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Estado de Minas MOSCOU

Ao menos 2.500 pessoas s�o presas na R�ssia em atos pr�-Navalny


23/01/2021 21:13 - atualizado 23/01/2021 21:13

A R�ssia viveu neste s�bado (23) uma das maiores manifesta��es registradas nos �ltimos anos no pa�s, convocadas pelo opositor russo detido Alexei Navalny, que encontra-se preso ap�s retornar ao pa�s. Nela, mais de 2.500 pessoas foram presas e foram registrados protestos em diversas cidades, principalmente em Moscou.

As principais manifesta��es ocorreram em Moscou e S�o Petersburgo, com cerca de 20.000 participantes em cada cidade, segundo jornalistas da AFP.

Manifesta��es tamb�m foram realizadas em uma centena de outras cidades, em um movimento de protesto in�dito na hist�ria recente da R�ssia. Ao contr�rio do que aconteceu neste s�bado, as mobiliza��es de oposi��o de 2012 e 2019 se concentraram principalmente em Moscou. Al�m disso, em 2017-2018, houve grandes manifesta��es contra a reforma previdenci�ria.

A multid�o gritava frases como "Putin ladr�o", "Navalny, estamos com voc�" e "Liberdade para os presos pol�ticos".

Em Moscou, jornalistas da AFP assistiram a deten��es violentas e a choques entre policiais e participantes na concentra��o.

Alguns dos manifestantes foram espancados com cassetetes, e centenas de pessoas se reuniram gritando "liberdade!" n�o muito longe de um centro prisional no norte da capital russa.

Muitos manifestantes fugiram antes da chegada dos policiais, situados perto da pris�o, de acordo com um jornalista da AFP.

Leonid Volkov, membro da equipe Navalny, afirmou que "entre 250.000 e 350.000 pessoas" foram "�s ruas" em toda a R�ssia.

"� algo sem precedentes", declarou ao canal no YouTube Navalny LIVE, anunciando novas manifesta��es marcadas para "o pr�ximo fim de semana".

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, lamentou no Twitter "as pris�es em massa" e o "uso desproporcional da for�a", e disse que na segunda-feira iria discutir "as pr�ximas etapas com os ministros das Rela��es Exteriores" da Uni�o Europeia.

Em Washington, o governo Joe Biden tamb�m condenou "m�todos brutais" contra "manifestantes e jornalistas" na R�ssia, escreveu o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, em um comunicado.

Por sua vez, as autoridades canadianas, "profundamente preocupadas", apelaram ao governo russa para "libertar imediatamente" os detidos.

Em nota, a Anistia Internacional acusou a pol�cia de ter "espancado indiscriminadamente e detido arbitrariamente" os manifestantes.

- Cassetetes contra bolas de neve -

Em Moscou, a marcha ocorreu em torno da Pra�a Pushkin e nas ruas e avenidas vizinhas. As bolas de neve lan�adas por alguns manifestantes contra a pol�cia foram respondidas com golpes.

Esta jornada de protestos, organizada por Navalny e por seus seguidores, acontecem alguns meses antes das elei��es legislativas marcadas para o outono boreal (primavera no Brasil), em um contexto de queda da popularidade do partido da situa��o, o R�ssia Unida.

As primeiras manifesta��es no Extremo-Oriente e na Sib�ria, onde milhares de pessoas tomaram as ruas em Vladivostok, Khabarovsk, Novosibirsk e Chita, tiveram de enfrentar um significativo dispositivo policial. E, em alguns lugares, a repress�o foi brutal.

Mesmo antes do in�cio do protesto na capital, policiais do Batalh�o de Choque, em grande n�mero, j� haviam detido v�rias dezenas de pessoas e convocado os manifestantes a "abandonarem a concentra��o ilegal".

Yulia Navalnaya, esposa de Navalny, foi presa hoje na capital russa, conforme an�ncio da pr�pria em sua conta no Instagram.

"Desculpem pela m� qualidade [da foto], a luz � ruim no furg�o policial", escreveu, ironicamente, em sua p�gina, ao publicar uma "selfie".

Mais cedo, nesta mesma rede social ela havia manifestado sua inten��o de protestar em Moscou em apoio a seu marido, que "n�o se rende nunca".

Outros cidad�os protestaram em sil�ncio, com faixas que diziam "N�o tenho medo", ou "N�o � ditadura".

Ontem, a pol�cia de Moscou havia advertido que "reprimir�" qualquer protesto n�o autorizado que considere uma "amea�a � ordem p�blica".

A prefeitura da capital denunciou manifesta��es "inaceit�veis" em meio a uma pandemia.

Em Yakuts, ao sul do C�rculo Polar �rtico, 100 manifestantes enfrentaram uma temperatura de -50�C.

- Embaixada americana, ponto de mira -

A embaixada americana em Moscou ter� de dar explica��es sobre a publica��o, em sua p�gina na Internet, do itiner�rio das manifesta��es deste s�bado, afirmou o Minist�rio russo das Rela��es Exteriores.

"Ontem (sexta), a embaixada dos Estados Unidos em Moscou publicou as 'rotas dos protestos' em diversas cidades russas e lan�ou informa��es sobre uma 'manifesta��o para o Kremlin'", disse a porta-voz do Minist�rio russo, Maria Zakharova, na rede social Facebook.

Nossos "colegas americanos ter�o de vir dar explica��es", acrescentou.

Em comunicado, o Minist�rio das Rela��es Exteriores russo indicou que a dire��o da embaixada americana seria convocada para uma "conversa s�ria".

Preso at� pelo menos 15 de fevereiro e com v�rios processos judiciais abertos contra ele, Navalny, de 44 anos, foi preso em 17 de janeiro ao retornar da Alemanha. Ele passou meses em Berlim se recuperando de um envenenamento, pelo qual responsabiliza o Kremlin.

Tr�s laborat�rios europeus tamb�m conclu�ram que se tratou de um envenenamento. Moscou nega categoricamente qualquer envolvimento e denuncia um compl�.

Mesmo sabendo que corria o risco de ser preso, Navalny decidiu voltar para a R�ssia com sua mulher, no domingo passado, e pediu a seus apoiadores que protestassem.

Pouco depois de seu retorno, publicou uma investiga��o sobre um luxuoso pal�cio nas margens do Mar Negro, do qual o presidente russo, Vladimir Putin, se beneficiaria. O v�deo que acompanha a den�ncia teve mais de 70 milh�es de visualiza��es no YouTube.

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