O regresso, esperado pelos apoiadores do ex-presidente desde a sua absolvi��o pela justi�a internacional no final de mar�o, foi anunciado na noite de segunda-feira por Assoa Adou, secret�rio-geral do seu partido, a Frente Popular da Costa do Marfim (FPI).
Um retorno que n�o foi confirmado nem negado nesta ter�a-feira pelo governo e pelo partido no poder, Reuni�o dos Partid�rios de Houphou�t pela Democracia e Paz (RHDP).
Antes de anunciar a data de chegada de Laurent Gbagbo a Abidjan, numa cerim�nia organizada para celebrar os seus 76 anos, Assoa Adou garantiu que "a fase que iniciaremos" com o regresso "� importante para o futuro da Costa do Marfim, pois � a fase da reconcilia��o, da paz, da reconstru��o do nosso pa�s".
Citado pelo jornal Le Temps, St�phane Kipr�, genro do ex-presidente, afirma que "n�o vem com esp�rito de vingan�a, mas a favor da reconcilia��o. Que ningu�m tenha medo".
Gbagbo foi preso em 11 de abril de 2011 em Abidjan ap�s ter questionado a vit�ria de Alassane Ouattara nas elei��es presidenciais de 2010. Sua recusa em admitir a derrota levou a uma grave crise que causou cerca de 3.000 mortes.
Por esses atos de viol�ncia, Gbagbo foi inicialmente preso no norte da Costa do Marfim, depois transferido no final de 2011 para o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, que o absolveu ap�s um longo processo.
As modalidades da recep��o de Laurent Gbagbo permanecem pouco claras e embora os simpatizantes queiram "uma recep��o triunfante", o governo defende a discri��o para evitar poss�veis aglomera��es de dezenas de milhares de pessoas.
Acusado de querer minimizar o impacto desse retorno, o partido no poder negou que seja esse o caso.
"Foi o presidente quem anunciou o retorno de Laurent Gbagbo. Como o partido RHDP poderia navegar contra a corrente de seu presidente? Queremos apenas que tudo corra bem", disse Adama Bictogo, diretor executivo do RHDP.
A calma mencionada por Bictogo � percept�vel h� v�rios meses na Costa do Marfim, depois dos �ltimos atos de viol�ncia relacionados com as elei��es presidenciais de outubro de 2020.
Alassane Ouattara foi reeleito para um pol�mico terceiro mandato em uma elei��o presidencial boicotada pela oposi��o, que considerou o novo mandato inconstitucional.
A elei��o provocou uma crise eleitoral que causou 100 mortos e 500 feridos entre agosto e novembro de 2020.
Mas depois destes atos de viol�ncia, os gestos de apaziguamento, em nome da "reconcilia��o nacional", aumentaram com a liberta��o dos presos detidos durante aquela �ltima crise eleitoral.
E, ao contr�rio das elei��es anteriores, as �ltimas elei��es legislativas de mar�o foram realizadas de forma tranquila e os principais partidos da oposi��o participaram, em particular o FPI de Gbagbo, que boicotou todas as elei��es dos �ltimos 10 anos.
ABIDJAN