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Estado de Minas NOVA YORK

Justi�a dos EUA afirma que presidente de Honduras foi s�cio de laborat�rio de coca�na


19/03/2021 22:41 - atualizado 19/03/2021 22:43

O presidente de Honduras foi s�cio de um laborat�rio de coca�na que fabricou toneladas de drogas para enviar aos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira o promotor Michael Lockard, do distrito sul de Nova York, durante o julgamento de um suposto narcotraficante hondurenho.

Os promotores do tribunal federal de Manhattan garantem que Juan Orlando Hern�ndez, presidente de Honduras, foi s�cio no tr�fico de drogas do r�u, Geovanny Fuentes Ram�rez, e de seu irm�o Tony Hern�ndez, condenado por tr�fico de drogas em larga escala em Nova York no ano de 2019. Embora n�o o tenham indiciado, ao longo do processo de duas semanas insistiram na participa��o do mesmo na conspira��o.

"Juan Orlando Hern�ndez n�o queria apenas o dinheiro do r�u (em propina), ele queria ter acesso � coca�na do r�u (...) para que pudesse export�-la" para os Estados Unidos atrav�s de Puerto Cort�s, o maior porto hondurenho, pr�ximo ao laborat�rio de coca�na instalado em Cerro Negro, disse o promotor Lockard em suas alega��es finais. Segundo ele, o intermedi�rio entre o presidente e Fuentes era o irm�o do primeiro.

"Tony Hern�ndez, como Juan Orlando Hern�ndez, era um dos s�cios do r�u no narcotr�fico. � o homem que dirigia o narcotr�fico de Juan Orlando, que aceitava suborno com dinheiro do tr�fico de drogas do Los Cachiros, � o homem que mandava quilos de coca�na com suas iniciais ", disse Lockard.

"J� ouviram como o Los Cachiros pagou enormes somas de dinheiro a presidentes e candidatos � presid�ncia: a Juan Orlando Hern�ndez; ao seu antecessor Pepe Lobo; ao seu antecessor Manuel Zelaya; a Ricardo �lvarez, que se tornou vice-presidente, e a muitos outros", lembrou o promotor ao j�ri, dizendo que o acusado seguiu o seu exemplo e usou "os poderosos contatos" do empres�rio Fuad Jarufe "para comprar prote��o". O presidente de Honduras nega todas as acusa��es.

- 'Muito dinheiro em jogo' -

O promotor Lockard afirmou que o laborat�rio de coca�na, localizado pr�ximo � cidade de Choloma, no norte de Honduras, n�o foi fechado ap�s a opera��o policial de 2011, como se presumia na �poca, e que continuou funcionando depois de 2013.

Ele lembrou que nenhuma droga foi encontrada em 2011, uma vez que o r�u foi avisado sobre a opera��o, e que, em seguida, Fuentes sequestrou, torturou e assassinou, juntamente com seu parceiro Melvin "Metro" Sandres, o policial que o abordou.

"O laborat�rio n�o fechou porque o r�u chegou a um acordo com Juan Orlando Hern�ndez e seu irm�o (...) para mant�-lo funcionando", disse Lockard. "Havia muito dinheiro em jogo."

- Defesa -

Em suas considera��es finais, o advogado de defesa Avi Moskowitz atacou a credibilidade das testemunhas do governo americano, principalmente do ex-chefe do cartel Los Cachiros Leonel Rivera, que enfrenta uma pena de pris�o perp�tua. Tamb�m assinalou que o governo n�o apresentou v�deos, fotos, relat�rios policiais e da per�cia ou outras provas da culpabilidade do acusado.

O advogado lembrou ainda que uma testemunha do governo, o historiador Dar�o Euraque, declarou que, desde 2013, o tr�fico de coca�na colombiana atrav�s de Honduras caiu mais de 80% em consequ�ncia de medidas tomadas pelo presidente Hern�ndez. "Que presidente t�o narcotraficante e corrupto!", ironizou.

Os promotores afirmaram que o acusado apagou provas como mensagens de texto e de aplicativos, mas destacaram que ele tinha o contato de Hern�ndez e de outros pol�ticos e policiais em seu celular, e que, em duas oportunidades, fez uma busca no aplicativo Waze que tinha como destino a casa presidencial, logo depois que promotores americanos apresentaram � Justi�a documentos-chave do caso contra Tony Hern�ndez.

"As provas no julgamento mostraram que o acusado � exatamente quem dissemos que era, um narcotraficante violento, que distribuiu grandes montantes de coca�na e cometeu atos de corrup��o e assassinatos", assinalou o promotor Jacob Gutwillig.

Fuentes, preso h� um ano em Miami, enfrenta tr�s acusa��es de narcotr�fico e posse de armas. O j�ri come�ou a deliberar hoje sobre seu veredito. J� a senten�a de Tony Hern�ndez, acusado de traficar 185 toneladas de coca�na para os Estados Unidos, est� prevista para o pr�ximo dia 30.


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