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Conhe�a as 5 coisas mais agrad�veis e desagrad�veis de se tocar

Estudo com 40 mil pessoas de diferentes pa�ses descobriu que sentimentos ao redor do toque parecem ser bastante universais


26/10/2020 16:02 - atualizado 26/10/2020 17:29


Com consentimento, tocar é tanto uma necessidade quanto um prazer(foto: Getty Images)
Com consentimento, tocar � tanto uma necessidade quanto um prazer (foto: Getty Images)

O tato � uma parte crucial de nossas vidas. O tipo correto de toque pode reduzir a dor, aliviar o estresse ou transmitir emo��es com mais impacto do que as palavras. Sem consentimento e for�ado, pode causar terror e � uma viola��o do corpo alheio.

� um sentido que n�o se pode eliminar e n�o deve ser menosprezado.

"Acho que subestimamos a import�ncia do contato f�sico em nossa intera��o social. O toque humano � chave para nossa sobreviv�ncia. Est� em nosso DNA", afirma � BBC Robin Dunbar, psic�logo evolutivo.

� tamb�m um sentido que tem sido visto sob novas perspectivas em meio � pandemia, em um momento em que temos de manter distanciamento social e em que n�o podemos abra�ar amigos ou familiares do modo como faz�amos antes.

Dito isso, o tato "� um sentido muito pouco pesquisado. Para cada 100 artigos (cient�ficos) sobre a vis�o, h� um sobre o tato", destaca David Linden, autor de Unique: The New Science of Human Individuality (em tradu��o livre, �nico: a nova ci�ncia da individualidade humana).

O primeiro sentido

O tato � o primeiro sentido que desenvolvemos.

Como fetos no �tero, sentimos antes de podermos escutar, sentir cheiros ou saborear. E, � medida que avan�a a gesta��o, se ela for de g�meos, os irm�os podem at� se tocar.


Pintura de Michelangelo na Capela Sistina; o tato é o primeiro sentido que desenvolvemos(foto: Getty Images)
Pintura de Michelangelo na Capela Sistina; o tato � o primeiro sentido que desenvolvemos (foto: Getty Images)

� tamb�m o sentido com o maior �rg�o sensorial do corpo: a pele, que cobre uma superf�cie de ao menos 2 metros quadrados.

Mas o que acontece quando tocamos outras pessoas? E por que isso � t�o especial?

"Quando voc� toca outras pessoas, o seu c�rebro processa com diferentes mecanismos", explica Katerina Fotoloulou, professora de Neuroci�ncia Psicodin�mica.

"Foi apenas na d�cada de 1990 que descobrimos que n�s seres humanos temos um conjunto especializado de c�lulas na pele, que viajam pelas vias especializadas a partes espec�ficas do c�rebro. Esse sistema se chama C-Tactile."

Os sensores na pele nos permitem experimentar press�o, vibra��o e dor, assim como temperatura ou prazer f�sico.

E esses sensores se adaptam rapidamente ao tato r�pido - por isso, logo que colocamos a roupa, por um breve momento esquecemos que ela est� tocando nossa pele, a n�o ser que, por algum motivo, a roupa esteja nos incomodando.

O tato sob estudo

O tema foi explorado em um estudo chamado The Touch Test, que a BBC e a organiza��o Wellcome Collection lan�aram em janeiro e que foi mantido at� o fim de mar�o, pouco depois de o lockdown ter iniciado no Reino Unido.

Mais de 40 mil pessoas de 112 pa�ses participaram, convertendo o estudo no maior j� feito sobre o contato f�sico.

Uma das conclus�es � de que 72% dos participantes gostavam de receber toque ou tocar outras pessoas, contra 27% que diziam vivenciar sensa��es negativas com esse toque. As que gostavam do toque interpessoal tendiam a ser mais extrovertidas do que as que n�o gostavam. E tamb�m tendiam a ter n�veis mais elevados de bem-estar e menores de solid�o.

Mais da metade dos participantes (54%) acredita que n�o recebe suficientes toques em sua vida.

Ao mesmo tempo, dois ter�os disseram que n�o gostam de ser tocadas por estranhos.

As descobertas mostram o quanto valorizamos o contato interpessoal consentido, algo que os profissionais de sa�de sabem bem, principalmente em tempos de pandemia.


Pandemia está mudando nossa relação no que diz respeito ao contato físico(foto: Getty Images)
Pandemia est� mudando nossa rela��o no que diz respeito ao contato f�sico (foto: Getty Images)

"Em uma situa��o na qual n�o podemos tocar as pessoas que normalmente tocar�amos na nossa vida cotidiana, n�o � que tudo v� desmoronar instantaneamente. Mas nossos sentimentos de conex�o, empatia e confian�a v�o se degradando lentamente", explica Linden.

O problema, em sua forma mais aguda, � conhecido como "fome de pele" ou "sede de pele".

� que sentimos profunda falta de sermos tocados, porque o toque libera endorfinas.

N�o por acaso, ao descrever o contato f�sico, pessoas de diferentes pa�ses usaram palavras em comum. As tr�s principais delas foram:

1. "Reconfortante"

2. "C�lido"

3. "Amor"

E, entre os dados curiosos coletados pelo estudo, est�o...

As 5 coisas que as pessoas mais gostam de tocar

1. Pelo animal


Animais peludos estão entre os favoritos para tocar(foto: Getty Images)
Animais peludos est�o entre os favoritos para tocar (foto: Getty Images)

2. Veludo

3. Seda

4. Algod�o

5. Pele humana

As 5 coisas que as pessoas menos gostam de tocar

1. Coisas viscosas


Coisas viscosas estão entre as menos favoritas de se tocar(foto: Getty Images)
Coisas viscosas est�o entre as menos favoritas de se tocar (foto: Getty Images)

2. Papel de lixa

3. Nylon

4. L�

5. Metal

Explorando o sentido do tato, descobrimos tamb�m que existe...

A car�cia perfeita

J� notou que, com apenas um toque, uma pessoa consegue comunicar o que est� sentindo?

Fazemos isso sem prestar muita aten��o, mas os experimentos demonstram que as pessoas conseguem transmitir uma grande variedade de emo��es - inclusive a um estranho - com apenas um toque em no bra�o de algu�m.

Quando seu bra�o � acariciado, pressionado ou apertado, esse estranho consegue identificar corretamente o que a pessoa estava tentando comunicar em at� 83% das vezes, com emo��es que v�o desde a raiva, o medo e o desgosto at� o amor, a gratid�o e a simpatia.

A parte peluda do bra�o tem, inclusive, uma forma ideal de ser acariciada.


Será que, com o distanciamento social, vamos nos acostumar a parar de nos tocar?(foto: Getty Images)
Ser� que, com o distanciamento social, vamos nos acostumar a parar de nos tocar? (foto: Getty Images)

H� uma car�cia � qual estamos programados para desfrutar mais: tem que ser relativamente r�pida, a uma velocidade de exatamente 2,5 cm por segundo, mas sem ser forte ou suave demais.

Mas isso s� vale se a pessoa fazendo a car�cia seja percebida como algu�m que n�o oferece perigo.

A aus�ncia do toque na pandemia

Ser� que, com o distanciamento social, vamos nos acostumar a parar de nos tocar?

Segundo Katerina Fotolounou, quando pessoas em quarentena foram expostas a filmes nos quais havia contato f�sico natural, davam um sobressalto e "reprimiam" essa conduta.

"� um bom sinal de qu�o rapidamente aprendemos a nos inibir", diz a pesquisadora.

Rebecca Slater, professora de Neuroci�ncia Pedi�trica, suspeita que essa mudan�a pode ser duradoura.

"N�o acho que veremos as pessoas interagindo da mesma forma como faz�amos antes da pandemia", diz.

Mas o psic�logo evolutivo Robin Dumbar duvida que a transforma��o seja t�o dr�stica.

"Me parece pouco prov�vel que em algum momento percamos o sentido da import�ncia do tato", ele diz � BBC.

"Nunca podemos dizer nunca quando se trata da evolu��o. (...) Mas tudo depender� de quais outras formas de comportamento que ativem o sistema de endorfinas no c�rebro realmente comecem a funcionar melhor do que o contato f�sico. E suspeito que isso seja pouco prov�vel, a n�o ser que abandonemos toda a no��o de termos relacionamentos rom�nticos."


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