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Estado de Minas PARIS

Restaurantes na Fran�a enfrentam dificuldades em conseguir funcion�rios para reabertura


07/05/2021 12:22

Restaurantes em toda Fran�a est�o se preparando para reabrir suas portas depois de meses fechados, mas seus propriet�rios enfrentam um desafio inesperado: muitos funcion�rios n�o querem voltar �s longas e �rduas horas de trabalho caracter�sticas do setor de servi�os.

Felix Dumant, copropriet�rio da Aux Crus de Bourgogne, uma "brasserie" no centro de Paris, est� procurando com urg�ncia por um cozinheiro depois que o seu saiu para trabalhar na cozinha de uma casa de repouso.

"Entendemos por que ele saiu. Ele � um jovem pai com dois filhos pequenos", disse Dumant � AFP enquanto ele e sua irm� Margot entrevistavam candidatos esta semana para um cargo com um sal�rio l�quido de 2.500 euros por m�s.

"Agora, ele tem uma jornada bem mais f�cil, por um sal�rio um pouco menor, mas ainda � muito bom", afirmou.

Seu sofisticado estabelecimento procura tamb�m um substituto para o chefe de cozinha, que acaba de se demitir. Esta posi��o paga 3.500 euros por m�s.

A Fran�a manteve restaurantes, bares e caf�s fechados desde outubro, para impedir um novo surto de covid-19, medida que ser� suspensa em etapas a partir de 19 de maio.

Esse tempo de inatividade for�ado deu aos funcion�rios do restaurante tempo suficiente para reconsiderarem uma profiss�o em que � normal trabalhar � noite e nos fins de semana em um ambiente estressante, deixando pouco tempo para suas pr�prias fam�lias e amigos.

Dezenas de profissionais do setor expressaram seu al�vio por finalmente tirar o avental para sempre.

"Um dia me perguntei, al�m do meu trabalho, o que tenho feito da minha vida? A verdade � que n�o muito. Para ser sincero, foi s� aos 56 anos que descobri o prazer de comer com a minha fam�lia", disse Thierry ao jornal Le Parisien, que deixou seu posto de chefe de cozinha em dezembro.

"Trabalhamos, enquanto todos se divertem", confirmou Margot Dumant.

- "N�o � vida" -

Embora a demanda por bons ajudantes de cozinha seja sempre alta nos restaurantes, do fast-food a um estrelado Michelin, os especialistas dizem que a crise sanit�ria exacerbou a escassez de m�o de obra.

"Todos n�s usamos 2020 para refletir sobre o que realmente queremos de nossas vidas e empregos", diz Bernard Boutboul, um ex-gerente de restaurante que agora aconselha propriet�rios em todo mundo em sua consultoria Gira, sediada em Paris.

"E � ineg�vel que quem trabalha em restaurante fala: 'Chega, n�o d� para continuar assim, n�o � vida'", completou.

Dos 350.000 empregos na ind�stria de restaurantes normalmente encontrados na Fran�a, ele estima que cerca de um ter�o desapareceu no ano passado, com base em pesquisas com clientes.

Esse n�mero corresponde aproximadamente aos 100.000 que foram perdidos, de acordo com o sindicato de hotelaria UMIH.

Os cozinheiros, em particular, tamb�m t�m sido atra�dos por estabelecimentos que apenas preparam as refei��es em casa. Durante os fechamentos, este nicho registrou um aumento na demanda.

"Eles est�o nos afetando muito", disse Felix Dumant. "Eles podem gerar uma grande renda com poucos funcion�rios e podem pagar aos chefs o mesmo que n�s, mas com hor�rios muito mais f�ceis".

- "Problem�tico" -

Com os franceses, grandes amantes da gastronomia, ansiosos para revisitar seus lugares favoritos, muitos propriet�rios far�o o poss�vel para acomodar todos que pedirem uma mesa.

"Ap�s a crise sanit�ria, os restaurantes ter�o uma crise de crescimento", disse Boutboul.

"Haver� uma grande demanda que eles n�o poder�o atender, porque n�o ter�o pessoal suficiente", afirmou.

Os jovens, em particular, parecem cada vez mais relutantes em seguir carreira em um setor altamente estressante, onde apenas uma minoria encontra empregos que pagam bem acima do sal�rio m�nimo.

Marc-Antoine Surand afirma que a sa�da de um de seus funcion�rios dificultar� a reabertura de seu bistr� Quedubon, no nordeste da capital.

"Ele disse que queria voltar para a escola e tentar outra coisa", disse Surand � AFP. "N�o ser� um problema no in�cio, mas muito em breve, quando abrirmos totalmente, ser� problem�tico", disse ele.

"H� muitos empregos dispon�veis e poucos candidatos", acrescentou. "Ent�o, estamos procurando", completou.


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