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Estado de Minas

Trump e Biden, preocupados com abastecimento da vacina contra a covid-19 nos EUA


08/12/2020 22:49

Cada um � sua maneira, Donald Trump e Joe Biden advertiram nesta ter�a-feira (8) que a batalha contra a covid-19 n�o � apenas um problema cient�fico, mas tamb�m log�stico e industrial, enquanto os Estados Unidos buscam assegurar a imuniza��o de seus 300 milh�es de habitantes.

Trump, que deve passar o poder a Biden em 20 de janeiro, assinou nesta ter�a um decreto "para garantir que os cidad�os americanos tenham a prioridade para receber vacinas americanas".

Durante uma "c�pula de vacinas" na Casa Branca, ele lembrou que tem o poder de invocar uma lei que lhe garantiria a produ��o das f�bricas americanas, embora tenha dito acreditar que n�o fosse necess�rio.

O presidente eleito, Joe Biden, por sua vez, alertou que se o Congresso n�o chegar rapidamente a um acordo financeiro para combater a pandemia, a campanha de vacina��o contra o novo coronav�rus pode ser retardada ou inclusive parar.

Em seu reduto, em Wilmington, Delaware, Biden enfatizou que � imperativo que os legisladores entrem em acordo "agora ou milh�es de americanos podem esperar meses a mais para receber a vacina".

Ambos t�m pedidos parecidos, mas suas cifras variam.

O governo em fim de mandato acredita que seja poss�vel vacinar 100 milh�es de americanos antes do fim de mar�o (h� uma semana, a previs�o era o fim de fevereiro). Biden fixou como meta distribuir 100 milh�es de doses durante seus primeiros cem dias no cargo, no fim de abril.

Pfizer/BioNTech e Moderna, cujas vacinas podem ser licenciadas pela ag�ncia de medicamentos FDA nos pr�ximos dias, t�m contratos com os Estados Unidos para fornecer 100 milh�es de doses, que deveriam ser suficientes para a fase inicial de vacina��o - residentes de lares para idosos, profissionais de sa�de e parte de grupos priorit�rios que ser�o designados posteriormente.

Os Estados Unidos v�o precisar de outros provedores.

Al�m destas, est� a vacina da Johnson & Johnson, que poder� solicitar uma autoriza��o no fim de janeiro ou no come�o de fevereiro, segundo Moncef Slaoui, assessor cient�fico da opera��o do governo "Warp Speed" (na velocidade da luz).

Outra op��o � o imunizante da AstraZeneca/Universidade de Oxford, que espera o aval da ag�ncia FDA entre o fim de fevereiro e o come�o de mar�o.

Ainda h� dois projetos tamb�m financiados por Washington (Novavax e Sanofi/GSK), mas n�o estar�o prontos antes de meados de 2021.

O decreto de Trump � um s�mbolo de sua pol�tica dos "Estados Unidos primeiro".

Ele quer "consagrar legalmente o nacionalismo das vacinas", disse � AFP Matthew Kavanagh, especialista em sa�de global da Universidade de Georgetown.

"N�o � �tico, nem bom para os americanos sugerirem que toda pessoa sadia nos Estados Unidos deva ser vacinada antes da primeira pessoa vulner�vel em �ndia, Fran�a ou Col�mbia", opinou.

"Os modelos demonstraram que uma estrat�gia como esta na verdade alongaria a pandemia, descarrilaria ainda mais a economia mundial e prejudicaria os americanos", disse.

- Transpar�ncia -

Em um relat�rio de 53 p�ginas, publicado antes de uma reuni�o crucial nesta quinta do painel de especialistas independentes que assessora a FDA, os cientistas informaram os dados completos do teste cl�nico da Pfizer com 44.000 participantes, metade dos quais recebeu um placebo e a outra metade, a vacina.

Nenhuma outra ag�ncia reguladora publicou um documento deste tipo, nem sequer o regulador do Reino Unido, que j� aprovou a vacina. Mas a FDA, que � considerada a ag�ncia de refer�ncia no mundo, cuida da transpar�ncia de seu procedimento para dar tranquilidade sobre a seguran�a e inocuidade da vacina, desenvolvida em menos de um ano.

O informe confirma a alt�ssima efic�cia da vacina: as duas doses, aplicadas com tr�s semanas de intervalo, reduzem o risco de contrair a covid-19 em 95%, em particular as formas graves.

Os dados sugerem, inclusive, que a primeira dose ajuda a prevenir a covid-19 ap�s dez dias, com uma efic�cia entre as duas doses estimada em 52%, embora estas n�o sejam "conclus�es definitivas".

O diretor da Pfizer, Albert Bourla, advertiu, no entanto, que seria "um grande erro" n�o tomar a segunda dose, que permite "quase o dobro de prote��o".

"Parece t�o boa, sen�o melhor, do que o anunciado", disse � AFP Andrew Morris, infectologista da Universidade de Toronto.

"A preven��o de doen�as graves continua sendo a melhor not�cia", afirmou � AFP Saad Omer, diretor do Instituto de Sa�de Global de Yale.

Entre os efeitos colaterais, os cientistas indicaram rea��es dolorosas no local da aplica��o da inje��o no bra�o (cerca de 80%), fadiga, dores de cabe�a e no corpo, e mais raramente febre (15,8%).

A FDA mencionou quatro casos de paralisia facial de Bell (habitualmente tempor�ria e n�o grave) e mais de 18.000 pessoas vacinadas, e recomendou vigil�ncia espec�fica.

Quanto aos efeitos colaterais graves, apontou apenas dois: uma les�o no ombro relacionada com a inje��o e um caso de inflama��o dos g�nglios.

A FDA concluiu que a vacina tem um "perfil de seguran�a favor�vel".


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