
Pesquisadores do Sistema de Sa�de Henry Ford, de Detroit, optaram por paralisar os estudos cl�nicos sobre a efic�cia da hidroxicloroquina realizados desde abril do ano passado. Arquivada no m�s passado, a pesquisa foi a primeira no segmento que tentava comprovar se o medicamento poderia ser usado no tratamento para pacientes com coronav�rus, como defendem o presidente americano Donald Trump e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
O motivo do fim dos estudos com o medicamento seria o direcionamento dos esfor�os � busca pelo desenvolvimento das vacinas contra COVID. “� a principal estrat�gia de prote��o de nossos funcion�rios de linha de frente”, afirmam os pesquisadores.

O prefeito de Detroit, Mike Duggan, e representantes da funda��o Henry Ford imploraram aos funcion�rios do Departamento de Sa�de e Servi�os Humanos dos EUA e da Food and Drug Administration para acelerar a aprova��o da vacina. “Se der certo, salvaremos vidas em todo o mundo”, disse Duggan no an�ncio.
As primeiras vacinas aprovadas nos Estados Unidos, da BioNTech/Pfizer, estavam sendo enviadas por Michigan, usando nova tecnologia projetada para ativar o pr�prio sistema imunol�gico do corpo para reconhecer o v�rus e combat�-lo. Uma segunda vacina, da Moderna, foi aprovada e enviada no m�s passado, aumentando a capacidade de imuniza��o no pa�s.
Autoridades aprovam fim do estudo sobre a cloroquina
A substitui��o do estudo da efic�cia da cloroquina pela aprova��o de vacinas agradou �s atividades locais. Quando a pesquisa foi anunciada pela primeira vez, Detroit vivia o apogeu de mortes pela COVID-19. Os �bitos na cidade representaram quase um quarto do total do estado, embora a cidade tenha apenas 7% da popula��o de Michigan. Dias antes, o prefeito Duggan revelou que quase 500 policiais e mais de 100 civis da for�a policial, e mais de 100 bombeiros da cidade, permaneceram em quarentena ap�s serem expostos ao COVID-19
Nos estudos da hidroxicloroquina, foram envolvidos mais de 3 mil profissionais de sa�de, socorristas, motoristas de transporte p�blico ou familiares de profissionais de sa�de no estudo para determinar se o medicamento impediria o COVID-19 nas linhas de frente. Mas, na segunda fase de experimentos, o grupo de pesquisa n�o encontrou participantes suficientes para continuar estudando se a droga poderia ajudar a conter a pandemia mortal – mais 624 pessoas se inscreveram, quantidade insuficiente para o segundo est�gio de testes.
A anima��o de Trump e posteriormente, de Jair Bolsonaro, no uso da hidroxicloroquina aos poucos no in�cio foi se dissipando � medida que as primeiras pesquisas mostravam que o rem�dio n�o era eficaz no tratamento da doen�a.