"Nossa proposta estabelece objetivos, avalia as necessidades de financiamento e define a��es pragm�ticas", anunciou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, na C�pula Mundial da Sa�de realizada em Roma, no �mbito do G20.
O plano pretende que pelo menos 60% da popula��o mundial seja vacinada at� o final de 2022 para permitir uma recupera��o econ�mica global sustent�vel.
A proposta do FMI custaria cerca de US$ 50 bilh�es em uma combina��o de subs�dios (pelo menos 35 bilh�es), recursos dos governos e de outros fundos, segundo o organismo multilateral.
O montante parece, no entanto, muito modesto em compara��o com os maci�os planos de est�mulo implementados pelos pa�ses ricos, incluindo o �ltimo nos Estados Unidos - 1,9 trilh�o de d�lares - aprovado no final de mar�o.
Tamb�m � "baixo" se considerado os benef�cios potenciais de um fim antecipado da pandemia, que seria de "cerca de US$ 9 trilh�es" para a economia mundial em 2025, estimaram os economistas do FMI Gita Gopinath e Ruchir Agarwal em uma teleconfer�ncia com jornalistas.
"Uma das principais mensagens da nossa proposta � que a quantia necess�ria n�o � muito alta", enfatizou Gopinath, uma vez que j� foram feitos investimentos custosos para desenvolver vacinas eficazes.
O FMI admite que s�o os pa�ses ricos os mais chamados a contribuir para o plano de US$ 50 bilh�es.
Mas, de acordo com Georgieva, tamb�m s�o os pa�ses ricos que "provavelmente veriam o melhor retorno sobre o investimento p�blico na hist�ria moderna, captando 40% do aumento do PIB e cerca de um trilh�o de d�lares em receita tribut�ria adicional".
- Recupera��o depende da vacina
Os autores do relat�rio do FMI enfatizam que agora se reconhece que n�o haver� "desfecho sustent�vel" da crise econ�mica sem o fim da crise da sa�de. Portanto - defendem -, � do interesse de todos os pa�ses acabar com esta crise de uma vez por todas.
"H� muito tempo alertamos sobre uma diverg�ncia perigosa na situa��o econ�mica", comentou Georgieva.
"E isso s� vai piorar � medida que aumentar o fosso entre os pa�ses ricos que t�m acesso �s vacinas e os pa�ses pobres que n�o t�m", lamentou.
No final de abril, menos de 2% da popula��o africana havia sido imunizada, enquanto mais de 40% da popula��o nos Estados Unidos e mais de 20% na Europa haviam recebido pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, de acordo com o FMI.
A pandemia, que est� atingindo a �ndia de maneira especialmente forte, pode inviabilizar a recupera��o global.
Para colocar o mundo de volta no caminho do crescimento, o FMI faz uma s�rie de propostas. A primeira delas � ajudar os pa�ses em desenvolvimento a melhorarem suas campanhas de vacina��o.
O objetivo � ajudar "a controlar significativamente a pandemia em todos os lugares para o benef�cio de todos", disse Georgieva.
Para atender aos objetivos de vacina��o da popula��o mundial, o FMI insiste na necessidade de se conceder subs�dios adicionais ao sistema internacional Covax, por meio de doa��es de doses excedentes e garantindo o livre fluxo transfronteiri�o de mat�rias-primas e de vacinas.
O Covax foi criado para tentar evitar que os pa�ses ricos acumulem a maior parte das valiosas doses, mas at� agora n�o tem sido eficaz.
WASHINGTON