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Estado de Minas MINNEAPOLIS

Julgamento do policial que matou George Floyd entra na fase decisiva em clima de tens�o


29/03/2021 13:00 - atualizado 29/03/2021 13:14

Com o in�cio das discuss�es substantivas nesta segunda-feira (29), o julgamento contra o policial branco acusado do assassinato de George Floyd entrou em uma fase decisiva, tamb�m considerado um "referendo" sobre a Justi�a nos Estados Unidos ap�s as gigantescas manifesta��es contra o racismo desencadeadas por sua morte.

Depois de tr�s semanas dedicadas � sele��o dos jurados, a acusa��o deve apresentar seu caso contra Derek Chauvin, de 45 anos, 19 deles no Departamento de Pol�cia de Minneapolis, julgado por assassinato e por homic�dio culposo.

"Hoje come�a um julgamento hist�rico que ser� um referendo sobre o qu�o longe os Estados Unidos avan�aram em sua busca por igualdade e justi�a para todos", afirmou Ben Crump, advogado da fam�lia Floyd, antes dos coment�rios de abertura.

"O mundo inteiro est� de olho", enfatizou, antes de se ajoelhar junto aos familiares da v�tima por 8 minutos e 46 segundos, o tempo que Chauvin permaneceu com seu joelho sobre o pesco�o de George Floyd em 25 de maio em Minneapolis.

O calv�rio de Floyd foi filmado e publicado na Internet por um pessoa que passava pelo local. As imagens rodaram o mundo e levaram multid�es �s ruas de Nova York, Seattle, Paris, ou Sydney, para denunciar o racismo e a viol�ncia policial contra as minorias.

"Chauvin est� no banco dos r�us, mas s�o os Estados Unidos que est�o sendo julgados", disse o reverendo Al Sharpton, ativista dos direitos civis que acompanha esta audi�ncia "hist�rica".

- 'N�o consigo respirar' -

Um famoso advogado afro-americano da grande cidade do norte dos Estados Unidos, Jerry Blackwell, falar� em nome da fam�lia a partir das 9h locais (11h de Bras�lia), em um edif�cio p�blico adaptado para o processo excepcional que deve durar de tr�s a quatro semanas.

As autoridades pediram calma e manifesta��es "pac�ficas" diante do tribunal.

Os promotores pretendem demonstrar que Derek Chauvin, que comparecer� em liberdade, mostrou desprezo pela vida de George Floyd ao manter a a��o, apesar de o afro-americano ter afirmado 20 vezes "eu n�o consigo respirar", antes de desmaiar.

Eric Nelson, advogado de Chauvin, tentar� provar que o policial, que se declara inocente, seguiu os procedimentos autorizados para controlar um suspeito e que n�o � respons�vel pela morte de Floyd.

Floyd, que tinha 46 anos e sofria de problemas de sa�de, teria falecido, de acordo com Nelson, por uma overdose de fentanil, um potente opi�ceo, do qual foram encontrados vest�gios em seu corpo na necropsia.

"O que matou George Floyd foi uma overdose de for�a excessiva", respondeu Ben Crump no domingo.

Em consequ�ncia da pandemia, o julgamento acontecer� sem a presen�a do p�blico, mas as audi�ncias ser�o transmitidas ao vivo, e muitos americanos devem acompanhar o processo.

O veredicto � aguardado para o fim de abril, ou in�cio de maio.

Os 12 jurados precisam tomar uma decis�o por unanimidade. Em caso contr�rio, o julgamento ser� considerado nulo. Este cen�rio, ou uma absolvi��o, podem provocar novos dist�rbios em Minneapolis.

"Oramos para que se fa�a justi�a por George Floyd, que se responsabilize penalmente Derek Chauvin e que isto estabele�a um novo precedente nos Estados Unidos", disse Ben Crump.

Os julgamentos de policiais por atos de viol�ncia cometidos no desempenho das fun��es s�o muito raros nos Estados Unidos, e as condena��es, ainda mais.

A prefeitura de Minneapolis, que decidiu aprovar uma reforma profunda da pol�cia, concordou h� algumas semanas em pagar 27 milh�es de d�lares por danos e preju�zos � fam�lia Floyd para encerrar o processo civil.

"Tenho um grande vazio em meu cora��o, n�o pode ser preenchido, n�o pode ser preenchido com nenhuma quantidade de dinheiro. Queremos uma condena��o", afirmou no domingo Philonise, irm�o de George Floyd.

O advogado de Chauvin criticou o acordo, que segundo ele poderia influenciar membros do j�ri.

Tamb�m devido � covid-19, os outros tr�s policiais envolvidos na trag�dia, Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao, ser�o julgados em agosto por "cumplicidade no assassinato".


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