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Estado de Minas DUBAI

A dif�cil busca por um parceiro em Dubai, cidade de passagem de expatriados


13/02/2021 10:32

Em Dubai, o templo do luxo e das festas, Lindsey tem tudo o que precisa para ser feliz. No entanto, assim como outras expatriadas solteiras, sabe que acabar� indo embora porque est� convencida de que nunca conhecer� algu�m "para formar uma fam�lia aqui".

"Mesmo que tivesse o melhor trabalho, n�o ficaria. Tenho amigas que est�o aqui h� anos. Todas est�o sozinhas", disse esta professora francesa em uma varanda do centro da cidade no Dubai Mall, um dos maiores shoppings do mundo.

"Embora me divirta, embora tenha amigos, embora n�o esteja sozinha, estou perdendo tempo", afirma esta mulher de 32 anos.

Nos �ltimos anos, a cidade-Estado do Golfo, pobre em petr�leo, desenvolveu sua economia gra�as aos expatriados que v�m e v�o para trabalhar nas finan�as, na comunica��o, no luxo, no lazer ou na tecnologia.

Mais de 90% dos 3,3 milh�es de habitantes de Dubai s�o expatriados, entre eles muitos trabalhadores pobres do subcontinente indiano, mas tamb�m �rabes, europeus e americanos que formam a classe m�dia.

Lindsey, que est� em Dubai h� cerca de dois anos, usa o aplicativo de encontros Tinder "pela primeira vez" e n�o se importa com a exibi��o de m�sculos e carros de luxo.

"� poss�vel que eu n�o encontre ningu�m na Fran�a, mas tenho a impress�o de que o potencial ser� muito maior do que aqui", estima.

A psic�loga cl�nica Thoraiya Kanafani afirma ter acompanhado muitos solteiros que sofrem uma "sensa��o de solid�o em Dubai".

Segundo ela, todas as grandes cidades apresentam "dificuldades" para criar rela��es, mas em Dubai o fen�meno � exagerado.

"O fato de que Dubai � vista como uma cidade de passagem desempenha um grande papel na relut�ncia ou na dificuldade para se comprometer", explica.

A longo prazo, este sentimento pode ter consequ�ncias mais graves do que uma dor de cotovoleo, como estados depressivos, estresse, problemas de sa�de e v�cios, diz a psic�loga.

A comunidade homossexual tamb�m n�o fica de fora nesta cidade mu�ulmana que a tolera contando com que se mantenha discreta. V�rios bares abrem as portas para eles em segredo e conseguem se esquivar do bloqueio dos aplicativos de encontros LGBT atrav�s de VPN (redes privadas virtuais).

"Conheci a maioria dos homens com quem tive algum tipo de rela��o nesses aplicativos", afirma um expatriado brasileiro de 35 anos que n�o parece ter problemas para ligar.


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