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Estado de Minas NASIRIYAH

Iraque executa cinco condenados por 'terrorismo'


09/02/2021 11:54

Cinco iraquianos condenados por "terrorismo" foram executados nesta ter�a-feira (9) na pris�o de Nasiriya (sul), o que d� continuidade a s�rie de penas de morte no Iraque, um dos pa�ses que mais as aplica no mundo.

No caso desses cinco condenados, a Justi�a recebeu tamb�m uma confirma��o da senten�a por parte da Presid�ncia.

Esta assinatura presidencial � indispens�vel e j� ratificou mais de 340 execu��es pendentes por "terrorismo ou outros atos criminosos" e, desse modo, mais enforcamentos podem acontecer a qualquer momento.

Esses documentos foram assinados desde 2014, a maioria sob a presid�ncia de Fuad Masum, no auge da ofensiva do grupo jihadista Estado Isl�mico (EI) no Iraque. As confirma��es continuaram sob o mandato iniciado em 2018 por Barham Saleh, conhecido por ser, a t�tulo pessoal, contr�rio � pena de morte.

O Iraque promoveu em 2019 uma em cada sete execu��es realizadas no mundo, o que significa que houve cerca de 100 executados. O pa�s costuma acelerar as penas de morte depois de um atentado que comoveu a opini�o p�blica, como � o caso agora, ap�s o ataque de meados de janeiro em Bagd�, que deixou mais de 30 mortos.

- "Vingan�a" -

Dezenas de iraquianos se manifestaram em Nasiriya exigindo "vingan�a" para as fam�lias dos "m�rtires" assassinados pelos jihadistas.

O atentado de Bagd�, reivindicado pelo EI, comoveu uma popula��o acostumada a uma relativa tranquilidade desde a derrota militar do grupo jihadista no final de 2017.

Pouco depois, uma s�rie de ataques deixaram uma dezena de mortos entre as filas do ex�rcito, ao norte de Bagd�, aumentando a emo��o e as tens�es no pa�s.

Para os defensores dos direitos humanos, a pena de morte � um "instrumento pol�tico" no Iraque para l�deres submetidos � press�o de uma opini�o p�blica que pede vingan�a, e para dispositivos pol�tico, judicial e de seguran�a incapazes de conter os atentados.

Para a Alta Comiss�ria da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, no Iraque h� "frequentes viola��es dos direitos a um processo justo, uma representa��o jur�dica ineficaz (...) e in�meras acusa��es de tortura e maus tratos".

Portanto, a aplica��o da pena de morte pode ser considerada no Iraque como uma "priva��o arbitr�ria da vida por parte do Estado", afirmou Bachelet no final de 2020.

A comunidade internacional lan�ou uma campanha em novembro ap�s a execu��o de 21 condenados, quase todos por "terrorismo", e quando circulavam informa��es sobre um poss�vel calend�rio acelerado de execu��es no Iraque.

O Iraque � o quarto pa�s a executar mais condenados, atr�s da China, Ir� e Ar�bia Saudita, segundo a Anistia Internacional.


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