- A ascens�o da Netflix -
A gigante dos servi�os de streaming, que teve um recorde de 42 indica��es, ganhou seis pr�mios nas categorias de televis�o e quatro de cinema, de longe seu melhor desempenho no Globo de Ouro.
A quarta temporada de "The Crown" rendeu-lhe quatro trof�us e a miniss�rie "O Gambito da Rainha" outros dois.
Em termos de atua��o no cinema, o falecido Chadwick Boseman venceu por "A voz suprema do blue" e Andra Day por "Estados Unidos Vs Billie Holiday", enquanto "Life Before Me" de Sophia Loren venceu como melhor can��o original.
"Os 7 de Chicago", que tinha ambi��es de ser o melhor filme, foi limitado �s honras de melhor roteiro para Aaron Sorkin.
O grande perdedor foi "Mank", que apostava em seis trof�us e voltou para casa com as m�os abanando.
- A invas�o brit�nica -
Os brit�nicos receberam mais pr�mios do que seus colegas americanos. Com exce��o de Catherine O'Hara (canadense naturalizada americana) e Anya Taylor-Joy (tripla nacionalidade argentina, brit�nica e americana), sete Globos de Ouro por atua��o foram para os brit�nicos, contra seis para os americanos.
Entre os brit�nicos, dois jovens atores se destacaram: Emma Corrin e Josh O'Connor, que receberam o Globo de Ouro de melhor atriz e melhor ator em s�rie dram�tica por seus respectivos pap�is de princesa Diana e pr�ncipe Charles em "The Crown".
- Reclama��es sobre diversidade -
A Hollywood Foreign Press Association (HFPA), que concede o Globo de Ouro desde 1944, foi criticada esta semana depois que uma reportagem do Los Angeles Times informou que nenhum de seus 87 membros � negro.
Todos, dos vencedores a apresentadores �s co-apresentadoras Tina Fey e Amy Poehler, condenaram a organiza��o, que prometeu mudan�as no domingo.
A HFPA deu seu primeiro sinal ao homenagear v�rios atores negros, de Chadwick Boseman ("A voz suprema do blues") a Andra Day ("Estados Unidos vs. Billie Holiday") e Daniel Kaluuya ("Judas e o Messias Negro") .
Chloe Zhao tamb�m se tornou a primeira mulher asi�tica a ganhar o pr�mio de melhor dire��o.
- O peso da pol�tica -
Com o fim da presid�ncia de Donald Trump ainda fresco nas mentes da Hollywood progressista, o Globo de Ouro ofereceu uma oportunidade para ridicularizar o ex-presidente ap�s sua sa�da da Casa Branca.
Aaron Sorkin fez uma das alus�es pol�ticas da noite em seu discurso de aceita��o, citando o ativista Abbie Hoffman sobre a necessidade de se envolver para evitar que a democracia desmorone.
"N�o preciso de mais evid�ncias do que aconteceu em 6 de janeiro para concordar com isso", disse Sorkin, aludindo ao ataque ao Capit�lio dos Estados Unidos por uma multid�o que apoiava Trump.
Mark Ruffalo, vencedor da miniss�rie "I Know This Much Is True", exortou os espectadores a "virar a p�gina sobre o passado cruel desta na��o".
Sacha Baron Cohen escolheu o advogado pessoal de Trump. "Este filme n�o teria sido poss�vel sem meu coadjuvante, um novo talento que surgiu do nada e se tornou um g�nio da com�dia", disse ele sobre Rudy Giuliani na s�tira "Borat: Fita de cinema seguinte".
- Novos recordes -
Chloe Zhao ganhou as manchetes com "Nomadland", que se tornou o primeiro melhor drama dirigido por uma mulher, e a primeira mulher asi�tica a ganhar o pr�mio de melhor dire��o.
Mas outras marcas foram batidas no domingo. Sorkin, que j� era o roteirista mais indicado ao Globo de Ouro, empatou o recorde de mais vit�rias na categoria roteiro com tr�s, assim como Robert Bolt e Quentin Tarantino. O trio agora tem tr�s vit�rias cada.
Boseman se tornou o segundo vencedor p�stumo, e o primeiro em quatro d�cadas, na categoria de melhor ator de drama. O anterior foi Peter Finch, que ap�s sua morte foi premiado pelo papel principal em "Network", de 1976.
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