Eles jogam futebol com suas longas t�nicas vermelho-escuro, aprendem chin�s e ingl�s e discutem preceitos religiosos em tibetano, produzindo muitos gestos e aplausos.
Os cerca de 900 alunos do estabelecimento s�o puros sorrisos, como parte de uma rara visita da imprensa estrangeira a Lhasa, a capital regional, organizada pelo governo chin�s.
Pequim celebrou no m�s passado o 70� anivers�rio do que chama de "liberta��o pac�fica" do Tibete, quando o ex�rcito do regime comunista ocupou o chamado teto do mundo ap�s o fim da guerra civil chinesa.
Desde 1951, os l�deres chineses se orgulham de ter erradicado o servilismo e trazido infraestrutura e desenvolvimento econ�mico para esta regi�o aut�noma.
Mas em 1959, o Dalai Lama, l�der espiritual tibetano, fugiu para o ex�lio na �ndia ap�s o fracasso de uma revolta em Lhasa contra a ocupa��o chinesa.
Seus apoiadores acusam Pequim de ter esmagado a religi�o e a cultura tibetanas, destruindo milhares de templos e tendo instalado em massa imigrantes Han (o grupo �tnico majorit�rio na China).
- "N�o fez nada de bom" -
Em resposta a isso, as autoridades chinesas rotularam o Dalai Lama de "separatista" e seu retrato, proibido, n�o � vis�vel na universidade budista.
"O 14� Dalai Lama fugiu para o exterior (...) e n�o fez nada de bom para o povo tibetano, perdemos a f� nele", afirma o vice-reitor da universidade, Gesang Wangdui.
Em contrapartida, bandeiras vermelhas, fotos e frases do presidente Xi Jinping s�o onipresentes no estabelecimento, localizado no sop� do Himalaia, onde estudam homens e mulheres de todas as idades.
"Voc� n�o pode n�o entender a pol�tica", assegura � AFP um jovem com o h�bito de monge.
"Temos aulas todas as segundas-feiras � tarde e conversamos muito sobre ela o tempo todo", acrescenta.
Do lado de fora, os cr�ticos afirmam que a liberdade de express�o � controlada de forma muito mais estrita no Tibete do que em outras partes da China.
"O n�vel de repress�o necess�rio para manter essa cobertura sugere que a situa��o continua tensa", diz o professor de Estudos Tibetanos Gray Tuttle, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
E o vice-reitor da universidade tibetana confirma que n�o est� ali para defender a religi�o: "Sou membro do Partido. N�o sou budista. Sou comunista".
LHASA