A Alemanha anunciou nesta quarta-feira (28) medidas dr�sticas para tentar conter a segunda onda do coronav�rus, com o fechamento de restaurantes, institui��es culturais e do setor de lazer a partir da pr�xima segunda-feira.
O an�ncio, feito pela chanceler alem�, Angela Merkel, foi acompanhado do de um pacote de at� 10 bilh�es de euros (11,75 bilh�es de d�lares) para que a economia enfrente esse momento.
Essas medidas "duras e dif�ceis" t�m o objetivo de "desacelerar a taxa muito alta de propaga��o do v�rus", informou a chanceler em entrevista coletiva.
"Devemos agir agora", para evitar que entremos "em um estado de emerg�ncia na sa�de", acrescentou.
Merkel disse, ainda, que as novas regras se aplicam a todo o territ�rio nacional, em sequ�ncia ao acordo alcan�ado em uma reuni�o sobre a crise com autoridades do governo das 16 regi�es alem�s relacionadas � �rea da sa�de.
Os l�deres regionais se reunir�o novamente daqui a duas semanas para revisar a efic�cia das medidas, e se precisar�o ser ajustadas.
Foi anunciado o fechamento de restaurantes, institui��es culturais e estabelecimentos do setor de lazer - como cinemas, salas de espet�culos, teatros e piscinas - a partir da segunda-feira.
As restri��es anunciadas nesta quarta v�o se estender at� o fim de novembro. As reuni�es poder�o ter no m�ximo 10 pessoas de duas fam�lias diferentes. No entanto, escolas e lojas poder�o permanecer abertas, explicou a chanceler.
Todas as competi��es esportivas profissionais ser�o realizadas a portas fechadas, enquanto os esportes amadores est�o proibidos.
- "Uma terapia de 4 semanas" -
Trata-se, para as autoridades alem�es, de tentar salvar o per�odo das festas de fim de ano.
O objetivo � "interromper rapidamente a din�mica de contamina��o para que n�o seja necess�ria nenhuma restri��o em larga escala aos contatos pessoais e � atividade econ�mica durante as festas de Natal", diz o texto do acordo.
"A esperan�a � ter a situa��o sob controle antes do Natal" e evitar uma volta ao confinamento total de v�rias semanas, segundo uma fonte pr�xima ao governo em Berlim.
A maioria dos mercados de Natal, t�o apreciados na Alemanha, foram cancelados pela pandemia.
Mesmo que o pa�s esteja em uma situa��o melhor do que a de outros pa�ses europeus, como a Fran�a ou a Espanha, o mapa da Alemanha est� aos poucos ficando vermelho.
Os novos casos da covid-19 aumentaram para 10.000 casos di�rios e, nesta quarta-feira, o recorde de 14.964 pessoas contaminadas foi alcan�ado em 24 horas, de acordo com o instituto de controle epidemiol�gico Robert Koch.
"Provavelmente chegaremos a cerca de 20.000 novos casos no fim de semana", alertou o ministro das Finan�as, Peter Altmaier.
"A situa��o � muito grave. As medidas aplicadas n�o s�o suficientes para conter a tend�ncia", explicou antes da reuni�o Armin Laschet, chefe de governo da regi�o mais populosa da Alemanha.
Para o l�der da Baviera, o popular conservador Markus S�der, as medidas s�o "uma terapia de quatro semanas".
Nos �ltimos dias, o governo insistiu em pedir aos alem�es que ficassem o m�ximo poss�vel em casa.
H� quinze dias, Angela Merkel e l�deres regionais decidiram limitar o n�mero de participantes em reuni�es privadas, consideradas fontes de contamina��o, e aumentar o uso de m�scaras.
Por�m, o governo falhou em sua tentativa de chegar a um acordo sobre uma estrat�gia comum.
Merkel declarou-se "insatisfeita", uma rara declara��o p�blica de sua parte.
Assim como em toda a Europa, o medo � de um novo choque econ�mico. Novas restri��es, ainda que menos severas que as do primeiro semestre, podem ser fatais para a maioria das pequenas empresas.