
"Somente gra�as a meses de sacrif�cio e esfor�o podemos dar este pequeno passo em dire��o � liberdade hoje e devemos proceder com cautela", alertou o primeiro-ministro, Boris Johnson, em uma entrevista coletiva televisionada.
Por enfrentar uma variante muito mais contagiosa do coronav�rus detectada no sul da Inglaterra no fim de 2020, Londres fechou locais de lazer e estabelecimentos comerciais em dezembro e decidiu n�o reabrir as escolas ap�s o recesso de Natal.
Gra�as a uma redu��o dr�stica no n�mero de mortos (23 na segunda-feira) e cont�gios di�rios (4.654) a uma campanha de vacina��o de sucesso, que j� administrou a primeira dose em 30,5 milh�es de pessoas (60% dos adultos do pa�s), o terceiro confinamento nacional come�ou a ser flexibilizado de maneira lenta em 8 de mar�o, com o retorno dos alunos �s salas de aula.
O progressivo desconfinamento, que deve continuar at� o fim de junho, entrou em uma nova fase nesta segunda-feira com a autoriza��o para organizar reuni�es de at� seis pessoas em locais abertos como parques, ou jardins particulares, e a reabertura de �reas de golfe, t�nis e piscinas descobertas, apesar da baixa temperatura da �gua.
Com trajes completos de neoprene – ou, no caso dos mais corajosos, sem as roupas especiais –, algumas pessoas nadavam desde cedo ao lado de cisnes nos lagos dos parques londrinos.
"N�o nadamos desde 5 de janeiro, sendo assim temos muita vontade de voltar � �gua", disse � AFP Jessica Walker, enrolada em uma toalha com a bandeira brit�nica na piscina externa de Hillingdon, no noroeste de Londres.
"� muito estimulante, � absolutamente fant�stico tanto para a sa�de mental quanto a f�sica", acrescentou, desfrutando de um clima incomumente quente e ensolarado, que � tarde fez proliferarem piqueniques sobre o gramado �mido dos parques.
O governo continua estimulando o teletrabalho e evitar os transportes p�blicos, mas tamb�m est� legalmente suspensa a ordem para "ficar em casa" no pa�s mais afetado da Europa pela pandemia.
At� agora, s�o mais de 126.600 mortes confirmadas por COVID-19.
Apelos � prud�ncia
A pol�cia londrina insistiu em que "todas as grandes reuni�es" continuam proibidas e prometeu atuar rapidamente contra as festas em locais fechados e encontros com multid�es.
E Johnson pediu nesta segunda-feira que n�o haja muito relaxamento nas medidas e que continuem respeitando as restri��es, para n�o ter que reimpor um confinamento com graves consequ�ncias econ�micas e psicol�gicas.
Parabenizando o fato de que no domingo foi registrado "o menor n�mero de novos cont�gios em seis meses" (menos de 4.000) e pela redu��o nas mortes e interna��es hospitalares, Johnson alertou que a "onda de infec��es continua crescendo" no continente europeu e variantes novas e mais resistentes � vacina podem chegar ao Reino Unido.

O pa�s, que administrou at� agora as vacinas e enfrenta uma redu��o no abastecimento dos f�rmacos justamente no momento de aplicar a segunda dose (at� agora aplicadas em 6 milh�es de pessoas).
Mas o governo espera a entrega em abril de 17 milh�es de doses de uma terceira vacina, a do laborat�rio americano Moderna, e nesta segunda-feira Johnson anunciou ter chegado a um acordo com o laborat�rio GlaxoSmithKline para enviar � Inglaterra as vacinas desenvolvidas pela Novavax.
Isso "nos fornece entre 50 e 60 milh�es de doses de vacinas fabricadas no Reino Unido", desde que seja aprovado pelo regulador brit�nico para uso, afirmou.
Viagens ainda proibidas
O pr�ximo passo rumo ao fim do confinamento na Inglaterra est� previsto para 12 de abril, com a reabertura de �reas externas de bares e restaurantes, assim como estabelecimentos n�o essenciais, inclusive sal�es de cabeleireiro.Permanecem proibidas as viagens ao exterior. Segundo o plano do governo, elas voltar�o a ser permitidas, na melhor das hip�teses, a partir de 17 de maio.
Embora o primeiro-ministro prometeu dar mais informa��es por volta de 5 de abril.
