A Venezuela "rejeita as difama��es" da Guiana "em rela��o � atividade de cust�dia da Marinha Nacional Bolivariana que levou � intercepta��o de dois navios guianenses", disse sua chancelaria em nota.
A Guiana qualificou como "agress�o" a captura das embarca��es pesqueiras na noite de s�bado, que, segundo sua vers�o, ocorreu na zona econ�mica exclusiva da Guiana, e exigiu a libera��o imediata das tripula��es.
As embarca��es pescavam "ilegalmente em �guas de plena soberania e jurisdi��o da Venezuela, sem tamb�m possuir qualquer tipo de documenta��o legal".
Este � o �ltimo incidente da disputa entre os dois pa�ses fronteiri�os pelo Essequibo, um extensa �rea rica em recursos naturais, onde a americana Exxon Mobil encontrou petr�leo em 2015.
Um pa�s tem em sua zona econ�mica exclusiva (espa�o de at� 200 milhas n�uticas a -370 km- do limite do mar territorial) soberania para explorar e explorar recursos, mas terceiros t�m liberdade para navegar e sobrevoar.
O incidente ocorre um m�s depois que o presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, decretou "um novo territ�rio marinho" que, segundo a Guiana, se sobrep�e �s suas �guas e atinge o territ�rio a oeste do rio Essequibo.
A Guiana defende um limite estabelecido em 1899 por um tribunal arbitral de Paris, enquanto a Venezuela cita o Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido antes da independ�ncia da Guiana, que estabeleceu as bases para uma solu��o negociada e anulou o tratado anterior.
A Corte Internacional de Justi�a decidiu em dezembro, a pedido da Guiana, que tem jurisdi��o na mat�ria e que haver� audi�ncias para ouvir as partes, um processo que pode durar anos e ao qual a Venezuela se op�e.
A audi�ncia, marcada para segunda-feira, foi adiada para fevereiro, segundo o governo venezuelano.
Nos �ltimos anos, a Marinha da Venezuela interceptou v�rios navios de pesquisa de propriedade da Exxon Mobil e de outra empresa de petr�leo dos Estados Unidos, a Anadarko Petroleum.
Caracas condenou a explora��o de petr�leo da Guiana em �guas disputadas e as recentes manobras navais que realizou com os Estados Unidos.
CARACAS