A Anvisa afirmou nesta segunda-feira que a China usa crit�rios "que n�o s�o transparentes" para conseguir a aprova��o emergencial de sua vacina contra a Covid-19, a CoronaVac, em fase final de testes no Brasil. "Os crit�rios chineses para a concess�o de autoriza��o de uso emergencial naquele pa�s n�o s�o transparentes", assinala o comunicado da ag�ncia.
A CoronaVac, produzida pelo laborat�rio privado chin�s Sinovac em associa��o com o Instituto Butantan de S�o Paulo, tem sido alvo de tentativas de desprest�gio por parte do presidente Jair Bolsonaro, que a v� como uma ferramenta tanto do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, quanto do regime comunista chin�s.
Doria anunciou hoje que o Instituto Butantan mudou de planos e apresentar� � Anvisa um pedido de autoriza��o definitivo para o imunizante chin�s no Brasil, onde o novo coronav�rus j� infectou quase 7 milh�es de pessoas. A solicita��o ser� entregue no pr�ximo dia 23.
Doria anunciou na semana passada que espera come�ar a aplicar a vacina em 25 de janeiro no estado, de 46,2 milh�es de habitantes. A Anvisa, que enviou no come�o do m�s um grupo de t�cnicos para inspecionar a unidade da Sinovac em Pequim, advertiu sobre "a potencial influ�ncia de quest�es relacionadas � geopol�tica que podem permear as discuss�es nacionais" e citou como exemplo o risco de que pa�ses "coloquem interesses nacionais em primeiro lugar na garantia de acesso a uma vacina para seus pr�prios cidad�os".
O governo brasileiro afirma que tem garantido o acesso a 300 milh�es de doses de vacinas, principalmente a desenvolvida pela Universidade de Oxford em alian�a com o grupo AstraZeneca e a Fiocruz, e a iniciativa internacional Covax Facility. Negocia, ainda, 70 milh�es de doses com a Pfizer.