Esta manh�, o papa Francisco pediu o fim da viol�ncia em Jerusal�m. "A viol�ncia s� alimenta viol�ncia. Paremos com esses confrontos", declarou em sua mensagem dominical, destacando que acompanha "com particular preocupa��o os acontecimentos".
Ele apelou �s partes para que garantam "que a identidade multirreligiosa e multicultural da cidade sagrada possa ser respeitada e que a fraternidade prevale�a".
Na sexta-feira � noite, mais de 220 pessoas, em sua maioria palestinas, ficaram feridas em confrontos na Esplanada das Mesquitas entre a pol�cia israelense e fi�is palestinos reunidos para o iftar, a refei��o que rompe o jejum do Ramad�.
Chamada de Santu�rio Nobre pelos mu�ulmanos e de Monte do Templo pelos judeus, a Esplanada das Mesquitas � o terceiro local mais sagrado do Isl� e o local mais sagrado para os judeus.
Na noite de s�bado, novos confrontos ocorreram em Jerusal�m Oriental, nas proximidades do Port�o de Damasco, em Bab al-Zahra e Sheikh Jarrah, deixando cerca de cem feridos, incluindo menores, de acordo com o Crescente Vermelho Palestino. A pol�cia israelense reportou 17 policiais feridos e nove pris�es.
De acordo com os socorristas, a maioria dos feridos foi atingida por balas de borracha ou bombas de efeito moral. Um fot�grafo da AFP viu uma mulher com o rosto coberto de sangue.
As for�as de seguran�a israelenses tamb�m usaram um canh�o de �gua suja para dispersar os palestinos, alguns dos quais lan�aram proj�teis contra a pol�cia.
Esta manh�, a Esplanada das Mesquitas estava relativamente calma, mas a tens�o permanecia palp�vel na Cidade Velha, uma vez que os confrontos t�m acontecido no final do dia, ou mesmo � noite ap�s o rompimento do jejum.
- Tens�es -
No bairro Sheikh Jarrah, palco de protestos di�rios h� v�rios dias contra o poss�vel despejo de fam�lias palestinas em benef�cio de colonos israelenses, muitos palestinos voltaram �s ruas na noite de s�bado e atiraram pedras contra as for�as de seguran�a israelenses.
A pol�cia israelense disse que restringiu o acesso � Cidade Velha de Jerusal�m Oriental para evitar que os palestinos "participem de dist�rbios violentos".
Um �nibus vindo do sul de Jerusal�m foi parado e alguns dos passageiros palestinos foram detidos pela pol�cia, observou um jornalista da AFP.
H� semanas a situa��o tamb�m � tens�o na Cisjord�nia, outro territ�rio palestino ocupado por Israel, onde ocorreram protestos contra as restri��es impostas pelo Estado judeu a certas �reas durante o Ramad� e o poss�vel despejo de palestinos.
Os confrontos na Esplanada das Mesquitas dos �ltimos dias s�o os mais violentos desde 2017, quando Israel decidiu colocar detectores de metal na entrada do local, antes de voltar atr�s.
O Hamas, movimento isl�mico palestino que controla a Faixa de Gaza, pediu aos palestinos que permane�am na Esplanada at� quinta-feira - dia que marca o fim do Ramad� - e amea�ou Israel com ataques se a Suprema Corte aprovar, em decis�o esperada para segunda-feira, as expuls�es de Sheikh Jarrah.
Na Faixa de Gaza, soldados israelenses dispararam g�s lacrimog�neo para dispersar os manifestantes palestinos reunidos perto da barreira de separa��o.
Bal�es incendi�rios tamb�m foram lan�ados na noite de s�bado de Gaza em dire��o ao sul de Israel, mas sem causar danos, de acordo com as autoridades israelenses.
E um foguete foi lan�ado esta manh�, informou o ex�rcito, dizendo que sua for�a a�rea retaliou atingindo "um posto militar do Hamas" no sul da Faixa de Gaza.
Sobre os confrontos em Jerusal�m Oriental, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu advertiu que Israel "continuar� garantindo a liberdade de culto, mas n�o permitir� tumultos violentos" e que "ir� reagir com for�a".
Ap�s a viol�ncia de sexta, os Estados Unidos apelaram �s "autoridades israelenses e palestinas a agirem para acabar com a viol�ncia". Tamb�m expressaram preocupa��o com "a poss�vel expuls�o de fam�lias palestinas de Sheikh Jarrah".
No Golfo, a Ar�bia Saudita denunciou as poss�veis expuls�es, enquanto Ir�, Tun�sia, Paquist�o, Turquia, Jord�nia e at� Egito condenaram as a��es israelenses.
O Marrocos afirmou neste domingo que acompanha com "profunda preocupa��o" a viol�ncia em Jerusal�m Oriental.
Expressando "profunda preocupa��o" com a viol�ncia em Jerusal�m, o Quarteto do Oriente M�dio (EUA, R�ssia, ONU, UE) pediu a Israel "modera��o".
Na ONU, a Tun�sia, membro do Conselho de Seguran�a, convocou uma sess�o do Conselho na segunda-feira sobre a situa��o nos territ�rios palestinos ocupados.
JERUSAL�M