principal oponente, Carlos Mesa.

Ap�s a contagem oficial de 100% dos votos, o apoiador do ex-presidente Evo Morales obteve 55,10% dos votos v�lidos, contra 28,83% do centrista Mesa. Em terceiro lugar, ficou o direitista Luis Fernando Camacho com 14%.

O resultado final coincide, com pequenas varia��es, com as proje��es feitas na noite de domingo pelo canal de televis�o Unitel e pela funda��o cat�lica Jubileo, sete horas ap�s o fechamento da vota��o, que permitiram acabar com a incerteza pela falta de resultados preliminares oficiais.

As duas pesquisas previram uma vantagem de 22 pontos de Arce sobre Mesa, mas o resultado final foi muito maior: 26,27 pontos.

Ap�s a divulga��o dos resultados oficiais, Mesa garantiu que ir� liderar uma "oposi��o respons�vel, vigilante, fiscalizadora", "acompanhando detalhadamente o que far�o as novas autoridades nacionais".

O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) apresentar� os resultados nesta sexta-feira, �s 18h locais (19h em Bras�lia), e proclamar� a vit�ria de Arce. Isso marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo (MAS), 11 meses ap�s a queda de Morales em meio a protestos e den�ncias de fraude eleitoral.

- Relat�rio final -

O presidente do TSE, Salvador Romero, adiantou que Arce e o novo Congresso - renovado na �ntegra no domingo -, assumir�o suas fun��es "no decorrer da primeira quinzena de novembro", mas n�o forneceu uma data exata.

Arce, de 57 anos, foi o arquiteto do "milagre econ�mico" do governo de Morales (2006-2019) como ministro das Finan�as. Ele conquistou o apoio em massa dos bolivianos gra�as ao capital pol�tico de Morales e �s esperan�as de um retorno � prosperidade perdida, em meio a um pa�s em colapso pelo coronav�rus e pela crise econ�mica.

"A esquerda venceu porque Arce esteve perto das pessoas, comeu com elas nos mercados, compartilhou com o povo", declarou o analista pol�tico Carlos Cordero. "Al�m disso, Arce entende que o Estado tem uma fun��o social, que nem tudo � efici�ncia econ�mica, como acontece na direita, entende que tamb�m deve haver solidariedade econ�mica."

O TSE demorou cinco dias na contagem dos votos, algo que em outros pa�ses latino-americanos leva poucas horas. Desta vez, usou-se um processo manual, depois do cancelamento de �ltima hora do sistema de contagem r�pida digital em prol da confiabilidade dos dados.

Abalados com a surpreendente decis�o das urnas n�o antecipada por nenhuma pesquisa, setores da direita sa�ram �s ruas para protestar, denunciando uma suposta "fraude". Miss�es de observa��o eleitoral internacionais afirmaram, por�m, que o processo foi limpo e deu "legitimidade" ao novo governo de esquerda, que substituir� o da presidente interina de direita, Jeanine ��ez.

Os pr�prios advers�rios de Morales facilitaram a vit�ria do candidato apoiado por ele, uma vez que n�o aproveitaram o pior momento do MAS. Em vez de se unirem, sete pol�ticos anti-Evo se lan�aram como candidatos.

- Elogio europeu -

A Uni�o Europeia, que tamb�m enviou observadores eleitorais � Bol�via, parabenizou hoje Arce e expressou seu desejo de come�ar a trabalhar em breve com as novas autoridades eleitas.

Uma nota assinada pelo alto comiss�rio da UE para as Rela��es Exteriores, o espanhol Joseph Borrell, tamb�m elogiou a participa��o eleitoral em massa, apesar das restri��es pela pandemia de coronav�rus. De acordo com Borrell, a UE "continua ao lado da Bol�via e espera poder trabalhar com as novas autoridades pela consolida��o da prosperidade e da estabilidade no pa�s, com esp�rito de reconcilia��o, unidade e inclus�o".

O MAS conquistou a maioria nas duas c�maras, mas n�o obteve os dois ter�os que lhe permitiriam aprovar leis sem a necessidade de negociar com outras bancadas, como ocorria na �poca de Morales.

- 'Almagro deve renunciar' -

O secret�rio-geral da OEA, Luis Almagro, afirmou ontem em Washington que n�o h� "paralelismo" entre as elei��es de 2019 e as do �ltimo domingo. Ele recebeu duras cr�ticas do M�xico pelo papel da organiza��o na vota��o precedente.

"Luis Almagro deve renunciar, se tiver �tica e moral", disse ontem Morales, cujo retorno � Bol�via do ex�lio na Argentina foi pavimentado pela vit�ria de Arce.


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