V�rias dezenas de oper�rios trabalhavam no domingo em um t�nel do complexo hidrel�trico no rio Dhauliganga, no estado de Uttarakhand, norte da �ndia, quando de repente uma inunda��o repentina devido ao colapso de parte da geleira atingiu o vale, destruindo pontes e estradas.
Nesta segunda-feira, as autoridades confirmaram 18 mortos e ao menos 200 desaparecidos.
"Est�vamos trabalhando no t�nel, a 300 metros da sa�da. De repente, escutamos barulhos e gritos pedindo que sa�ssemos", explica � AFP Rajesh Kumar, na maca do hospital.
"No in�cio, pensamos que fosse um inc�ndio. Come�amos a correr", lembra este homem de 28 anos. "Olhamos para a sa�da, quando a �gua caiu. Era como um filme de Hollywood".
- Agarrados aos andaimes -
Kumar e seus companheiros permaneceram quatro horas no fundo do t�nel alagado, pendurados como podiam nos andaimes, lutando para manter a cabe�a fora d'�gua e esquivando dos restos de rochas e madeiras trazidos pela �gua.
"Est�vamos todos presos, e n�o par�vamos de dizer: aconte�a o que acontecer, n�o devemos soltar as barras. Gra�as a Deus, nossas m�os n�o cederam", acrescenta. "Ach�vamos que n�o sair�amos dessa".
Quando a �gua come�ou a baixar pelo vale, o n�vel da �gua do t�nel foi diminuindo pouco a pouco. No final, restou muita lama e escombros de mais de 1,5 m de altura.
"Escalamos os restos das rochas e fomos abrindo caminho at� a entrada do t�nel", disse. Ent�o, encontraram uma pequena abertura.
- Ar e luz -
"Tudo o que sab�amos � que pod�amos sentir um pouco de ar" que sa�a. Depois, finalmente, viram a luz exterior, acrescenta.
Nesse momento, um dos homens conseguiu captar o sinal do celular e ligou para os servi�os de resgate, que conseguiram localiz�-los e tir�-los de l�, s�os e salvos.
Todos est�o bem e tiveram apenas feridas leves.
Segundo as autoridades, o complexo hidrel�trico estava em plena atividade no domingo. Dezenas de trabalhadores de suas duas usinas el�tricas continuam desaparecidos.
"Esta trag�dia era imprevis�vel", declarou o primeiro-ministro do estado, Trivendra Singh Rawat.
"Se o incidente tivesse ocorrido pela tarde, depois do hor�rio de trabalho, quando os oper�rios e trabalhadores das obras j� estivessem em suas casas, a situa��o n�o seria t�o grave", acrescentou.
As autoridades temem que entre 25 e 35 pessoas ainda estejam presas em um segundo t�nel.
As opera��es para desobstruir a cavidade e resgatar os poss�veis sobreviventes duraram a noite toda, contou Trivendra Singh Rawat. C�es farejadores participam da opera��o.
TAPOVAN