(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas AM�RICA DO SUL

COVID-19 assola Argentina, Paraguai e Uruguai

Nem a pol�tica permissiva do Uruguai ou os confinamentos obrigat�rios da Argentina e do Paraguai impediram o v�rus de circular nos pa�ses


27/05/2021 09:49 - atualizado 27/05/2021 10:02

(foto: / AFP / Pablo PORCIUNCULA)
(foto: / AFP / Pablo PORCIUNCULA)
A pandemia tem dominado os pa�ses do sul da Am�rica Latina, onde nem a pol�tica permissiva do Uruguai nem os confinamentos obrigat�rios da Argentina os impediram de liderar a taxa de mortalidade mundial por COVID-19 juntamente como seu vizinho Paraguai.

Quinze meses ap�s o aparecimento do v�rus na regi�o, esses pa�ses vivem hoje o pior momento da crise sanit�ria.

"A carga dos servi�os, inclusive para pacientes graves e em unidades de terapia intensiva, ainda � muito alta na maioria dos pa�ses do Cone Sul", alertou Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes para a covid-19 da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS).

A exce��o � o Chile, onde h� "uma redu��o gradual de novos casos".

O respons�vel advertiu sobre a press�o que "vir� com o in�cio do inverno austral, que historicamente coincide com o per�odo das doen�as respirat�rias agudas", e exortou as autoridades a aplicar e fiscalizar com rigor as medidas de sa�de p�blica.

A preval�ncia da variante brasileira do v�rus e o aumento da mobilidade podem explicar o agravamento, concordam os especialistas.

No Uruguai, "as pessoas n�o acreditam" na gravidade do v�rus, disse � AFP o intensivista Francisco Dom�nguez. "At� que voc� tenha um parente aqui, voc� n�o acredita".

Depois de ocupar as manchetes internacionais por sua gest�o exemplar da pandemia, o pa�s passou a liderar o ranking de mortes por 100 mil habitantes nos �ltimos 14 dias, com 22, segundo dados da AFP estabelecido nesta quinta-feira a partir de dados oficiais.

Atr�s, est�o Paraguai, com 19 mortos, e Argentina, com 15. Col�mbia, Brasil e Peru continuam na lista. Para refer�ncia, os Estados Unidos registram 2,5.

Com 3,6 milh�es de habitantes, o Uruguai apresenta hoje n�meros "hist�ricos" de interna��es em unidades de terapia intensiva (UTI), disse � AFP Julio Pontet, presidente da Sociedade Uruguaia de Medicina Intensiva.

Para proteger a economia, o presidente Luis Lacalle Pou defende a "liberdade respons�vel" dos cidad�os e se recusou a confinar a popula��o, apesar da press�o do sindicato m�dico e de setores da oposi��o e da sociedade civil.

Um ritmo intenso de imuniza��o - 28% da popula��o completamente vacinada e 47% com uma dose - ainda n�o se refletiu claramente na curva de cont�gio e mortalidade, como est� acontecendo no Chile.

Esta campanha j� alcan�ou os jovens uruguaios. Florencia de Britos, de 19 anos, encarou na quarta a longa fila de um posto m�vel de vacina��o no departamento de Canelones (leste), uma iniciativa do governo destinada a inocular habitantes de �reas menores ou de dif�cil acesso.

"Obviamente, n�o vou me aposentar", disse � AFP. "Sempre quis ser vacinada".

Cansa�o


O cansa�o se faz notar na Argentina ap�s um 2020 de toques de recolher e confinamentos, que recentemente foram alternados com per�odos de flexibiliza��o.

"Estou uma pilha de nervos, tive que ir ao psiquiatra", reclamava Nadia Mariella, aposentada de 73 anos, ap�s se vacinar no est�dio coberto Luna Park, em Buenos Aires.

No s�bado, o pa�s iniciou nove dias de quarentena total para enfrentar um novo combate, com uma m�dia di�ria sem precedentes de 30 mil infec��es e 500 mortes.
(foto: AFP / RONALDO SCHEMIDT)
(foto: AFP / RONALDO SCHEMIDT)

Comportamentos irrespons�veis, ado��o tardia de restri��es mais duras, falta de vacinas e as novas e mais agressivas variantes do v�rus explicam a voracidade dessa nova onda, segundo Elisa Estenssoro, integrante do comit� de especialistas que assessora o governo de Alberto Fern�ndez.

"Os h�bitos da popula��o n�o s�o consistentes: encontros sociais, gente sem m�scara... Tem uma parte que cumpre e outra que nega ou se rebela", comentou.

A infraestrutura de sa�de est� no limite. Em Neuqu�n (sudoeste), o hospital Heller, o maior da prov�ncia, fechou as portas por falta de oxig�nio.

No hospital Durand, em Buenos Aires, h� "falta de leitos e o pessoal est� exausto", contou o enfermeiro H�ctor Ortiz. "Quando os leitos se liberam � devido a mortes e eles se reocupam".

Na ter�a-feira, protestos convocados nas redes sociais ocorreram em v�rias cidades contra as restri��es, que dividem um pa�s que come�ava a dar sinais de reativa��o ap�s tr�s anos de recess�o agravada pela pandemia.

Em rela��o � vacina��o, cerca de 8,7 milh�es dos 45 milh�es de cidad�os (menos de 20%) receberam a primeira dose e 2,4 milh�es est�o com o esquema completo, segundo dados oficiais.

Paci�ncia


A falta de insumos e vacinas � cr�tica no Paraguai.

O governo de M�rio Abdo Benitez estendeu o toque de recolher noturno at� 7 de junho, enquanto a mobilidade diurna � pouco afetada, fundamentalmente com capacidade reduzida.

"Hoje vivemos uma circula��o comunit�ria alta, com pouca resposta sanit�ria, com falta de insumos e falta de vacinas", lamentou o epidemiologista Tom�s Mateo Balmelli.
(foto: AFP / DANIEL DUARTE)
(foto: AFP / DANIEL DUARTE)

Apenas 3% dos 7,3 milh�es de habitantes est�o vacinados e as autoridades reconheceram em mar�o 100% de ocupa��o das UTIs.

Os pacientes "est�o morrendo nos bancos ou leitos de hospitais, ou em corredores de hospitais e (...) em suas pr�prias casas", afirmou o especialista.

Dezenas de pessoas se aglomeram nas entradas dos hospitais para acompanhar a evolu��o de seus familiares, impossibilitados de acompanh�-los.

Uma enfermeira, Elizabeth Mar�n, se acorrentou na semana passada em frente � sede do Minist�rio da Sa�de para exigir um leito de terapia intensiva. "Tem que haver um lugar para meu pai. � seu direito", disse a rep�rteres.

O vice-ministro Hern�n Mart�nez prometeu conseguir um para ela depois de pedir "um pouco de paci�ncia". Paci�ncia que geralmente � letal.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)