Guzm�n alcan�ou reconhecimento internacional depois de ser nomeado em 1998 como juiz de v�rias den�ncias contra Pinochet por homic�dio no massacre denominado "Opera��o Caravana da Morte", uma marcha militar que percorreu o Chile em outubro de 1973 e matou dezenas de prisioneiros.
"Ele foi um juiz valente, com grande compromisso com a causa dos Direitos Humanos, foi um juiz de coragem", disse em seu Twitter a deputada comunista Carmen Hertz, cujo marido, Carlos Berguer, foi assassinado no in�cio da ditadura .
Durante a investiga��o judicial de Guzm�n, Pinochet foi preso em 1998 em uma cl�nica de Londres por ordem do juiz espanhol Baltasar Garz�n, que queria process�-lo por assassinatos ocorridos durante seu regime.
Pinochet foi libertado em mar�o de 2000 por condi��es de sa�de e voltou ao Chile.
Ap�s seu retorno, Guzm�n conseguiu prosseguir com a investiga��o de Pinochet, que na �poca era senador vital�cio.
Mas em 2002 a Suprema Corte decidiu que uma leve dem�ncia impediu Pinochet de se defender no tribunal pelas mais de 3.000 mortes e desaparecidos em seu regime.
"Eu teria compartilhado a decis�o da Suprema Corte, mas tendo visto Pinochet e estudado seriamente os relat�rios m�dicos, n�o pude deixar de estimar que ele estava com suas faculdades mentais normais", disse Guzm�n em entrevista � m�dia alem� Deutsche Welle.
Pinochet sempre negou sua culpa e morreu em dezembro de 2006 sem ter sido condenado.
Guzm�n se aposentou em 2005 e publicou suas mem�rias com o t�tulo "No fim do mundo: mem�rias do juiz que processou Pinochet".
SANTIAGO