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Estado de Minas LONDRES

Revenda especulativa de consoles indigna gamers e pol�ticos no Reino Unido


20/03/2021 13:51

Os aficionados brit�nicos de videogames est�o indignados com a revenda especulativa de consoles, chamada de "scalping", uma pr�tica que consiste em causar escassez de PS5 e Xbox e depois vend�-los a pre�os t�o altos que alguns parlamentares est�o exigindo sua proibi��o.

"Estou tentando comprar um PS5 h� quatro meses e n�o consigo encontrar a um pre�o normal", diz Tracey Ford, uma estudante de Manchester, no norte da Inglaterra.

Essa jogadora de 24 anos tentou de tudo: ir a lojas f�sicas, registrar-se para ser avisada de novos estoques... Mas nada funciona e "� muito frustrante", afirma � AFP.

Tudo por culpa do "scalping", t�cnica originada na especula��o do mercado de a��es que consiste em usar "bots" (rob�s de computador que para simulam a��es repetidas vezes de maneira padr�o) para comprar grandes quantidades de um produto com muita rapidez e depois revend�-los a pre�os astron�micos.

A pr�tica, legal no Reino Unido, afetava at� ent�o principalmente ingressos para shows ou cal�ados esportivos.

Mas assumiu uma nova dimens�o com o lan�amento de dois consoles altamente esperados no final de 2020 - o PlayStation 5 da Sony e o Xbox series da Microsoft - coincidindo com os confinamentos decretados contra o coronav�rus.

Enquanto um PS5 normalmente custa entre 360-450 libras (500-625 d�lares) dependendo do modelo, seu pre�o m�dio de revenda em plataformas como o eBay � de 650-750 libras.

E com a escassez nas lojas, algumas pessoas decidem pagar esse dinheiro, alimentando a pr�tica.

- Game over -

Segundo o pesquisador americano Michael Driscoll, da Georgia Tech, o "scalping" est� "afetando atualmente" as placas gr�ficas RTX30 da Nvidia e Zen 3 da AMD, mas tamb�m e principalmente os "PS5 e Xbox series".

Desde seu lan�amento, calcula que 52.000 exemplares de ambos os consoles foram revendidas no Reino Unido no eBay e StockX por um total de 42 milh�es de libras (58 milh�es de d�lares), gerando 10 milh�es de libras de lucro.

"Tirando por baixo", diz ele, que analisou apenas o "mercado cinza" do eBay e StockX, e n�o o mercado negro, "que provavelmente � muito maior".

Driscoll explica o repentino aumento na revenda por uma demanda muito maior do que o normal, j� que os gamers "economizaram dinheiro ficando em casa" pela pandemia, e por uma oferta menor devido a uma "escassez global de sil�cio", elemento necess�rio para fabricar certos componentes.

A situa��o "acabar� por se estabilizar porque as pessoas comprar�o o que querem e [os pre�os] cair�o", acredita ele, "mas se as condi��es do mercado forem as mesmas quando o PS6 for lan�ado, isso acontecer� novamente".

Qual � a solu��o? Muitos jogadores pedem aos fabricantes que fa�am algo, mas nem a Sony nem a Microsoft se posicionaram e recusaram os pedidos de coment�rios da AFP.

Outros dizem que a responsabilidade recai sobre os varejistas que vendem os consoles em primeiro lugar. Um deles, Argos, afirma ter "implementado processos rigorosos" para evitar o r�pido esgotamento do PS5.

"Sua compra � limitada a um por cliente e todos os pedidos duplicados s�o cancelados", disse uma porta-voz.

Mas os gamers pedem mais, como impor na web testes de "captcha", que pedem ao usu�rio uma a��o imposs�vel para os bots.

Um grupo de parlamentares brit�nicos apresentou um projeto de lei em meados de dezembro para proibir essa pr�tica, chamando-a de "injusta para o consumidor".

"As pessoas est�o realmente indignadas", disse � AFP Douglas Chapman, deputado do Partido Nacionalista Escoc�s (SNP), que apresentou o texto depois de receber dezenas de liga��es de seus eleitores.

A proposta, que ainda est� em estudo, tem poucas chances de sucesso, segundo seu promotor, que ainda assim espera "pressionar o governo" para "agir".

O minist�rio da Cultura garante que est� "discutindo com representantes da ind�stria de videogames", que "j� est�o trabalhando em medidas adicionais", segundo nota.

Por�m, para Daniel Sumner, jogador de 35 anos que mora em Plymouth, no sudoeste da Inglaterra, nem mesmo uma lei com uma "pequena multa ser� suficiente" para dissuadir os traficantes do lucro.


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