Segundo a Anvisa, � o "primeiro registro de vacina contra a covid-19 de uso amplo nas Am�ricas".
O Brasil realiza sua campanha de vacina��o com a CoronaVac, do laborat�rio chin�s Sinovac, e com a produzida pela ambas aprovadas pela Anvisa apenas para uso emergencial em grupos priorit�rios.
A ag�ncia acrescentou que a vacina desenvolvida pelo laborat�rio americano Pfizer com a alem� BioNtech "teve sua seguran�a, qualidade e efic�cia aferidas e atestadas".
"Esperamos que outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas", completou o comunicado.
Esta autoriza��o final permite o uso da vacina para toda popula��o e a comercializa��o das doses.
A autoriza��o de emerg�ncia se refere apenas � imuniza��o de certos grupos definidos como priorit�rios.
A vacina a primeira aprovada contra a covid-19 no Ocidente, no final de 2020, est� autorizada para uso emergencial nos Estados Unidos. Pode ser usada para toda a popula��o, exceto para menores de 16 anos.
A aprova��o do registro definitivo ocorre em um momento em que o Brasil, segundo pa�s mais afetado pelo coronav�rus com mais de 248.000 mortos, vive uma dram�tica segunda onda da pandemia, com uma m�dia de mais de 1.000 mortos por dia h� semanas e uma lenta campanha de vacina��o.
- Negocia��es travadas -
O governo do presidente Jair Bolsonaro negocia desde o ano passado com a Pfizer a compra de dezenas de milh�es de doses, mas as conversas est�o travadas pela exig�ncia de que o laborat�rio farmac�utico fique isento de responsabilidade a respeito de eventuais efeitos colaterais.
Em dezembro, Bolsonaro, um c�tico do coronav�rus com uma gest�o da pandemia muito questionada, tentou fazer piada com a cl�usula, ao insinuar que a Pfizer n�o queria ser responsabilizada se a vacina transformasse as pessoas em "jacar�s".
"Se voc� virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher a�, ou algum homem come�ar a falar fino, eles (Pfizer) n�o t�m nada a ver isso", afirmou o presidente.
Ao contr�rio do que ocorre com a CoronaVac e a vacina produzida pela as negocia��es n�o incluem interc�mbio de tecnologia e, portanto, a vacina da Pfizer n�o poder� ser fabricada no Brasil.
O imunizante da Pfizer usa a tecnologia de RNA mensageiro e apresenta uma taxa de efic�cia muito alta (95%) contra o coronav�rus.
Est� sendo usado em massa na Europa e nos Estados Unidos, ap�s se tornar a primeira vacina aprovada contra a covid-19 no Ocidente, no final de 2020.
Mais de seis milh�es de pessoas foram vacinadas at� o momento no Brasil, o que corresponde a 2,8% dos 212 milh�es de habitantes.
Embora seja reconhecido internacionalmente por sua capacidade de organizar campanhas de imuniza��o em larga escala, o Brasil iniciou sua campanha h� pouco mais de um m�s, v�rias semanas depois dos Estados Unidos, de grande parte dos pa�ses europeus e dos vizinhos Argentina e Chile, por exemplo.
Devido � falta de doses em v�rias cidades, a imuniza��o teve de ser interrompida.
Na semana passada, o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, afirmou que o pa�s ter� mais de 230 milh�es de doses at� o final de julho.
Esta previs�o depende, por�m, tanto da importa��o das doses fabricadas no exterior, quanto do envio ao Brasil de insumos para produzir a vacina localmente.
O c�lculo tamb�m inclui 10 milh�es de doses da vacina russa Sputnik V e 20 milh�es da indiana Covaxin, com cujos laborat�rios o governo ainda n�o formalizou um acordo e que tamb�m n�o t�m seu uso aprovado no pa�s.
BRAS�LIA