A jovem, que havia sa�do de casa para fazer compras e se deparou com a cena, foi homenageada na cerim�nia em que se anunciaram os prestigiosos pr�mios de jornalismo de 2021. Ela foi premiada por "filmar corajosamente o assassinato de George Floyd, um v�deo que desencadeou protestos contra a viol�ncia policial no mundo inteiro", disse o comit� do pr�mio.
A filmagem de Darnella "sublinhou o papel crucial dos cidad�os na busca dos jornalistas por verdade e justi�a", indicou a junta diretora do pr�mio mais renomado do jornalismo americano.
- 'Sua vida importava' -
"Eu n�o conhecia aquele homem, mas sabia que sua vida importava", escreveu a jovem em sua p�gina no Facebook, por ocasi�o do primeiro anivers�rio da morte de Floyd, em 25 de maio. "Isso me mudou, mudou minha vis�o da vida. Fez eu perceber o qu�o perigoso � ser negro nos Estados Unidos."
"Um dia, nossos filhos poder�o ser apenas crian�as", disse Sherrilyn Ifill, da NAACP, principal organiza��o de defesa da igualdade racial e da promo��o dos direitos da minoria negra nos Estados Unidos, ap�s o an�ncio do pr�mio. "Enquanto isso, recompensemos sua valentia e sua contribui��o para a manifesta��o da verdade."
Darnella foi uma das testemunhas no julgamento do policial Derek Chauvin, condenado em abril pelo assassinato de Floyd em 25 de maio de 2020. No v�deo filmado por Darnella, Chauvin se ajoelha por mais de nove minutos no pesco�o de Floyd, 46 anos. Pedestres pedem repetidamente que ele pare e Floyd diz que n�o consegue respirar, antes de perder a consci�ncia.
A jovem explicou que, por muito tempo, lamentou n�o ter interferido, "n�o ter salvo sua vida", at� se dar conta de que "a pergunta n�o � o que eu deveria ter feito, e sim o que ele (Chauvin) deveria ter feito".
- Outros pr�mios -
A equipe do jornal "Star Tribune", de Minneapolis, recebeu o pr�mio na categoria de not�cias de �ltima hora, por sua cobertura da morte de Floyd e suas repercuss�es. O jornal "The New York Times" recebeu o pr�mio de servi�o p�blico pela sua cobertura da pandemia de coronav�rus.
O site BuzzFeed ganhou seu primeiro Pulitzer na categoria de reportagem internacional pela sua cobertura dos campos de prisioneiros constru�dos na China para a deten��o em massa de mu�ulmanos.
Ed Yong, do The Atlantic, recebeu o pr�mio de reportagem anal�tica por uma s�rie de artigos "l�cida e definitiva" sobre a pandemia de covid-19.
A Reuters foi premiada na mesma categoria por uma an�lise da doutrina jur�dica da imunidade qualificada e como ela � usada para proteger a pol�cia de processos judiciais.
A AP ganhou o Pulitzer de fotografia factual e um fot�grafo da AP, Emilio Morenatti, recebeu o pr�mio de fotografia de reportagem.
"The Night Watchman", de Louise Erdrich, ganhou o pr�mio de fic��o, enquanto "Wilmington's Lie: The Murderous Coup of 1898 and the Rise of White Supremacy", de David Zucchino, recebeu o pr�mio de n�o-fic��o.
O pr�mio de biografia foi concedido a "The Dead Are Arising: The Life of Malcolm X" pelo falecido Les Payne e Tamara Payne.
"Postcolonial Love Poem", de Natalie Diaz, venceu na categoria de poesia, enquanto "The Hot Wing King", de Katori Hall, venceu na de teatro e "Stride", de Tania Leon, na m�sica.
NOVA YORK