Com 72 votos dos 122 lan�ados em uma segunda vota��o, Khan foi eleito entre tr�s outros candidatos: Carlos Castresana, da Espanha, Fergal Gaynor, da Irlanda, e Francesco Lo Voi, da It�lia. O mandato de procurador � de nove anos.
O especialista em direitos humanos liderou uma investiga��o especial da ONU sobre crimes cometidos pelo grupo Estado Isl�mico. Durante esse processo, ele apelou por julgamentos semelhantes aos que os l�deres nazistas foram submetidos em Nuremberg.
Khan substituir� em 16 de junho a procuradora-geral gambiana Fatou Bensouda, que realizou investiga��es controversas, em particular sobre o conflito israelo-palestiniano e o Afeganist�o.
O procurador eleito atuou como advogado em v�rios casos do TPI, incluindo o de Seif al Islam, filho do ex-l�der l�bio Muammar Kadhafi.
Ele primeiro empunhou suas armas no direito internacional no antigo Tribunal Criminal Internacional para a ex-Iugosl�via, onde atuou como consultor jur�dico da promotoria.
Ent�o foi para a defesa e representou o vice-presidente do Qu�nia, William Ruto, perante o TPI.
Ele tamb�m foi advogado de defesa do ex-presidente liberiano Charles Taylor perante um tribunal especial para a Serra Leoa e advogado do Tribunal Especial para o L�bano com sede em Haia, criado para levar os assassinos do ex-primeiro-ministro liban�s Rafic Hariri � justi�a em 2005.
O TPI, com sede em Haia, tem um total de 123 membros dos 193 que comp�em as Na��es Unidas.
Israel, R�ssia, China, Estados Unidos, entre outros, n�o s�o membros do TPI.
Este ser� o terceiro procurador do Tribunal desde sua cria��o em 2002. Ele ter� de enfrentar longos e complexos processos em um tribunal cuja legitimidade � constantemente questionada.
- San��es "inaceit�veis" -
O novo procurador ter� que decidir sobre as pr�ximas etapas da investiga��o dos crimes de guerra no Afeganist�o e da pol�mica investiga��o do conflito israelo-palestino de 2014 em Gaza.
No ano passado, a administra��o do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump imp�s san��es a Bensouda e a outro alto funcion�rio do TPI - como proibi��o de viajar e congelamento de seus bens - por uma investiga��o de supostos crimes de guerra dos Estados Unidos no Afeganist�o.
Israel e os Estados Unidos, que n�o s�o membros do TPI, tamb�m se opuseram a outra investiga��o sobre supostos crimes de guerra cometidos por for�as israelenses e grupos armados palestinos.
Na semana passada, os ju�zes do TPI declararam que o tribunal � competente para lidar com os eventos nos territ�rios palestinos ocupados, abrindo caminho para uma investiga��o sobre crimes de guerra.
O governo do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parece menos conflituoso, mas n�o decidiu se vai suspender as san��es contra Bensouda, que as considera "inaceit�veis".
Bensouda deixa o cargo com uma balan�a desigual, embora, segundo alguns especialistas, tenha ampliado o escopo do TPI.
Durante seu mandato, o ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo foi absolvido de crimes contra a humanidade e o ex-vice-presidente da Rep�blica Democr�tica do Congo, Jean-Pierre Bemba, foi absolvido em apela��o.
As acusa��es de crimes contra a humanidade contra o queniano Uhuru Kenyatta tamb�m foram retiradas.
No entanto, Bensouda obteve condena��es contra Dominic Ongwen, que foi uma crian�a-soldado de Uganda que se tornou comandante do Ex�rcito de Resist�ncia do Senhor (um grupo rebelde) e contra o chefe de guerra congol�s Bosco Ntaganda.
O TPI � o �nico tribunal permanente para crimes de guerra no mundo. Ele � frequentemente criticado por ter se concentrado em casos de pa�ses africanos.
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NA��ES UNIDAS
TPI elege advogado brit�nico como novo procurador-geral
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