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Estado de Minas WAVRE

B�lgica, uma engrenagem estrat�gica no esfor�o global contra a covid


12/02/2021 08:32

No mapa da ind�stria farmac�utica mundial, a B�lgica ocupa um lugar estrat�gico como um pa�s reconhecido pelo apoio aos pesquisadores e pela estreita rela��o entre universidades e laborat�rios, e que hoje possui diversos locais-chave para a produ��o de vacinas contra a covid-19.

Em Wavre, 30 km a sudeste de Bruxelas, onde fica a sede de sua divis�o de vacinas, a gigante brit�nica GSK afirma estar participando do esfor�o global de combate � pandemia.

Al�m da produ��o de componentes para futuras vacinas da francesa Sanofi e da canadense Medicago, acaba de iniciar o processo para adaptar sua f�brica � vacina da jovem empresa alem� CureVac, atualmente na �ltima fase de testes cl�nicos e que poder� ser autorizada na Uni�o Europeia (UE) em maio.

"Estamos colocando parte de nossa capacidade de produ��o a servi�o de outras empresas para ir mais r�pido", explicou Patrick Florent, CEO da GSK Vaccines, enquanto guiava uma equipe da AFP pelo vasto armaz�m dedicado � rotulagem e embalagem de ampolas.

O objetivo � produzir at� 100 milh�es de doses nesta f�brica belga em 2021, ou cerca de um quarto do total encomendado � CureVac pela Comiss�o Europeia.

A UE tamb�m est� comprometida com cinco outras vacinas, algumas das quais tamb�m t�m ra�zes na paisagem belga, onde est�o localizados os 10 maiores laborat�rios farmac�uticos do mundo.

A f�brica da Pfizer em Puurs, de onde a gigante americana abastece o planeta com vacinas, deu notoriedade internacional a esta cidade flamenga, at� ent�o conhecida principalmente entre os belgas pela cerveja Duvel.

- F�rmula m�gica -

Quando a AstraZeneca anunciou atrasos nas entregas, no final de janeiro, devido a uma "queda de rendimento" em uma de suas f�bricas, todos os olhares se voltaram para Seneffe, em Val�nia, no sul franc�fono belga.

Nesta regi�o que o grupo anglo-sueco delegou parte da fabrica��o do princ�pio ativo de sua vacina.

A situa��o foi um duro golpe para a americana Thermo Fisher Scientific (TFS), que em janeiro investiu 725 milh�es de euros (US$ 880 milh�es) para comprar da francesa Novasep esta emblem�tica empresa belga de biotecnologia, antes chamada Henogen.

Em 2019, a B�lgica representou cerca de 13% das exporta��es biofarmac�uticas da UE e cerca de 10% do investimento europeu em pesquisa e desenvolvimento no setor.

O pa�s consolidou ainda mais seu dom�nio nos �ltimos dez anos, com a cria��o de quase 8.000 empregos no segmento, com mais de 30.000 pessoas no total atualmente.

Para a Essenscia, a federa��o da ind�stria, a "f�rmula m�gica" � "incentivar acad�micos, cientistas e empresas a trabalharem juntos" com o apoio de fundos p�blicos.

"Essa colabora��o resulta em pesquisas aplicadas que podem ser comercializadas" e que s�o capazes de atrair investidores, segundo o secret�rio-geral da entidade, Fr�d�ric Druck.

- Infraestrutura preparada -

Com base no conhecimento desenvolvido nos campi universit�rios de Leuven, Ghent e Li�ge, entre outros, s�o criadas iniciativas de derivados para obter patentes a n�vel industrial, mobilizando tamb�m investidores privados, explicou Druck � AFP.

A Henogen, que nasceu de pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas com o apoio da gigante GSK, se encaixa perfeitamente nesse esquema, segundo Florent.

"Este � um bom exemplo do desenvolvimento deste tecido industrial na B�lgica. Aqui, a maioria das empresas 'spin-off' (subsidi�rias) s�o bem-sucedidas porque o terreno � favor�vel", afirmou.

O pa�s � conhecido por seus incentivos fiscais (redu��o de impostos para empresas se os lucros forem reinvestidos em pesquisa; vantagens condicionadas ao registro de patentes na B�lgica), mas tamb�m por suas facilidades regulat�rias.

"A localiza��o central na Europa e a excelente infraestrutura de transporte" tamb�m s�o pontos fortes para a B�lgica, disse David Gering, porta-voz da Associa��o para a Ind�stria Farmac�utica Pharma.be.

Dois grandes aeroportos do pa�s t�m certifica��o espec�fica para a distribui��o de produtos farmac�uticos, incluindo Bruxelas-Zaventem, por onde j� passaram "mais de 15 milh�es" de doses de vacinas para a pandemia, segundo a operadora do terminal a�reo.


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