"H� informes de que a B.1.617 � mais contagiosa", e portanto, "n�s a classificamos como uma variante preocupante em n�vel mundial", afirmou a doutora Maria Van Kerkhove, respons�vel t�cnica da luta contra a covid-19 na OMS, em alus�o � cepa indiana.
Ela ressaltou, por�m, que faltam muitas pesquisas sobre essa variante, "para saber a quantidade desse v�rus que circula" e o grau de "severidade" com que atenua a resposta dos anticorpos.
"N�o temos nada que sugira que nossos diagn�sticos, medicamentos e vacinas n�o estejam funcionando. E isso � importante", frisou, insistindo ainda que � preciso continuar a aplicar medidas sanit�rias para evitar novos cont�gios.
Uma vacina com efic�cia atenuada n�o significa necessariamente que n�o cumpra uma fun��o protetora contra as formas mais graves da covid-19 e previna mortes.
A nova variante poderia explicar, pelo menos em parte, a situa��o atual na �ndia, onde 4.000 pessoas morrem por dia, com um total de quase 250.000 mortes.
O pa�s, o maior produtor mundial de vacinas, administrou at� agora duas doses para apenas 2% de sua popula��o de mais de 1,3 bilh�o.
- Diplomacia das vacinas -
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que "a �nica op��o que temos para acabar com esta pandemia � a coopera��o", quando questionado pela imprensa sobre as pr�ticas de alguns pa�ses como a China ou a R�ssia que d�o aos pa�ses acesso �s vacinas que faltam, mas em troca de uma compensa��o.
"Diplomacia de vacinas n�o � coopera��o, � manobra geopol�tica", afirmou. "N�o podemos vencer este v�rus competindo, se competirmos por recursos ou por uma vantagem geopol�tica, � o v�rus que tira vantagem", insistiu.
Honduras anunciou que El Salvador o ajudar� na compra de vacinas anticovid da China, j� que o primeiro n�o tem rela��es diplom�ticas com a China e reconhece Taiwan, considerada uma prov�ncia rebelde por Pequim.
Desde seu surgimento no final de 2019 na China, o coronav�rus deixa um rastro de mais de 158 milh�es de infec��es e quase 3,3 milh�es de mortes.
No entanto, as campanhas de vacina��o est�o ganhando impulso e come�ando a dar sinais de efic�cia. V�rios pa�ses est�o reabrindo suas economias e retirando as restri��es, ou est�o se preparando para faz�-lo.
- "L�grimas de felicidade" -
A cidadela inca de Machu Picchu, joia do turismo no Peru, anunciou que passar� a receber 40% da capacidade de visitantes permitida antes da pandemia, devido � diminui��o dos casos por covid-19 no pa�s.
O Reino Unido reabrir�, a partir de 17 de maio, restaurantes, museus e cinemas, assim como reuni�es familiares limitadas, ao mesmo tempo que autorizar�, com "prud�ncia", abra�os.
Tamb�m ser�o liberadas viagens ao exterior para turismo, embora poucos destinos estejam isentos da quarentena de dez dias no retorno.
No domingo, a Espanha suspendeu o estado de emerg�ncia de sa�de imposto em outubro e os moradores puderam deixar sua regi�o ou se encontrar na rua � noite.
A medida foi celebrada � meia-noite em v�rias cidades com gritos, aplausos e m�sica, mas perante os casos de desrespeito �s medidas de distanciamento, as autoridades apelaram � "responsabilidade" e alertaram que o fim do estado de emerg�ncia n�o implica o fim das restri��es.
Em Mil�o, no norte da It�lia, o famoso teatro La Scala reabriu ao p�blico nesta segunda-feira.
"Estou seguro de que com o retorno dos espectadores ao Scala haver� l�grimas de felicidade", disse seu diretor, o franc�s Dominique Meyer.
Enquanto isso, a ilha mediterr�nea de Chipre reabriu suas fronteiras para turistas vacinados de 65 pa�ses, enquanto na Gr�cia todas as escolas reabriram ap�s seis meses de fechamento.
Ap�s longos meses de confinamento, a Irlanda tamb�m alivia as medidas, permitindo viagens dentro do pa�s e a reabertura de neg�cios n�o essenciais, mediante agendamento.
Nos Estados Unidos, onde a vacina��o avan�a em um ritmo muito bom, a capital Washington suspender� a maioria das restri��es em 21 de maio, quando museus, zool�gicos, lojas e locais de culto poder�o reabrir suas portas.
E, a partir do dia 11 de junho, "poderemos aumentar a atividade de forma total", disse a prefeitura da capital norte-americana, referindo-se a bares, boates, grandes casas de espet�culo e est�dios.
Em Nova York, as pessoas poder�o se inocular com a vacina de dose �nica da Johnson & Johnson, a partir de quarta-feira, em seis esta��es de metr� designadas em um plano piloto, disse o governador Andrew Cuomo, afirmando que busca "aumentar a taxa de vacina��o".
- D�vidas, atrasos e a��es judiciais -
A Uni�o Europeia ainda n�o renovou seu contrato com a AstraZeneca para depois de junho, disse o comiss�rio europeu Thierry Breton, que n�o esclareceu se isso implica que o bloco deixar� de usar esse imunizador.
A vacina da AstraZeneca sofreu graves atrasos na entrega que levaram a UE a entrar com uma a��o legal contra o laborat�rio sueco-brit�nico.
Uma miss�o da Ag�ncia Europeia de Medicamentos viajou � R�ssia para inspecionar locais de produ��o da vacina Sputnik V, ainda n�o autorizada na UE, apesar de a Hungria j� ter come�ado a us�-la.
Enquanto isso, o laborat�rio alem�o BioNTech disse que n�o � necess�rio alterar a f�rmula de sua vacina desenvolvida com a americana Pfizer diante das variantes do v�rus.
Nos Estados Unidos, as autoridades aprovaram esta vacina para adolescentes entre 12 e 15 anos.
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GENEBRA
OMS alerta para variante indiana e diplomacia das vacinas
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