"Determinei que nossa neutralidade clim�tica seja alcan�ada at� 2050, antecipando em dez anos a sinaliza��o anterior", disse Bolsonaro no primeiro dia da c�pula organizada pelo presidente americano Joe Biden.
Ele tamb�m se comprometeu a "eliminar o desmatamento ilegal no Brasil at� 2030", enquanto as zonas desmatadas na Amaz�nia aumentaram consideravelmente desde sua chegada ao poder, em janeiro de 2019.
Bolsonaro ponderou que "diante da magnitude dos obst�culos, inclusive financeiros, � fundamental poder contar com a contribui��o de pa�ses, empresas, entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solu��o desses problemas".
Ele destacou particularmente a import�ncia dos mercados de carbono, "cruciais como fonte de recursos e investimentos para impulsionar a a��o clim�tica, tanto na �rea florestal quanto em outros relevantes setores da economia, como ind�stria, gera��o de energia e manejo de res�duos".
"O Brasil saiu desta c�pula como entrou: desacreditado. Bolsonaro passou metade do discurso pedindo dinheiro para avan�os ambientais j� conquistados no passado, mas que seu governo tenta destruir h� dois anos", reagiu no Twitter Marcio Astrini, do coletivo Observat�rio do Clima.
O governo Bolsonaro � alvo de cr�ticas virulentas por sua pol�tica ambiental.
Os ambientalistas est�o particularmente preocupados com cortes dr�sticos no or�amento e no pessoal das ag�ncias de prote��o ambiental.
Entre agosto de 2019 e julho de 2020, o desmatamento aumentou 9,5% em rela��o aos 12 meses anteriores, com uma �rea desmatada equivalente � da Jamaica, e os inc�ndios florestais tamb�m atingiram n�veis extremamente preocupantes.
O presidente Bolsonaro j� havia se comprometido a erradicar o desmatamento ilegal at� 2030 em uma carta a Joe Biden na semana passada.
O enviado especial do presidente americano para a diplomacia clim�tica, John Kerry, saudou este compromisso, mas pediu "medidas imediatas e di�logo com as popula��es ind�genas e a sociedade civil para garantir que este an�ncio se traduza em resultados concretos".
WASHINGTON