WikiLeaks afirma que pris�o de Assange mancha a reputa��o do Reino Unido

A pris�o do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, manchou a reputa��o do Reino Unido como defensor da liberdade de imprensa, disse o diretor do site, Kristinn Hrafnsson, na sexta-feira (30).

Assange, 49, est� detido em uma pris�o perto de Londres enquanto aguarda a justi�a brit�nica para examinar o recurso interposto pelos Estados Unidos contra a recusa de extradit�-lo para aquele pa�s.

"O fato de Julian permanecer na pris�o compromete seriamente a capacidade do Reino Unido de proclamar que representa a liberdade de imprensa em todo o mundo", disse Hrafnsson a um grupo de jornalistas internacionais antes do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que � comemorado todos os anos.

O australiano foi preso pela pol�cia brit�nica em abril de 2019, depois de passar sete anos preso na embaixada do Equador em Londres. Ele havia se refugiado l� enquanto estava sob fian�a. Ele era procurado pela Su�cia sob a acusa��o de estupro, j� retirada, embora tenha alegado temer ser extraditado para os Estados Unidos por espionagem.

Assange, que conta com o apoio de in�meras organiza��es que defendem a liberdade de imprensa, enfrenta 175 anos de pris�o nos Estados Unidos por ter divulgado mais de 700 mil documentos sigilosos sobre as atividades militares e diplom�ticas, principalmente no Iraque e no Afeganist�o, a partir de 2010.

Washington o acusa de ter colocado em risco a vida de informantes americanos, uma acusa��o que ele refuta.

Hrafnsson disse que as acusa��es contra Assange, feitas sob o comando do ex-presidente Donald Trump, abrem um precedente perigoso para a imprensa internacional.

Ele assegurou que a R�ssia e o Azerbaij�o confiaram no tratamento dado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido a Assange para restringir ainda mais a liberdade de express�o e de imprensa, acrescentando que isso poderia ser explorado por outros pa�ses no futuro.

Por sua vez, Jenifer Robinson, advogada da equipe jur�dica de Assange, expressou preocupa��o com sua sa�de.

Suas condi��es na Pris�o de Seguran�a M�xima de Belmarsh s�o "muito dif�ceis" e ele permanece "muito isolado", disse.

Robinson e Hrafnsson pediram ao governo dos Estados Unidos que retirasse as acusa��es contra Assange e que o governo australiano fizesse mais para defender sua causa.