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Estado de Minas BUENOS AIRES

Morre o ex-presidente argentino Carlos Menem aos 90 anos


14/02/2021 20:39 - atualizado 14/02/2021 20:43

O ex-presidente argentino Carlos Menem morreu neste domingo (14) em uma cl�nica de Buenos Aires aos 90 anos, informaram a ag�ncia oficial de not�cias Telam e outros ve�culos da imprensa.

"Com profundo pesar soube da morte de Carlos Sa�l Menem. Sempre eleito na democracia, foi governador de La Rioja, presidente da Na��o e Senador Nacional. Na ditadura foi perseguido e preso. Todo o meu carinho para (sua primeira esposa) Zulema, (sua filha) Zulemita e todos os que hoje choram por ele", escreveu no Twitter o presidente Alberto Fern�ndez, de linha peronista assim como o ex-presidente.

O governo decretou tr�s dias de luto pelo falecimento do ex-presidente, que ser� velado no Congresso.

"Ele estava acompanhado por toda a fam�lia e foi embora segurando a m�o da m�e", declarou emocionada sua filha Zulemita, ao deixar o hospital.

Menem ser� sepultado na segunda-feira no cemit�rio isl�mico de Buenos Aires ao lado do t�mulo de seu filho Carlos, que morreu em 1995 em um acidente de helic�ptero nunca esclarecido.

"Ele vai descansar no cemit�rio isl�mico com meu irm�o, embora professasse a religi�o cat�lica, para ficar com meu irm�o", disse Zulemita.

O vel�rio come�ou na noite deste domingo no Congresso, onde a vice-presidente Cristina Kirchner, tamb�m presidente do Senado, recebeu a fam�lia e o caix�o, coberto com a bandeira argentina.

Algumas centenas de pessoas fizeram fila do lado de fora do Congresso, sob chuva intermitente, para dar adeus ao ex-presidente.

Menem, que era senador desde 2005 do peronismo, foi hospitalizado v�rias vezes nos �ltimos meses.

Em 29 de dezembro, ele n�o conseguiu participar da vota��o no Senado sobre a lei do aborto na Argentina porque estava internado.

- Neoliberal -

Natural da prov�ncia de La Rioja, Menem governou a Argentina entre 1989 e 1999, o per�odo mais longo de um presidente democr�tica no pa�s, com um programa neoliberal.

"Tinha um carisma enorme", disse o presidente Fern�ndez hoje em uma entrevista ao canal C5N.

Menem privatizou a maioria das empresas p�blicas e implementou uma taxa de c�mbio em paridade com o d�lar, um esquema que gerou uma s�bita abund�ncia, mas que implodiu em 2001, culminando na pior crise econ�mica da hist�ria do pa�s.

"N�o conhec�amos o Menem neoliberal na �poca, porque n�o foi tema de sua campanha (eleitoral)", lembrou Fern�ndez. "� preciso reconhecer seu valor e seu apoio sempre � democracia. Quando veio a ditadura, ficou preso por anos", destacou o presidente.

O governo brasileiro expressou suas condol�ncias em um comunicado, no qual destacou o papel de Menem como presidente signat�rio do acordo do Mercosul em 1991.

O presidente chileno, Sebasti�n Pi�era, tamb�m o homenageou. "Hoje morreu o presidente Carlos Menem, que marcou a d�cada de 90 na Argentina e foi um bom amigo do Chile", escreveu no Twitter. "Minha solidariedade � sua fam�lia e ao povo argentino e que Deus receba sua alma".

Antes de chegar � presid�ncia, Menem conquistou o governo de La Rioja, em duas ocasi�es, a primeira em 1973. Destitu�do do cargo por ocasi�o do golpe de 1976, foi preso por dois anos.

- Reelei��o -

Filho de imigrantes s�rios, Menem promoveu a reforma da Constitui��o em 1994, que introduziu a reelei��o presidencial imediata, al�m de abolir a obrigatoriedade de professar a religi�o cat�lica para quem det�m a chefia de Estado.

Menem tamb�m indultou os l�deres respons�veis da �ltima ditadura (1976-1983) que haviam sido processados e membros de organiza��es de guerrilha.

Ficou em pris�o domiciliar preventiva em 2001 por um julgamento por contrabando de armas para a Cro�cia e Equador, mas foi libertado semanas depois por decis�o do Tribunal Supremo da Justi�a e posteriormente foi absolvido por excesso de prazo em um caso que levou 25 anos.

A jurisdi��o o esquivou da pris�o nos julgamentos que enfrentou, entre eles um por encobrir o atentado contra a associa��o judaica AMIA em 1994, que causou 85 mortes.

Em 2019, recebeu uma nova condena��o a tr�s anos por peculato, sem cumprir a pena devido � sua imunidade como senador.

O ex-presidente se casou e se divorciou duas vezes, a primeira com Zulema Yoma e a segunda com a ex-Miss Universo chilena Cecilia Bolocco.

Com Zulema teve dois filhos: Zulemita e Carlos. Com Bolocco teve M�ximo.


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