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Estado de Minas LONDRES

Johnson recebe duras cr�ticas de ex-assessor por gest�o da pandemia


26/05/2021 12:35 - atualizado 26/05/2021 12:38

O primeiro-ministro brit�nico, Boris Johnson, foi acusado nesta quarta-feira (26) por seu ex-conselheiro Dominic Cummings de ter demorado a perceber a dimens�o da pandemia da covid-19, uma crise administrada de forma "desastrosa" pelo governo.

Diante de uma comiss�o parlamentar, o pol�mico estrategista pol�tico tamb�m assumiu sua parcela de responsabilidade pelos "erros" cometidos no in�cio de 2020, ap�s o surgimento do novo coronav�rus.

"A verdade � que ministros, funcion�rios do alto escal�o e assessores como eu n�o estivemos � altura, de forma desastrosa, do que o p�blico espera de seu governo em uma crise como esta", disse Cummings.

O ex-conselheiro exp�s um quadro lament�vel do poder neste per�odo, com um governo desprevenido e cego diante da deteriora��o da situa��o, um governo ocupado pela irrita��o da parceiro de Boris Johnson com um artigo sobre seu cachorro e um ministro da Sa�de acusado de ser mentiroso.

Boris Johnson viu a pandemia da covid-19 como uma "hist�ria para assustar", continuou Cummings, sugerindo que o primeiro-ministro considerou a possibilidade de se fazer contaminar ao vivo pela televis�o para mostrar que "n�o havia nada a temer".

At� mar�o de 2020, Johnson considerava que o verdadeiro risco do v�rus era, sobretudo, econ�mico, mais do que sanit�rio, acrescentou Cummings.

O ex-assessor insistiu em que, "evidentemente", o Reino Unido deveria ter-se confinado desde a primeira semana de mar�o de 2020.

- Johnson assume

Ao ser questionado no Parlamento sobre estas acusa��es, o premi� disse assumir "total responsabilidade" pela gest�o da pandemia, chamando esta crise de "uma das mais dif�ceis" atravessadas pelo pa�s em muito tempo. Afirmou ainda que sempre seguiu o conselho dos cientistas.

Seis meses depois de sua sa�da em um contexto de disputas internas, Cummings, mentor da bem-sucedida campanha do Brexit, em 2016, e arquiteto da brilhante vit�ria de Boris Johnson nas elei��es legislativas de dezembro de 2019, tornou-se implac�vel com o primeiro-ministro.

Por duas vezes, por�m, Cummings evitou responder a pergunta sobre se era verdade, como afirmam diferentes ve�culos de comunica��o, que Johnson disse que "preferia ver milhares de corpos empilhados" antes de ordenar um terceiro confinamento.

Segundo a imprensa, Johnson pronunciou esta frase depois de ter decidido, tardiamente, decretar um segundo confinamento no outono passado (primavera no Brasil). Em janeiro deste ano, acabou ordenando um terceiro, levantado de forma gradual na primavera.

- Mentiras 'reuni�o ap�s reuni�o' -

Os ataques mais violentos do ex-assessor foram dirigidos ao ministro da Sa�de, Matt Hancock, que, segundo ele, deveria ter sido "demitido" por "pelo menos 15, 20" motivos, "principalmente por ter mentido em in�meras ocasi�es, reuni�o ap�s reuni�o", e "publicamente".

Diante dos deputados, Cummings tamb�m afirmou que, apesar de sua rejei��o, o governo brit�nico buscava "imunidade de rebanho", objetivo considerado ent�o "inevit�vel" e que consiste deixar a maioria da popula��o desenvolver resist�ncia, ap�s contrair a doen�a.

Essa abordagem foi abandonada no in�cio de mar�o de 2020, depois que o pr�prio governo alertou que isso levaria a uma "cat�strofe".

Amplamente criticado por seus atrasos desde o in�cio da pandemia, Johnson agora exalta o sucesso da campanha de vacina��o. Em apenas seis meses, mais de 72% dos adultos receberam a primeira dose no pa�s mais afetado pelo v�rus da Europa, com cerca de 128 mil mortes.

Neste cen�rio, o alcance dos ataques de agora ex-assessor na opini�o p�blica pode ser limitado para Johnson, diante de sua reputa��o como um homem da ordem com m�todos agressivos e das viola��es ao confinamento cometidas pelo pr�prio Cummings no ano passado.

Segundo uma pesquisa do YouGov publicada no Times no s�bado, apenas 14% dos eleitores acreditam em Cummings diz a verdade, contra 38% que acreditam no primeiro-ministro.


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