Al�m das condi��es de trabalho "indecentes" e sal�rios baixos, a presidente da Associa��o das Enfermeiros de Caracas, Ana Contreras, denunciou uma "persegui��o" aos dirigentes do setor que passam informa��es sobre a situa��o sanit�ria.
"Na Venezuela n�o temos certeza da quantidade de infectados diretamente porque n�o h� transpar�ncia, porque a pandemia est� sendo tratada como uma arma de repress�o", disse Contreras em um semin�rio online do Conselho das Am�ricas.
A conversa contou com a presen�a do l�der opositor Juan Guaid�, considerado presidente interino pelos Estados Unidos e cinquenta pa�ses que rejeitam a legitimidade do governo de Nicol�s Maduro e do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, James Story.
Contreras acrescentou que 309 profissionais de sa�de morreram de covid-19 na Venezuela porque n�o h� suprimentos e "os protocolos estabelecidos por lei pela Organiza��o Mundial da Sa�de n�o s�o seguidos".
"Hoje vemos que n�o h� vacinas (contra covid-19) e h� uma d�vida com a Opas (Organiza��o Pan-Americana da Sa�de) pelas vacinas tradicionais", explicou.
"Testes PCR tamb�m n�o s�o feitos e temos um n�mero muito alto de profissionais de sa�de infectados com a covid-19. (...) N�o sabemos quantos de n�s somos portadores assintom�ticos do v�rus".
Ela parabenizou uma iniciativa de Guaid�, chamada "H�roes de la Salud", que visa indenizar financeiramente 65.000 trabalhadores de sa�de.
"Isso evitou, por um momento, a migra��o de trabalhadores", disse a enfermeira, porque "hoje vemos como os nossos hospitais est�o sendo abandonados".
Os profissionais de sa�de buscam outras oportunidades de trabalho e isso leva ao fechamento de unidades cl�nicas, afirmou a dirigente sindical.
"Temos mais de 80% dos nossos hospitais sem �gua, n�o temos abastecimento. Nosso equipamento de radiologia n�o funciona. Aqui a sa�de � teoricamente gratuita, mas adoecer neste pa�s neste momento � uma odisseia", acusou.
Guaid� ratificou que a meta da oposi��o para 2021 � "recuperar a democracia", conseguir "elei��es livres" e enfrentar a crise humanit�ria que causou o �xodo de 5,4 milh�es de pessoas, segundo a ONU.
MIAMI