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Estado de Minas NAYPYIDAW

Julgamentos de Aung San Suu Kyi come�ar�o em 14 de junho em Mianmmar


07/06/2021 08:54

Os julgamentos contra a ex-governante birmanesa Aung San Suu Kyi, derrubada por um golpe de Estado em fevereiro e objeto de v�rias acusa��es pela junta militar, come�ar�o em 14 de junho.

A vencedora do pr�mio Nobel da Paz de 1991 enfrenta v�rias acusa��es, que v�o da posse ilegal de walkie-talkies at� a incita��o de dist�rbios p�blicos, al�m de viola��o de uma lei sobre segredos de Estado.

"Teremos os depoimentos da parte demandante e testemunhas programadas a partir de segunda-feira 14 de junho", declarou � AFP a advogada Min Min Soe.

Em outro processo, Suu Kyi ser� julgada a partir de 15 de junho ao lado do presidente deposto, Win Myint, por "sedi��o".

Os dois julgamentos podem acabar no fim de julho, de acordo com os advogados, que se reuniram por 30 minutos com seus clientes.

Sobre a acusa��o mais grave contra Suu Kyi, a de violar uma lei do per�odo colonial sobre segredos de Estado, a l�der de 75 anos pode ser julgada mais tarde em Yangon.

- "Julgamentos espet�culo" -

Analistas entrevistados pela AFP denunciaram "julgamentos espet�culo".

"Para um regime ilegal, trata-se de desacreditar uma governante eleita democraticamente com base em acusa��es falsas que colocariam uma ditadura barata em apuros em outro lugar", afirmou o analista independente David Mathieson.

Aung San Suu Kyi, que passou mais de 15 anos em pris�o domiciliar durante os precedentes regimes militares at� 2010, tem muito a perder nos processos.

Se for considerada culpada, ela pode ser afastada da pol�tica e condenada a muitos anos de pris�o.

Em pris�o domiciliar desde o golpe de 1� de fevereiro, ela "n�o tem acesso �s informa��es, mas est� em boa sa�de", declarou Min Min Soe.

Um correspondente da AFP constatou uma forte presen�a policial ao redor do tribunal de Naypyidaw, com barreiras nas ruas pr�ximas.

Mianmar tem protestos quase di�rios e um movimento de desobedi�ncia civil desde o golpe de Estado, que acabou com um per�odo de quase 10 anos de democracia.

A repress�o dos protestos matou quase 850 civis, de acordo com a Associa��o de Assist�ncia aos Presos Pol�ticos (AAPP).

Mais de 4.500 pessoas foram detidas e as ONGs denunciam casos de execu��es extrajudiciais, de torturas ou de viol�ncia contra as mulheres.

os abusos levaram muitos dissidentes a formar uma "For�a de Defesa do Povo", mas esta mil�cia cidad� tem dificuldades para rivalizar com o ex�rcito, que possui mais recursos.

As autoridades golpistas tamb�m amea�aram dissolver o partido de Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), que acusam de fraude eleitoral ap�s a vit�ria nas elei��es legislativas de 2020.

Considerada durante muito tempo um �cone da democracia, como Nelson Mandela, Gandhi ou Martin Luther King, a imagem de Suu Kyi foi arranhada nos �ltimos anos com o drama dos mu�ulmanos rohingyas.

Com a vencedora do Nobel no poder, centenas de milhares de pessoas desta minoria fugiram em 2017 da persegui��o do ex�rcito birman�s e buscaram ref�gio na vizinha Bangladesh.


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