"A prioridade do meu governo � conseguir uma recupera��o nacional da pandemia que fa�a o Reino Unido mais forte, mais saud�vel e mais pr�spero que antes", declarou a rainha diante de um n�mero reduzido de parlamentares, que respeitaram o distanciamento e usaram m�scaras, na C�mara dos Lordes.
A cerim�nia pomposa, na qual os Lordes usaram seus mantos vermelhos e perucas brancas, mas a monarca n�o usava a tradicional capa de arminho e corrente de ouro, foi reduzida, devido � pandemia.
A soberana, 95 anos, chegou de autom�vel, no lugar da tradicional carruagem, e o desfile real foi cortado.
Como determina a tradi��o, Elizabeth leu um discurso escrito pelo Executivo para apresentar os planos para o pr�ximo ano.
As mediadas incluem destinar mais recursos para o combalido sistema p�blico de sa�de, com financiamento adicional, novas tecnologias e programa contra a obesidade e os problemas de sa�de mental. O governo tamb�m pretende estimular as pesquisas e continuar ajudando as empresas asfixiadas por meses de restri��es.
Ap�s a profunda revis�o do passado colonial brit�nico motivada pelo movimento Black Lives Matter, o governo tamb�m pretende "apresentar medidas para abordar as disparidades raciais e �tnicas", afirmou a rainha.
A agenda pol�tica inclui estabelecer metas legalmente vinculantes de emiss�es de gases causadores do efeito estufa, no momento em que o Reino Unido se prepara para receber a COP26 em Glasgow, em novembro deste ano, e deseja pregar pelo exemplo.
Johnson tamb�m deseja refor�ar a pol�tica de seguran�a, estimular os investimentos em Defesa e endurecer as leis migrat�rias, uma das promessas cruciais do referendo de 2016 sobre o Brexit, que ele conseguiu concretizar em 1� de janeiro de 2021.
- "Cumprir as promessas" -
Vi�va desde 9 de abril, a monarca - a quem a morte do pr�ncipe Philip, ap�s um casamento de 73 anos, deixou um "enorme vazio", segundo a fam�lia - foi acompanhada do filho mais velho, o pr�ncipe Charles, de 72, e de esposa deste, Camila.
Esta foi a primeira apari��o p�blica de Elizabeth II desde o funeral do marido em 17 de abril no castelo de Windsor.
A �ltima participa��o da monarca na cerim�nia anual do Parlamento, adiada desta vez pelo coronav�rus, havia acontecido em dezembro de 2019. � data, Johnson acabara de obter a maioria absoluta nas legislativas, triunfando em redutos da esquerda, gra�as � promessa de reduzir a crescente diferen�a entre a rica Londres e o restante do pa�s.
Pouco depois, teve in�cio a pandemia global que matou 127.000 pessoas no Reino Unido e obrigou o pol�mico primeiro-ministro conservador a gastar enormes quantias de dinheiro para mitigar os efeitos da covid-19, em vez de construir escolas, infraestruturas e investir na �rea de comunica��o, como havia prometido.
Apesar da pandemia e de v�rios esc�ndalos que afetaram seu governo, o triunfo do Partido Conservador nas elei��es municipais da semana passada demonstrou que ele n�o perdeu o eleitorado.
"Usaremos os poderes que recuperamos da Uni�o Europeia (com o Brexit) para refor�ar nossas fronteiras e reformar o sistema de ref�gio", disse Johnson, ap�s a interven��o da rainha.
"Pela primeira vez, o fato de que as pessoas entrem no Reino Unido de forma legal, ou ilegal, ter� um impacto em seu pedido de ref�gio", completou.
"E faremos tudo isso como um �nico Reino Unido, combinando o g�nio de Inglaterra, Gales, Esc�cia e Irlanda do Norte (...) na uni�o pol�tica, econ�mica e social mais bem-sucedida que o mundo j� conheceu", enfatizou o premi�.
Sua fala remete � vit�ria, na quinta-feira, das for�as separatistas nas elei��es para o Parlamento regional da Esc�cia. Elas exigem um novo referendo de autodetermina��o, consulta � qual Londres se op�e de modo veemente.
Para o diretor do "think tank" UK in a Changing Europe, Anand Menon, cumprir todas estas promessas nos pr�ximos anos ser� uma "dif�cil tarefa".
Johnson "ser� julgado por seu pr�prio balan�o" nas pr�ximas legislativas, previstas para 2024, disse Menon � AFP, considerando que ter obtido o Brexit poder�, ent�o, n�o ser o bastante para os eleitores.
LONDRES