"A Eti�pia tamb�m tem muitos problemas, e n�o estamos dispostos a ir � batalha. N�o precisamos da guerra. � melhor resolver de forma pac�fica", disse Abiy no Parlamento.
Ele tamb�m destacou que a Eti�pia "n�o queria uma guerra" com seu vizinho por esta disputa territorial que existe h� d�cadas e descreveu o Sud�o como um "pa�s irm�o", cujo povo amava a Eti�pia.
A disputa fronteiri�a � referente a Al-Fashaqa, uma �rea agr�cola localizada entre dois rios, onde as regi�es et�opes de Amhara e Tigr�, ao norte, encontram-se com o estado sudan�s de Gedaref, ao leste.
Esta terra f�rtil � reivindicada pelos dois pa�ses e tem sido um ponto de conflito. O mais recente deles se deu quando os confrontos na regi�o et�ope do Tigr� fizeram 60.000 refugiados migrarem para o Sud�o.
� medida que a viol�ncia se aproximava da Eti�pia, Cartum enviou tropas para a regi�o de Al Fashaqa, "para recuperar as terras roubadas e tomar posi��es nas linhas internacionais", informou a imprensa estatal do Sud�o.
Em dezembro, Cartum enviou refor�os para o Al-Fashaqa depois que "for�as e mil�cias et�opes" supostamente armaram uma emboscada para as tropas sudanesas, matando ao menos quatro soldados.
Depois disso, houve uma s�rie de confrontos mortais, nos quais os dois lados se acusaram de viol�ncia e de viola��es territoriais.
- Tropas eritreias no Tigr� -
Ahmed tamb�m admitiu nesta ter�a-feira a presen�a de tropas eritreias na regi�o do Tigr� e disse que podem ter sido respons�veis por atrocidades contra a popula��o civil.
O reconhecimento da presen�a de tropas ocorre ap�s meses de nega��es por parte de ambos os pa�ses e do aumento de acusa��es de grupos de direitos humanos residentes. Segundo eles, os soldados eritreus promoveram massacres no Tigr�.
Abiy enviou tropas para a regi�o do Tigr� (norte) em 4 de novembro, ap�s culpar o partido governante na regi�o, a Frente de Liberta��o Popular do Tigr� (TPLF), por ataques aos acampamentos do Ex�rcito.
A campanha militar para derrubar a TPLF gerou um prolongado conflito, no qual foram cometidas atrocidades contra a popula��o civil.
Em um discurso no Parlamento, Abiy disse que "o povo e o governo eritreus fizeram um favor duradouro aos nossos soldados" durante o conflito, sem dar mais detalhes.
"No entanto, depois que o Ex�rcito eritreu cruzasse a fronteira e operasse na Eti�pia, qualquer dano que fizesse ao nosso povo seria inaceit�vel", disse.
"N�o aceitamos, porque � o Ex�rcito eritreu, e n�o aceitar�amos se fossem nossos soldados. A campanha militar foi contra nossos inimigos claramente selecionados, n�o contra o povo. Discutimos isso quatro, ou cinco, vezes com o governo eritreu", acrescentou.
ADIS ABEBA